Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O noticiário sobre a máfia dos fiscais do ISS em São Paulo confunde bem mais do que esclarece. A sensação que está ficando para o cidadão que só acompanha o caso pela grande imprensa é a de que se trata de um escândalo da gestão Fernando Haddad.
A grande mídia vem relacionando o caso muito mais com a atual gestão, que investigou e denunciou o esquema de corrupção, do que com a gestão Gilberto Kassab, durante a qual os crimes ocorreram.
O Blog apurou que o agora ex-secretário de governo Antonio Donato deixou o cargo devido a avaliação da atual gestão de que se ficasse no governo contribuiria com a estratégia da quadrilha de tumultuar as investigações fazendo acusações a quem a investigou e denunciou.
Claro que, politicamente, foi um erro do governo Haddad. O afastamento de Donato está sendo apresentado como “prova” de que o esquema de corrupção que funcionou durante o governo de Kassab é de responsabilidade da atual gestão (?!).
Por isso, a gestão Haddad acha que o Ministério Público de São Paulo está tendo atuação política em favor do grupo de Kassab ao promover “vazamentos seletivos” do que estão revelando investigados que se propuseram a “colaborar” em troca de penas menores.
O auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, um dos suspeitos de integrar a máfia do ISS, trabalhou três meses com a equipe de Donato neste ano e, em seus depoimentos ao Ministério Público paulista, acusou o agora ex-secretário de Haddad de ter recebido “mesada” para manter o esquema intocado.
Donato, um dos autores da investigação ao lado do prefeito Fernando Haddad, teria recebido propina até setembro, apesar de então ter completa ciência de que o esquema de corrupção que ora o denuncia estava para ser desbaratado.
Essa é a tese da mídia – sobretudo da mídia de São Paulo –, que se aproveita de uma estratégia equivocada da gestão Haddad para tentar confundir o público.
A gestão Haddad, porém, sabe que se o Ministério Público estivesse fazendo um trabalho sério não aceitaria que o auditor que acusou Donato omitisse informações sobre quem o esquema de corrupção pagava na gestão anterior. Cadê a informação? Por que só vazou quem seria pago nesta gestão?
A mídia ajuda a tumultuar. O que saem são acusações ao atual governo, poupando aquele que é hoje o maior suspeito de bancar o esquema, o ex-secretário de Finanças da prefeitura Mauro Ricardo, indicado para o cargo por José Serra e mantido por Kassab.
Contudo, a estratégia da gestão Haddad de aceitar – ou até incentivar – a saída de Donato achando que, com isso, dificultará as estratégias dos acusados em uma investigação turva que vai sendo feita pelo MP-SP, parece equivocada.
Haddad acredita que a investigação sobre esquema de corrupção que ocorreu na gestão anterior vai continuar produzindo acusações ao seu governo. A estratégia dos acusados é jogar sobre ele a responsabilidade do que fizeram no governo anterior, ao menos para consumo público.
Contudo, apesar de a saída de Donato do cargo ser politicamente desastrosa – pois será usada para “provar” que este governo é que promoveu a corrupção no governo anterior (seu adversário político) –, a gestão Haddad acredita que foi uma boa estratégia.
O tamanho do esquema de corrupção e os fatos que ainda vão surgir, segundo o governo Haddad, inviabilizariam a blindagem de Kassab e Serra que a mídia e o Ministério Público (comandado por um preposto do PSDB, indicado por Alckmin) estão tentando promover.
O grupo de Donato e o próprio afirmam que sabiam de toda a investigação que estava sendo feita e que, portanto, é um contrassenso acreditar na afirmação de um dos acusados de que apesar de o agora ex-secretário de Haddad saber disso continuou aceitando suborno – note-se que é acusado de ter recebido “mesada de R$ 20 mil” até o mês retrasado, com a investigação a todo vapor, com aluguel de sala pelo prefeito para ajudar a investigar o caso etc.
Com efeito, o que já se comenta é que os vazamentos seletivos que o MP-SP vem promovendo podem dar curso a uma nova investigação, agora sobre esse apoio da instituição à estratégia dos investigados, que tentam tumultuar acusando quem os investigou e denunciou.
Como sempre acontece com os governos do PT, então, a má comunicação e as estratégias equivocadas acabam ajudando os adversários. A saída de Donato reforça a teoria maluca de que este receberia propinas enquanto se preparava para denunciar quem as estaria pagando.
O secretário de governo deveria ter sido mantido no cargo, mas tal qual ocorreu com inúmeros ministros do governo Dilma ele caiu e depois, mesmo com nada tendo sido apurado contra si, ficará marcado como tendo sido flagrado em alguma irregularidade.
Um dos investigados por corrupção no esquema do ISS acusa quem o investigou, mas não apresenta uma só prova do que diz. Donato, portanto, não precisaria ter deixado o cargo. Bastaria declarar que tudo não passa de estratégia dos acusados.
Mais uma vez, o PT erra politicamente e seu erro pode custar a investigação inteira. A pressão da grande mídia acabará fazendo com que tudo termine em pizza. Esse tipo de erro perpassou o governo Dilma e, agora, reproduz-se na gestão Haddad.
O noticiário sobre a máfia dos fiscais do ISS em São Paulo confunde bem mais do que esclarece. A sensação que está ficando para o cidadão que só acompanha o caso pela grande imprensa é a de que se trata de um escândalo da gestão Fernando Haddad.
A grande mídia vem relacionando o caso muito mais com a atual gestão, que investigou e denunciou o esquema de corrupção, do que com a gestão Gilberto Kassab, durante a qual os crimes ocorreram.
O Blog apurou que o agora ex-secretário de governo Antonio Donato deixou o cargo devido a avaliação da atual gestão de que se ficasse no governo contribuiria com a estratégia da quadrilha de tumultuar as investigações fazendo acusações a quem a investigou e denunciou.
Claro que, politicamente, foi um erro do governo Haddad. O afastamento de Donato está sendo apresentado como “prova” de que o esquema de corrupção que funcionou durante o governo de Kassab é de responsabilidade da atual gestão (?!).
Por isso, a gestão Haddad acha que o Ministério Público de São Paulo está tendo atuação política em favor do grupo de Kassab ao promover “vazamentos seletivos” do que estão revelando investigados que se propuseram a “colaborar” em troca de penas menores.
O auditor fiscal Eduardo Horle Barcellos, um dos suspeitos de integrar a máfia do ISS, trabalhou três meses com a equipe de Donato neste ano e, em seus depoimentos ao Ministério Público paulista, acusou o agora ex-secretário de Haddad de ter recebido “mesada” para manter o esquema intocado.
Donato, um dos autores da investigação ao lado do prefeito Fernando Haddad, teria recebido propina até setembro, apesar de então ter completa ciência de que o esquema de corrupção que ora o denuncia estava para ser desbaratado.
Essa é a tese da mídia – sobretudo da mídia de São Paulo –, que se aproveita de uma estratégia equivocada da gestão Haddad para tentar confundir o público.
A gestão Haddad, porém, sabe que se o Ministério Público estivesse fazendo um trabalho sério não aceitaria que o auditor que acusou Donato omitisse informações sobre quem o esquema de corrupção pagava na gestão anterior. Cadê a informação? Por que só vazou quem seria pago nesta gestão?
A mídia ajuda a tumultuar. O que saem são acusações ao atual governo, poupando aquele que é hoje o maior suspeito de bancar o esquema, o ex-secretário de Finanças da prefeitura Mauro Ricardo, indicado para o cargo por José Serra e mantido por Kassab.
Contudo, a estratégia da gestão Haddad de aceitar – ou até incentivar – a saída de Donato achando que, com isso, dificultará as estratégias dos acusados em uma investigação turva que vai sendo feita pelo MP-SP, parece equivocada.
Haddad acredita que a investigação sobre esquema de corrupção que ocorreu na gestão anterior vai continuar produzindo acusações ao seu governo. A estratégia dos acusados é jogar sobre ele a responsabilidade do que fizeram no governo anterior, ao menos para consumo público.
Contudo, apesar de a saída de Donato do cargo ser politicamente desastrosa – pois será usada para “provar” que este governo é que promoveu a corrupção no governo anterior (seu adversário político) –, a gestão Haddad acredita que foi uma boa estratégia.
O tamanho do esquema de corrupção e os fatos que ainda vão surgir, segundo o governo Haddad, inviabilizariam a blindagem de Kassab e Serra que a mídia e o Ministério Público (comandado por um preposto do PSDB, indicado por Alckmin) estão tentando promover.
O grupo de Donato e o próprio afirmam que sabiam de toda a investigação que estava sendo feita e que, portanto, é um contrassenso acreditar na afirmação de um dos acusados de que apesar de o agora ex-secretário de Haddad saber disso continuou aceitando suborno – note-se que é acusado de ter recebido “mesada de R$ 20 mil” até o mês retrasado, com a investigação a todo vapor, com aluguel de sala pelo prefeito para ajudar a investigar o caso etc.
Com efeito, o que já se comenta é que os vazamentos seletivos que o MP-SP vem promovendo podem dar curso a uma nova investigação, agora sobre esse apoio da instituição à estratégia dos investigados, que tentam tumultuar acusando quem os investigou e denunciou.
Como sempre acontece com os governos do PT, então, a má comunicação e as estratégias equivocadas acabam ajudando os adversários. A saída de Donato reforça a teoria maluca de que este receberia propinas enquanto se preparava para denunciar quem as estaria pagando.
O secretário de governo deveria ter sido mantido no cargo, mas tal qual ocorreu com inúmeros ministros do governo Dilma ele caiu e depois, mesmo com nada tendo sido apurado contra si, ficará marcado como tendo sido flagrado em alguma irregularidade.
Um dos investigados por corrupção no esquema do ISS acusa quem o investigou, mas não apresenta uma só prova do que diz. Donato, portanto, não precisaria ter deixado o cargo. Bastaria declarar que tudo não passa de estratégia dos acusados.
Mais uma vez, o PT erra politicamente e seu erro pode custar a investigação inteira. A pressão da grande mídia acabará fazendo com que tudo termine em pizza. Esse tipo de erro perpassou o governo Dilma e, agora, reproduz-se na gestão Haddad.
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