Nacional
Brasil: um novo jeito de fazer política é necessário
Uma
leitura da conjuntura política nacional pode evidenciar pouca esperança
que nesse ano haja alguma mudança no modus operandi da política
institucional no Brasil. Há tempos que as ruas reclamam uma nova
política partidária, outra relação entre público e privado, outra
relação entre Estado e Sociedade, outras relações entre democracia
representativa e democracia participativa. Todavia, salvo se a
mobilização da sociedade conseguir alterar a correlação de forças
existente, não há muita expectativa de que algo de significativo
aconteça em 2013. Destaquem-se alguns fatos ou processos que corroboram
esta tese.
O
fracasso até aqui da tentativa de se aprovar uma reforma política no
Congresso Nacional, mesmo que diminuída, restringindo-se apenas a
alterações no processo eleitoral que impeça a interferência do poder
econômico, exija partidos e candidaturas mais programáticas, serve de
alerta sobre a pouca disposição dos parlamentares para a reforma. A ação
da Frente Parlamentar pela Reforma Política e a incidência dos
movimentos sociais pela reforma do sistema político encontrou
resistência na maioria das legendas do Congresso.
A
CPI do Cachoeira expressou o velho modo de fazer política e revelou que
os acordos de forma a manter as coisas como estão ainda são regra nas
relações dentro do parlamento. A verdadeira investigação e uma postura
republicana passaram longe do processo de construção e aprovação do
relatório da CPI.
Pode
ser cedo para análises mais assertivas, mas as primeiras repercussões
do julgamento da ação penal 470 (conhecida como julgamento do
Mensalão) permitem levantar dúvidas quanto ao legado que deixará para a
mudança no modo de tratar a coisa pública no Brasil. Ao mesmo tempo em
que o julgamento era estampado nos meios de comunicação como um reality
show, as eleições municipais ocorriam com as regras da realpolitik, com
práticas clientelistas e fisiológicas imperando em muitos municípios.
A
presença de tropas federais em 394 municípios para garantir segurança e
tranquilidade nas eleições municipais revelou uma face preocupante da
violência na política, que tem uma faceta específica no processo
eleitoral brasileiro por meio da compra de votos, das candidaturas
coronelistas e do abuso do poder econômico, entre outras.
No
início de 2013, os novos prefeitos trouxeram à tona as estruturas
falidas encontradas nas administrações municipais. Foram diversos casos
de máquinas quebradas, contratos vencidos, postos de saúdes fechados,
interrupção de coleta de lixo e caos na execução de algumas políticas
públicas.
O
atraso sistemático, quando não o cancelamento de obras anunciadas
anteriormente como legado para as populações das cidades que receberão
os jogos da Copa do Mundo, sobretudo na área de mobilidade urbana, não
parece apenas fruto de imperícia técnica na capacidade de planejar e
executar obras pelos gestores públicos. Expressa, também, um jeito já
tradicional de tratar da coisa pública, sobretudo, dos serviços e obras
destinados às populações mais carentes.
As
recentes eleições para as direções das mesas do Senado Federal e Câmara
dos Deputados parecem confirmar o que foi afirmado acima sobre as
perspectivas para a política institucional no Brasil. As suspeitas sobre
a ética ou sobre a legalidade dos negócios de candidatos a cargos
importantes no legislativo brasileiro e os acordos estabelecidos para
garantir o resultado reforçam essa tese de que o foco não foi a busca
pelo bem comum. É o preço a pagar pela busca da governabilidade.
Ao
mesmo tempo, iniciativas como a Lei da Ficha Limpa anunciam
possibilidades de alguma mudança, mesmo que tímida. O destaque fica por
conta das centenas candidaturas barradas pelos Tribunais Eleitorais. A
ação da sociedade, do ministério público e da justiça eleitoral foi
fundamental para a aplicação da lei. Além disso, em 2013, haverá
reflexos da Lei da Ficha Limpa em espaços do judiciário, legislativo e
executivo em estados e municípios em função de normatizações locais que
aplicam os mesmos princípios da lei para ocupação de cargos
comissionados desses órgãos e poderes.
