Editorial do sítio Vermelho:
Com o objetivo proclamado de encontrar uma saída política para o fim da crise na Síria, realiza-se na próxima quarta-feira (22), na cidade suíça de Montreux, a Conferência de Paz sobre a Síria, apelidada Genebra 2. O governo do presidente Bashar Al-Assad anunciou sua participação no evento, enquanto a oposição síria ainda não se entendeu a esse respeito. Há setores que mantêm a posição intransigente de não se sentar à mesa de conversações com o governo nacional e apresentam como precondição a renúncia do presidente ou a decisão liminar de anunciar a formação de um governo de “transição”.
Por maiores que sejam as expectativas que gera, ainda é nebuloso se Genebra 2 poderá vir a ser um fato positivo no desenvolvimento da situação no país árabe ou se os impasses políticos permanecerão. As posições de um lado e outro da mesa de negociações são antagônicas e difíceis de harmonizar.
Os EUA continuam fazendo um jogo perigoso em relação à crise síria. Por um lado, foram obrigados a aceitar a proposta da Rússia, respaldada pelo governo sírio, para as negociações diplomáticas em detrimento da agressão militar. Por outro, continuam afirmando que seu objetivo é o afastamento de Bashar Al-Assad do governo, exigência feita por diversos grupos oposicionistas para definirem a sua participação na conferência. Os representantes diplomáticos da potência imperialista continuam defendendo a criação de um governo de “transição”, sem a participação de Al-Assad.
Mas não adianta jogar gasolina na fogueira. O governo sírio já revelou capacidade de enfrentamento militar aos terroristas. E ao anunciar sua participação e disponibilidade para o diálogo nacional e com as potências ocidentais, insiste em que a condição principal para um acordo consiste na luta contra o terrorismo, no resguardo de sua soberania nacional, unidade e integridade territorial.
A Síria vive há quase três anos uma crise de enormes proporções, que já causou devastadores efeitos, gerou uma tragédia humana e provocou severos danos à infraestrutura do país. Segundo dados dos organismos de direitos humanos, a guerra deixou ao menos 40 mil civis mortos, dos quais 25% eram crianças e mulheres.
Ademais, o conflito sírio transborda para outros países do Oriente Médio, ameaçando a já precária estabilidade regional e adicionando problemas à paz e à segurança internacional. Países como Iraque e Líbano estão fortemente afetados pela crise síria.
Por isso seria de bom alvitre que os atores internacionais envolvidos no processo da Conferência de Genebra 2, e principalmente a Organização das Nações Unidas, atentassem bem para o que está em jogo e discernissem sobre o que ameaça a segurança regional e internacional, e sobre como e por que cresce o número de grupos terroristas na Síria e região.
A crise na Síria foi fomentada e alimentada pelo imperialismo estadunidense, os sionistas israelenses e potências imperialistas europeias como o Reino Unido e a França. Grupos armados como o chamado Exército Livre Sírio, a Frente Al-Nusra e outros foram criados com apoio logístico e financeiro de regimes retrógrados locais, aliados ao imperialismo, como os da Arábia Saudita, Catar e Turquia.
Com o desenvolvimento da crise, os grupos terroristas foram deixando claro o seu caráter e evidenciando as suas divisões, sempre mantendo o objetivo central e comum de derrubar o presidente Bashar Al-Assad. O aprofundamento das discrepâncias entre os terroristas e sua projeção no Iraque deram lugar à organização do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Igualmente, dado o prolongamento dos enfrentamentos entre os rebeldes, surgiu ainda a Frente Islamiya, que conta com grupos de diferentes países como Iraque, Arábia Saudita, Turquia e Chechênia.
As potências imperialistas brincam com fogo ao apoiar os grupos terroristas. Não cabem dúvidas de que a Síria sem Al-Assad seria um paraíso para esses grupos, com riscos para essas próprias potências. Recentemente, um dos grupos vinculados à Al-Qaeda advertiu: “Estados Unidos, seu tempo chegará, faremos você sangrar até a morte e se Deus quiser içaremos uma bandeira no mastro da Casa Branca”. Ademais, ameaçaram que estenderiam a guerra da Síria ao Reino Unido e aos EUA.
Tal como ocorre no Iraque pós-Saddam Hussein, o país se dilaceraria em intermináveis conflitos entre tribos, etnias e seitas religiosas, com o inevitável envolvimento de governos nacionais da vizinhança.
O governo sírio tem dado mostras de que é capaz de sustentar negociações sérias, fazer a disputa política e diplomática e assegurar o cumprimento de acordos. Não há outro caminho para resolver a crise síria que não seja o combate aos terroristas e o pleno respeito à sua soberania nacional e autodeterminação.
Com o objetivo proclamado de encontrar uma saída política para o fim da crise na Síria, realiza-se na próxima quarta-feira (22), na cidade suíça de Montreux, a Conferência de Paz sobre a Síria, apelidada Genebra 2. O governo do presidente Bashar Al-Assad anunciou sua participação no evento, enquanto a oposição síria ainda não se entendeu a esse respeito. Há setores que mantêm a posição intransigente de não se sentar à mesa de conversações com o governo nacional e apresentam como precondição a renúncia do presidente ou a decisão liminar de anunciar a formação de um governo de “transição”.
Por maiores que sejam as expectativas que gera, ainda é nebuloso se Genebra 2 poderá vir a ser um fato positivo no desenvolvimento da situação no país árabe ou se os impasses políticos permanecerão. As posições de um lado e outro da mesa de negociações são antagônicas e difíceis de harmonizar.
Os EUA continuam fazendo um jogo perigoso em relação à crise síria. Por um lado, foram obrigados a aceitar a proposta da Rússia, respaldada pelo governo sírio, para as negociações diplomáticas em detrimento da agressão militar. Por outro, continuam afirmando que seu objetivo é o afastamento de Bashar Al-Assad do governo, exigência feita por diversos grupos oposicionistas para definirem a sua participação na conferência. Os representantes diplomáticos da potência imperialista continuam defendendo a criação de um governo de “transição”, sem a participação de Al-Assad.
Mas não adianta jogar gasolina na fogueira. O governo sírio já revelou capacidade de enfrentamento militar aos terroristas. E ao anunciar sua participação e disponibilidade para o diálogo nacional e com as potências ocidentais, insiste em que a condição principal para um acordo consiste na luta contra o terrorismo, no resguardo de sua soberania nacional, unidade e integridade territorial.
A Síria vive há quase três anos uma crise de enormes proporções, que já causou devastadores efeitos, gerou uma tragédia humana e provocou severos danos à infraestrutura do país. Segundo dados dos organismos de direitos humanos, a guerra deixou ao menos 40 mil civis mortos, dos quais 25% eram crianças e mulheres.
Ademais, o conflito sírio transborda para outros países do Oriente Médio, ameaçando a já precária estabilidade regional e adicionando problemas à paz e à segurança internacional. Países como Iraque e Líbano estão fortemente afetados pela crise síria.
Por isso seria de bom alvitre que os atores internacionais envolvidos no processo da Conferência de Genebra 2, e principalmente a Organização das Nações Unidas, atentassem bem para o que está em jogo e discernissem sobre o que ameaça a segurança regional e internacional, e sobre como e por que cresce o número de grupos terroristas na Síria e região.
A crise na Síria foi fomentada e alimentada pelo imperialismo estadunidense, os sionistas israelenses e potências imperialistas europeias como o Reino Unido e a França. Grupos armados como o chamado Exército Livre Sírio, a Frente Al-Nusra e outros foram criados com apoio logístico e financeiro de regimes retrógrados locais, aliados ao imperialismo, como os da Arábia Saudita, Catar e Turquia.
Com o desenvolvimento da crise, os grupos terroristas foram deixando claro o seu caráter e evidenciando as suas divisões, sempre mantendo o objetivo central e comum de derrubar o presidente Bashar Al-Assad. O aprofundamento das discrepâncias entre os terroristas e sua projeção no Iraque deram lugar à organização do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante. Igualmente, dado o prolongamento dos enfrentamentos entre os rebeldes, surgiu ainda a Frente Islamiya, que conta com grupos de diferentes países como Iraque, Arábia Saudita, Turquia e Chechênia.
As potências imperialistas brincam com fogo ao apoiar os grupos terroristas. Não cabem dúvidas de que a Síria sem Al-Assad seria um paraíso para esses grupos, com riscos para essas próprias potências. Recentemente, um dos grupos vinculados à Al-Qaeda advertiu: “Estados Unidos, seu tempo chegará, faremos você sangrar até a morte e se Deus quiser içaremos uma bandeira no mastro da Casa Branca”. Ademais, ameaçaram que estenderiam a guerra da Síria ao Reino Unido e aos EUA.
Tal como ocorre no Iraque pós-Saddam Hussein, o país se dilaceraria em intermináveis conflitos entre tribos, etnias e seitas religiosas, com o inevitável envolvimento de governos nacionais da vizinhança.
O governo sírio tem dado mostras de que é capaz de sustentar negociações sérias, fazer a disputa política e diplomática e assegurar o cumprimento de acordos. Não há outro caminho para resolver a crise síria que não seja o combate aos terroristas e o pleno respeito à sua soberania nacional e autodeterminação.
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