sábado, 7 de dezembro de 2013

Eletricistas desafiam lei e reconectam gregos desempregados

Oliver Staley, da 



Nova York - Kostas Ioannidis, um ferreiro desempregado com a mãe doente e a mulher com deficiência, não pode pagar a luz. Então ele a rouba.
 
 
Como milhares de gregos, Ioannidis foi desconectado da rede elétrica porque ele não podia pagar as contas. Ele deve 2,7 mil euros (US$ 3.668) e não pode realizar nem os pagamentos mensais de 150 euros que negociou com a companhia elétrica. Quando a luz foi cortada em outubro – pela segunda vez em dois anos –, ele a ligou ilegalmente mexendo nos cabos. “Eu perdi meu pai e meu irmão mais novo e não quero perder minha mãe”, disse Ioannidis, de 55 anos, em entrevista no pequeno apartamento da sua mãe em um bairro operário de Tessalônica. “A saúde da minha mãe é mais importante para mim do que a legalidade”.
Perder a eletricidade é mais uma dificuldade enfrentada pelos desempregados gregos, que agora chegam a 1,37 milhão ou 27 por cento da população economicamente ativa.
Nos primeiros nove meses do ano houve 257.002 cortes no fornecimento de luz devido à falta de pagamento das contas, deixando o país a caminho de superar o total do ano passado em 5,4 por cento, segundo a Autoridade Reguladora de Energia.
As desconexões criaram um movimento de eletricistas clandestinos que restabelecem a energia ilegalmente para eles mesmos e para outros. Cerca de um de cada dez lares será reconectado sem autorização neste ano, segundo a Hellenic Electricity Distribution Network Operator S.A.

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