Por
último, com base na Lei de acesso à informação (Lei nº 12.527/2011),
obrigou-se, pela primeira vez, que candidatos publicassem as prestações
de contas durante a campanha eleitoral, revelando os valores gastos e
seus financiadores. Esse passo inicial de transparência pode
potencializar outras iniciativas que aprimorem o processo eleitoral. Há a
necessidade de a sociedade ficar vigilante em busca de outras
iniciativas que o arcabouço jurídico permite, mesmo sem depender de
novas leis.
Embate de discursos sobre a economia
Apesar
do acúmulo de capital que detêm, as empresas brasileiras estão longe de
atenderem aos apelos da presidente Dilma Rousseff para ampliar os
investimentos produtivos. Na lógica discursiva de alguns grandes
empresários, tratar-se-ia de não querer ajudar o governo na retomada do
crescimento. Uma pesquisa mostra que as 221 maiores companhias com ações
negociadas em bolsa de valores detêm R$ 240 bilhões em caixa. Antes da
crise dos anos 2007-2009, esse montante era duas vezes inferior. Os
donos do dinheiro invocam o que eles chamam de risco governo.
Concretamente, o mundo do dinheiro acusa o governo de desmontar as metas
que garantiram a estabilidade econômica nos últimos anos: metas da
inflação, câmbio flutuante e ajuste fiscal. Em resumo, segundo análises
econômicas amplamente difundidas pelo poder midiático, há dinheiro de
sobra no país para tirar a economia do marasmo e a presidente tem que se
aproximar do empresariado, pegá-lo pela mão e assegurar que a inflação
ficará sob controle, a gastança do governo diminuirá e que o sistema
cambial se manterá flutuante.
A
presidente começou o ano recebendo alguns dos principais empresários e
executivos do país. Por outro lado, não houve agenda para ouvir o
conjunto dos movimentos sociais. A prioridade do governo é a economia:
retração do PIB, desindustrialização, equilíbrio fiscal, garantia do
superávit primário, metas da inflação, controle da taxa de juros. A
prioridade é a economia por uma política de estabilização. Uma
justificativa da prioridade econômica é o aumento contínuo da oferta de
empregos formais com uma melhoria na arrecadação de impostos diretos.
O
pano de fundo desses discursos é a questão da taxa de juros da dívida
pública. Detentores de dinheiro, bancos privados e outros empresários
não gostaram da queda da SELIC no patamar de um dígito só (7,25%). Pois,
a dívida pública se transformou em um mero instrumento do mercado
financeiro e pela queda da taxa de juros diminuiu os rendimentos de seus
credores. Entretanto, a dívida continua a ser um mecanismo de subtração
de crescentes volumes de recursos públicos em favor do setor
financeiro. 42% do orçamento federal de 2013 estão destinados ao
pagamento da dívida pública brasileira, seja, R$ 900 bilhões dos 2,14
trilhões de reais orçados (em 2012, o valor foi de R$ 753 bi, 44% de seu
orçamento). Entretanto, sobram apenas R$ 71,7 bilhões para educação, R$
87,7 bilhões para saúde e R$ 5 bilhões para a reforma agrária.
Para
atingir a meta do superávit primário (3,1 % do PIB), quer dizer, a
reserva de recursos para o pagamento do serviço da dívida pública, o
governo recorreu a artifícios contábeis, o que, segundo analistas
econômicos, jogou dúvidas sobre a estabilidade da economia, sugerindo um
possível abandono das metas, quer dizer, inflação mais flexível, câmbio
tabelado, gastança do governo sem controle rígido. Acusa-se o governo
de ser intervencionista provocando retração do capital. Em resumo, as
empresas preferem ficar com dinheiro em caixa, aplicado em títulos
públicos, em vez de investir na ampliação de seus negócios. Nem mesmo os
recentes incentivos ao setor produtivo, como a desoneração e a
concessão de infraestruturas, diminuíram o mau humor do capital. A
redução do custo da energia é outro atrito com os donos do dinheiro.
