A revista Veja precisa tomar mais cuidado com seus heróis e ícones. Na semana passada, a sua edição paulista, a Vejinha, deu uma patética capa para Alexander de Almeida, o “Rei dos Camarotes” – uma figurinha que se jacta de torrar R$ 50 mil por balada. Agora, o sítio G1 informa que o sujeito já espancou sua ex-mulher e sua filha. No passado, Veja elegeu o ex-senador Demóstenes Torres como “o cavaleiro da ética”. Depois, o ex-demo foi processado e cassado devido às intimas ligações com o mafioso Carlinhos Cachoeira. Mesmo assim, a revista não se cuida!
Segundo o sítio G1, as acusações contra Alexander de Almeida foram prestadas na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, na Zona Leste de São Paulo. A filha, então com 15 anos, informou que o pai a chamou no escritório, em 2008, e “desferiu diversos tapas, acertando-lhe o rosto, olho direito e braços, além de ter xingado a vítima”. Ela esclareceu ainda que só escapou do espancador porque o seu tio, que trabalhava no local, destravou a porta e “tirou a declarante das mãos do indiciado”. No depoimento prestado consta que a estudante ficou com “lesões corporais aparentes”.
Já a sua ex-mulher foi agredida por motivos de ciúme, em 2011. Segundo o seu relato na 5ª Delegacia de Defesa da Mulher, “Alexander desferiu socos e pontapés, além de agarrá-la pelo pescoço, produzindo-lhe lesões corporais”. Ela disse ainda que o novo herói da Veja “tirou o telefone celular de sua mão para que não chamasse a polícia”. A investigação de ambos os casos não prosseguiu na polícia, o que permitiu que o “Rei dos Camarotes” continuasse a “agregar valor” nas suas baladas – virando capa da Vejinha e motivo de chacota nas redes sociais.
Antes das revelações do sítio G1, o blogueiro Fernando Brito, do Tijolaço, já havia descoberto a estranha fonte da opulência do ricaço metido. Ele é o que se chama na gíria do comércio de “zangão”. Através da sua empresa, a 3A Organização de Despachos, ele trabalha para os bancos que compram carros de pessoas que não conseguem pagar as prestações. Quanto maior a inadimplência, melhor para o despachante, que vive da desgraça alheia. “A história de Alexander de Almeida é mais cheia de buracos do que um queijo emmental”, concluiu Fernando Brito.
A Vejinha não se preocupou em apurar a história do “Rei dos Camarotes” e produziu um dos maiores lixos jornalísticos dos últimos anos. Ela fez, como afirmou o blogueiro Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, “a apologia da idiotice” e da ostentação. Azar dela, que perde ainda mais crédito entre os leitores, e do megacoxinha, que hoje está totalmente desmoralizado!
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