quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Lealdade de Obama ao gás de xisto: uma traição às promessas climáticas


  
no site Carta Maior


“Passe livre para poluir.”
 
É o que defensores ambientais dizem que as novas regras da administração Obama, anunciadas Quarta-Feira, fornecem às usinas de gás da nação.
 
Além disso, de acordo com o Centro de Diversidade Biológica, o trabalho contido nas diretrizes da Agência de Proteção Ambiental (EPA) estão em contradição direta com as promessas corajosas feitas pelo presidente relativas ao agravamento da crise climática.
 
“Se a EPA fala sério sobre a crise, precisa ser séria quando se trata de reduzir os gases do efeito estufa de todas as usinas – independentemente se são abastecidas com gás ou carvão.” – Bill Snape, Centro de Diversidade Biológica
 
“As fracas normas da EPA para as usinas de gás contradizem os fortes discursos do Presidente Obama sobre a urgência do corte de carbono e outros gases do efeito estufa” declarou Bill Snape, conselheiro senior do Centro. “O presidente afirmou que precisamos encontrar coragem para lutar contra as mudanças climáticas antes que seja tarde demais para agir. Mas as regras descompromissadas de sua administração sobre as usinas de gás são uma oportunidade perdida de lutar contra a poluição que está aquecendo nosso planeta e nos empurrando para o caos climático.”
 
As novas normas da EPA incentivam as usinas a ter um menor controle das emissões, porém não fazem nenhuma questão que as estações já existentes instalem tecnologias de redução das mesmas. O presidente Obama tem sido criticado por sua posição favorável ao  gás natural, que permanece mesmo depois de estudos sugerirem que o seu processamente tem um impacto no aquecimento global igual ou excendente ao do carvão.
 
Mesmo com os avisos da ciência, Obama se uniu aos que afirmam que o atual ‘boom’ do gás nos Estados Unidos é parte da solução para o aquecimento global. Juntamente com a evidência que contradiz essa visão, um estudo da Universidade de Harvard publicado mês passado confirmou que as emissões de metano produzidas pelo processo de “fracking” (fraturamento hidráulico) são muito maiores do que a indústria afirma ser.
 
Daniel Kessler, um ativista em campanha com a 350.org, disse que Obama seria “sábio de olhar o estudo de Harvard com muito cuidado” e reconhecer que “a única opção sensata disponível” quando se trata de mudanças climáticas é: “deixe o gás no solo.”
 
Mesmo que as novas regras da EPA se posicionem firmemente a respeito do carvão, Snape e seus colegas dizem que o “passe livre” dado às indústrias de gás é uma ofensa direta ao planeta, pois as normas liberais do gás natural podem prender os Estados Unidos a uma dependência de combustíveis fósseis por décadas, contradizendo a visão de ação rápida do presidente na questão climática.
 
“Se a EPA fala sério sobre a crise, precisa ser séria quando se trata de reduzir os gases do efeito estufa de todas as usinas – independentemente se são abastecidas com gás ou carvão”, disse Snape. “As regras imprecisas de controle da poluição não apenas ameaçam o legado do presidente mas também colocam em perigo o nosso planeta. O ponto de partida é: podemos fazer melhor que isso.”
 
 
tradução de Isabela Palhares.
 
 
 
 
 
 






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