Para
outros analistas, a equipe econômica do Governo Federal implementou
corretamente medidas para incrementar o crescimento econômico e reduzir
os custos de produção. O governo precisava impor a redução dos juros
para o crédito. A queda de braço com o setor financeiro evidencia que o
problema é essencialmente político. Não investir, retendo 240 bilhões de
reais, é optar por uma oposição nitidamente política, à qual a
presidente respondeu duramente no seu pronunciamento na televisão, na
noite de 23 de janeiro. Ela elevou o tom político no seu discurso,
criticando analistas que diziam ser impossível reduzir o custo da
energia e a conta de luz. As concessionárias controladas pelos governos
de oposição de São Paulo, Minas Gerais e Paraná não aderiram à renovação
em troca de menores preços.
Segundo
a FIESP, a redução do valor da tarifa de energia elétrica tem a
capacidade de ajudar o país a se reindustrializar. Para a indústria,
energia elétrica tem o mesmo peso que o câmbio e a taxa de juros. Neste
quadro, faz sentido apostar na estabilidade econômica e provocar os
empresários a investirem mais. Uma redução de 18% no peso da energia
consumida pelas famílias vai contribuir para a redução das pressões
inflacionárias nos orçamentos familiares. O Governo Federal tenta com
essas medidas retomar a confiança para que se crie um ambiente que
permita a retomada do crescimento econômico e que garanta a estabilidade
da inflação.
Internação compulsória para usuário de Crack: caminho duvidoso
A
imposição de internação dos dependentes químicos, especialmente os do
crack, tem provocado na sociedade brasileira forte reação, tanto de
defensores quanto de contrários à internação compulsória.
Para
os críticos da internação forçada, o poder público adota mecanismos que
escondem sua verdadeira intenção. É o caso da retirada forçada da
população de rua com a denominada política de higienização. Nesta visão,
o país está prestes a recepcionar eventos internacionais e seria
recomendável um cenário esteticamente livre das exposições das crianças,
jovens e adultos caídos nas via públicas ou perambulando drogados pelos
centros urbanos. O mesmo ocorreria com a internação compulsória dos
usuários de crack, revestida de uma preocupação com o dependente
químico.
Estados
e Municípios, amparados pela Lei nº 10.216/2001, que trata dos direitos
das pessoas portadoras de doenças mentais e redireciona o modelo
assistencial em saúde mental, buscam internar os dependentes químicos
compulsoriamente. Decorridos 12 anos da promulgação da lei e diante de
um número cada vez maior de pessoas amontoadas e desumanizadas nas
praças, visivelmente alteradas pelo consumo do crack, o poder público se
vale desta lei para os casos de internação.
Os
defensores da medida alegam que os dependentes de drogas não são
capazes de defender nem de impedir que exponham a risco tanto a própria
integridade física e psicológica como a dos que com eles convivem sendo
necessária, por isso, a ação do Estado, responsável pelo desenvolvimento
da política de saúde mental.
Em
São Paulo uma ação polêmica do Governo Estadual tentou esvaziar a
região de maior concentração dos dependentes químicos, denominada
Cracolândia, na Estação da Luz, fazendo, deste modo, surgir outros seis
redutos de concentração de dependentes químicos em distintas regiões da
cidade de São Paulo.
É
sabido que tramitava até poucos dias atrás um grande projeto
imobiliário na Estação da Luz, destinado à edificação de prédios
comerciais e residenciais naquele espaço. O novo prefeito de São Paulo
já anunciou a paralisação deste projeto para melhor análise, o que
poderá esclarecer se a política de esvaziamento da cracolândia estava de
fato voltada para o tratamento dos doentes químicos ou a conveniência
de empreendimento comercial.
Os
favoráveis à internação compulsória, como familiares e amigos das
vítimas do crack, questionam a resistência à adoção da medida em razão
dos danos já causados e o perigoso convívio com quem corre risco
decorrente da dependência. A terapia de desintoxicação do crack é um
caminho longo que conjuga disposição pessoal de tratamento e adoção de
políticas públicas de alta complexidade realizada por profissionais
altamente capacitados e, sobretudo, carinho, caridade e apoio social.
Os
contrários à internação involuntária possuem justificativas, a saber:
(1) todo tratamento de saúde requer inicialmente a adesão e colaboração
do próprio doente; (2) a condição do tratamento do dependente químico
deve ser vista como a de outros sujeitos sociais, à semelhança dos
doentes diabéticos, cardiopatas, hemofílicos etc. e, portanto, seu
tratamento é de responsabilidade do Estado e merecedor do apoio da
família e da sociedade. Como já foi dito: uma coisa é tirar o usuário
de uma situação de risco, outra coisa é submetê-lo a um tratamento
forçado; (3) por meio de campanhas educativas e sanitárias o Estado
deve promover ações preventivas que afastem o risco de uma situação
semelhante à de uma epidemia com o crescimento do número de dependentes
químicos; (4) faz-se necessária uma política de erradicação das
condições que impedem aos dependentes terem perspectivas de futuro. É
necessário que o Poder Público se dê conta de que as condições de vida
dos dependentes estão intimamente relacionadas com uma situação de
pobreza extrema e daí não resolver interná-los e devolvê-los para as
mesmas condições sociais; e (5) o Estado não consegue atender aos
doentes que, voluntariamente procuraram tratamento de saúde. Como,
então, compreender a dotação de recursos humanos e materiais para
tratamentos involuntários?
Tramita na Câmara dos Deputados projeto de Lei de iniciativa do Deputado Omar Terra, o PL 7.663/2010,
que prevê internação compulsória de dependente químico e que poderá ir à
votação do Plenário a partir do mês de fevereiro. O texto prevê três
tipos de internação: voluntária, que é a consentida pelo dependente; a
involuntária, a partir de pedido de terceiro e contra a vontade do
dependente; e a compulsória, a partir de determinação da Justiça. Pelo
PL, a internação deverá ser registrada no Sistema Nacional de
Informações, para acompanhamento do Ministério Público.
Movimentos Sociais
Desintrusão em Marãiwatsédé
A
desintrusão da Terra Indígena Xavante Marãiwatsédé, no Estado do Mato
Grosso, foi totalmente concluída. No domingo, 27 de janeiro, o oficial
de Justiça realizou o último sobrevoo para verificar a situação da área
e, em seguida, entregou à FUNAI o Auto de desocupação final.
Foram
verificados 619 pontos entre casas e comércios, tanto na área rural
como no distrito de Posto da Mata. Todos estão desocupados.
As
forças policiais e os órgãos do Governo Federal envolvidos na operação
executam o Plano de Transição, que tem como objetivo garantir a
segurança do território e dos indígenas. São realizadas ações de
fiscalização e o controle de pessoas e veículos não autorizados que
buscam ingressar na terra indígena. Placas de identificação do
território começaram a ser afixadas.
O
INCRA realizou o cadastro de 235 famílias para assentamento em projetos
da região. Criado em 19 de dezembro de 2012, no município de Alto Boa
Vista (MT), o Projeto Casulo, denominado PAC Vida Nova, receberá
inicialmente 30 famílias oriundas de Posto da Mata, podendo ampliar a
meta de acordo com a demanda. Para isso, conta com o apoio da Prefeitura
Municipal e do Exército na abertura de estradas e outras medidas de
infraestrutura. Além do Projeto Casulo, foram oferecidos lotes no
assentamento Santa Rita, em Ribeirão Cascalheira, para as famílias que
ocupavam a Terra Indígena Marãiwatsédé.
A
força-tarefa do Governo Federal que cumpriu o mandado de desocupação e
agora realiza a segurança da área é composta por servidores da
Secretaria-Geral da Presidência da República, FUNAI, SESAI, INCRA,
IBAMA, CENSIPAM, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Força
Nacional e conta com o apoio logístico do Exército.
