No blog Tijolaço, de Fernando Brito:
Incrível a notícia de hoje, no Estadão, de que a Aeronáutica pretende privatizar o controle da gestão da rede de telecomunicações usada pela Aeronáutica para a defesa, vigilância e controle do tráfego aéreo.
Privatizar é pouco: pretende entregar âs multinacionais:
“Dezessete empresas participaram da audiência pública, duas com maior interesse: o grupo mexicano Claro/Embratel e a americana Harris. As companhias apresentaram uma proposta que pode servir de base para o edital da licitação, que será lançado no fim deste semestre”
Embora vá continuar exercendo a tarefa de operar, a partir desta rede, o controle do tráfego aéreo e da defesa do espaço aeronáutico nacional, é obvio que quem controla a rede sabe tudo o que trafega por ela.
Dispensam-se, portanto, a NSA e os satélites espiões, todos os registros de navegação aérea – e isso inclui a militar – já vão direto para mãos estrangeiras, da fonte. Isso, claro, compreende todas as simulações, com táticas e alcances de seus vetores (aviões e mísseis) , da defesa aérea brasileira.
A reportagem, parcialmente publicada na internet, registra o cinismo de que “haverá salvaguardas” no caso de o Brasil entrar em guerra com o país da empresa que controle a rede de telecomunicação de nossa Força Aérea. Que guerra? De posse destas informações, toda a nossa capacidade de reação aeronáutica, que se funda na capacidade de reação imediata e pontual e não num confronto prolongado contra forças imensamente maiores, estará destruída e minutos ou horas antes que sequer se redija o ato de intervenção na rede de comunicações.
Se é só uma questão de economia, seria melhor pensar em fechar a Força Aérea, porque uma Força sobre a qual se sabe como age, com todos os detalhes de posição, rotas, altitudes, formações e táticas não serve nem para videogame.
A Harris, por exemplo, é contratada por valores imensos pelas forças armadas norte-americanas para montar sistemas de comunicação. E ela mesmo diz em sua página promocional:
Se você está defendendo seu país, os mares, ou os céus – você precisa de uma comunicação segura na qual você possa confiar. Os poucos momentos necessários receber uma mensagem ou responder a uma ameaça podem afetar dramaticamente o resultado de uma situação.
Podem, não é? Dramaticamente, para nós.
Incrível a notícia de hoje, no Estadão, de que a Aeronáutica pretende privatizar o controle da gestão da rede de telecomunicações usada pela Aeronáutica para a defesa, vigilância e controle do tráfego aéreo.
Privatizar é pouco: pretende entregar âs multinacionais:
“Dezessete empresas participaram da audiência pública, duas com maior interesse: o grupo mexicano Claro/Embratel e a americana Harris. As companhias apresentaram uma proposta que pode servir de base para o edital da licitação, que será lançado no fim deste semestre”
Embora vá continuar exercendo a tarefa de operar, a partir desta rede, o controle do tráfego aéreo e da defesa do espaço aeronáutico nacional, é obvio que quem controla a rede sabe tudo o que trafega por ela.
Dispensam-se, portanto, a NSA e os satélites espiões, todos os registros de navegação aérea – e isso inclui a militar – já vão direto para mãos estrangeiras, da fonte. Isso, claro, compreende todas as simulações, com táticas e alcances de seus vetores (aviões e mísseis) , da defesa aérea brasileira.
A reportagem, parcialmente publicada na internet, registra o cinismo de que “haverá salvaguardas” no caso de o Brasil entrar em guerra com o país da empresa que controle a rede de telecomunicação de nossa Força Aérea. Que guerra? De posse destas informações, toda a nossa capacidade de reação aeronáutica, que se funda na capacidade de reação imediata e pontual e não num confronto prolongado contra forças imensamente maiores, estará destruída e minutos ou horas antes que sequer se redija o ato de intervenção na rede de comunicações.
Se é só uma questão de economia, seria melhor pensar em fechar a Força Aérea, porque uma Força sobre a qual se sabe como age, com todos os detalhes de posição, rotas, altitudes, formações e táticas não serve nem para videogame.
A Harris, por exemplo, é contratada por valores imensos pelas forças armadas norte-americanas para montar sistemas de comunicação. E ela mesmo diz em sua página promocional:
Se você está defendendo seu país, os mares, ou os céus – você precisa de uma comunicação segura na qual você possa confiar. Os poucos momentos necessários receber uma mensagem ou responder a uma ameaça podem afetar dramaticamente o resultado de uma situação.
Podem, não é? Dramaticamente, para nós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário