no site Carta Maior
“Passe livre para poluir.”
É
o que defensores ambientais dizem que as novas regras da administração
Obama, anunciadas Quarta-Feira, fornecem às usinas de gás da nação.
Além
disso, de acordo com o Centro de Diversidade Biológica, o trabalho
contido nas diretrizes da Agência de Proteção Ambiental (EPA) estão em
contradição direta com as promessas corajosas feitas pelo presidente
relativas ao agravamento da crise climática.
“Se
a EPA fala sério sobre a crise, precisa ser séria quando se trata de
reduzir os gases do efeito estufa de todas as usinas – independentemente
se são abastecidas com gás ou carvão.” – Bill Snape, Centro de
Diversidade Biológica
“As
fracas normas da EPA para as usinas de gás contradizem os fortes
discursos do Presidente Obama sobre a urgência do corte de carbono e
outros gases do efeito estufa” declarou Bill Snape, conselheiro senior
do Centro. “O presidente afirmou que precisamos encontrar coragem para
lutar contra as mudanças climáticas antes que seja tarde demais para
agir. Mas as regras descompromissadas de sua administração sobre as
usinas de gás são uma oportunidade perdida de lutar contra a poluição
que está aquecendo nosso planeta e nos empurrando para o caos
climático.”
As
novas normas da EPA incentivam as usinas a ter um menor controle das
emissões, porém não fazem nenhuma questão que as estações já existentes
instalem tecnologias de redução das mesmas. O presidente Obama tem sido
criticado por sua posição favorável ao gás natural, que permanece mesmo
depois de estudos sugerirem que o seu processamente tem um impacto no
aquecimento global igual ou excendente ao do carvão.
Mesmo
com os avisos da ciência, Obama se uniu aos que afirmam que o atual
‘boom’ do gás nos Estados Unidos é parte da solução para o aquecimento
global. Juntamente com a evidência que contradiz essa visão, um estudo
da Universidade de Harvard publicado mês passado confirmou que as
emissões de metano produzidas pelo processo de “fracking” (fraturamento
hidráulico) são muito maiores do que a indústria afirma ser.
Daniel
Kessler, um ativista em campanha com a 350.org, disse que Obama seria
“sábio de olhar o estudo de Harvard com muito cuidado” e reconhecer que
“a única opção sensata disponível” quando se trata de mudanças
climáticas é: “deixe o gás no solo.”
Mesmo
que as novas regras da EPA se posicionem firmemente a respeito do
carvão, Snape e seus colegas dizem que o “passe livre” dado às
indústrias de gás é uma ofensa direta ao planeta, pois as normas
liberais do gás natural podem prender os Estados Unidos a uma
dependência de combustíveis fósseis por décadas, contradizendo a visão
de ação rápida do presidente na questão climática.
“Se
a EPA fala sério sobre a crise, precisa ser séria quando se trata de
reduzir os gases do efeito estufa de todas as usinas – independentemente
se são abastecidas com gás ou carvão”, disse Snape. “As regras
imprecisas de controle da poluição não apenas ameaçam o legado do
presidente mas também colocam em perigo o nosso planeta. O ponto de
partida é: podemos fazer melhor que isso.”
tradução de Isabela Palhares.
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