Embora
tenha sido alardeado, pelos políticos do Estado do Mato Grosso, que o
processo de desintrusão seria marcado por confrontos e violência, o que
se viu foi que transcorreu de maneira pacífica, ordeira e com os
direitos garantidos, tanto para o Povo Xavante, que teve devolvida a
terra de onde foram arrancados em 1966, como para os pequenos
agricultores, historicamente manipulados pelos grandes fazendeiros, que
têm agora a possibilidade de reconstruir suas vidas autonomamente, de
maneira legal e com o apoio de programas sociais.
Em
todo esse processo de devolução das terras aos Marãiwatsédé, que se
arrastou por décadas, a Igreja cumpriu um importante papel de
interlocutora, tanto por meio da Prelazia de São Félix do Araguaia,
quanto pela CNBB. Esta vitória dos Marãiwatsédé é um marco histórico e,
ao mesmo tempo, um incentivo a outras reivindicações similares como a
dos Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul.
As lutas sociais em 2013 perspectivas
As
lutas sociais devem crescer no ano de 2013. Os movimentos sociais estão
percebendo, de maneira crescente, que é necessária maior articulação e
unificação de suas pautas, para que estas possam adquirir mais
visibilidade social e, portanto, maior incidência política.
Em
2012 já ocorreram alguns encontros e processos no rumo dessa
articulação, tanto na área urbana como na área rural. Os movimentos de
moradia, por exemplo, vêm crescendo nesta interlocução conjunta com o
Governo Federal, na apresentação de suas pautas com relação ao Programa
Minha Casa, Minha Vida e outros programas, cobrando a participação
social nos municípios e nos empreendimentos públicos.
Os
movimentos sociais do campo realizaram um encontro nacional no ano
passado, onde buscaram unificar a sua leitura do modelo de
desenvolvimento em curso e propuseram uma pauta unificada de lutas, que
diz respeito à Reforma Agrária, às políticas públicas para os pequenos
agricultores e populações tradicionais e à democratização do campo
brasileiro.
A
definição de estratégicas até o final do atual Governo é decisiva com
relação às políticas governamentais. A tendência é de que os movimentos
sociais, sabendo desta realidade, irão buscar fortalecer e articular
cada vez mais suas lutas, tanto para cobrar acordos feitos durante a
primeira metade do atual mandato, como para exigir novos compromissos
até o seu final.
Neste
sentido, o tema que vem crescendo cada vez mais na agenda dos diversos
movimentos sociais no país é o do modelo de desenvolvimento que se
deseja, ou seja, o tema O Brasil que queremos, tão debatido ao longo
de diversas edições da Semana Social Brasileira e pela Assembleia
Popular.
Retomar
este debate e aprofundar a proposta popular de modelo de
desenvolvimento, voltado para o fim da exclusão social; para a superação
das desigualdades sociais, regionais, de gênero e de raça; para o fim
da concentração de terras pelo agronegócio e pela democratização do
campo brasileiro; para uma ampla Reforma Política; para a democratização
das comunicações e pelo respeito à imensa diversidade territorial
étnico-cultural no Brasil poderá ser uma grande contribuição dos
movimentos sociais ao futuro do país como nação.
As
muitas Conferências agendadas para este ano, nos vários níveis da
federação, serão, certamente, um dos fóruns que os movimentos sociais
ocuparão para tornar ainda mais visíveis suas reivindicações, ainda que
este espaço de participação popular perca sua força na medida em que
suas decisões deixam de ser implementadas pelos governos Federal e
Estaduais.
Contribuíram
para esta análise: Pe. Bernard Lestiene SJ e Pe. Thierry Linard SJ
(Ibrades), Pe. Ari Antônio dos Reis, Daniel Seidel, Pe. Geraldo Martins,
Gilberto Sousa, Paulo Maldos, Pedro Gontijo e Ir. Sueli Bellato.
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