O Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário homologou, no dia de hoje (14) as rescisões de contrato de trabalho de 18 trabalhadores da Codejas (Companhia de Desenvolvimento de Jaraguá do Sul). No total, desde dezembro, foram 20 rescisões homologadas no Sindicato. A empresa de economia mista encerrou as atividades no final do ano passado, após apresentar uma série de dificuldades para o pagamento dos salários e até do vale transporte dos seus trabalhadores. A presidente do Siticom, Helenice Vieira dos Santos, e o diretor Jair Rosa acompanharam o processo, juntamente com os trabalhadores - pedreiros, serventes, auxiliares de serviços gerais e motoristas - da empresa.
"Não está em nossas mãos impedir as demissões e o
provável fechamento da Codejas, o importante é que os trabalhadores não ficaram
sem o pagamento das verbas rescisórias", comenta a presidente do Siticom.
Helenice Vieira dos Santos analisa a situação da seguinte maneira: "Do ponto de
vista legal, não há restrições na homologação das rescisões mas, pelo lado dos
trabalhadores, fica a incerteza em relação ao próximo emprego, muitos dos
demitidos terão dificuldades em obter novo contrato de trabalho". Pelo menos,
prossegue Helenice, "fica assegurado o direito do pessoal questionar na Justiça
do Trabalho".
A Codejas foi criada em
1995, na gestão do ex-prefeito Durval Vasel. Do total das ações cotistas, 99,6%
pertencem à Prefeitura - apenas 0,04% são da iniciativa privada. Dorival Antônio
Uller, 57 anos, está indignado com a situação. "Achei um absurdo, tantos anos de
trabalho e depois chegar assim, sem mais nem menos, e mandar a gente embora, não
é assim que se faz", critica o pedreiro de profissão, em fase de
pré-aposentadoria: "Já tenho aposentadoria encaminhada, há um ano. Agora, vamos
ver no que vai dar". Dorival não esperava que a Codejas acabasse assim:
"Francamente, não, estou há 13 anos e meio na empresa, foi uma surpresa muito
grande".
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