quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A volta do terrorismo financeiro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

A manchete principal da Folha de S. Paulo de ontem é importante menos pelas conclusões – incorretas – mais por demonstrar os riscos para a economia dos velhos vícios da cobertura jornalística, de politizar de forma acrítica os temas financeiros.

A manchete principal, bombástica, tratava da elevação do dólar.

Foi uma alta pontual, de 1,95%, refletindo um movimento internacional de valorização do dólar em função da divulgação de indicadores da economia norte-americana. Um fato interno adicionou um pouco de caldo à especulação: artigo do ex-Ministro Delfim Netto alertando para os riscos de um rebaixamento na classificação do Brasil pelas agências de risco.

Foi apenas um alerta endereçado aos senadores sobre a temeridade de aprovar o orçamento impositivo – pelo qual o governo seria obrigado a honras todas as emendas parlamentares.

A manchete da Folha, no entanto, colocava em xeque a credibilidade de toda política econômica: “Desconfiança no governo Dilma faz dólar ter forte alta”. Na matéria interna, falava-se em “disparada” do dólar e dizia-se que era a maior alta desde... 6 de setembro – período de tempo ridículo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário