Adital
"É de interesse dos sindicatos americanos. Aqui na América Latina (AL),
estão muitas das empresas multinacionais dos Estados Unidos (EUA), e convém que
os sindicatos daqui sejam mais fortes, consigam boas condições de trabalho
nessas empresas”. Esta recomendação é do subdiretor de campanhas para a AL do
Sindicato Internacional de Trabalhadores e Serviços (SEIU), organização que
representa mais de 2 milhões de trabalhadores nos EUA, Canadá e Porto Rico,
José Símons.
Ele realizou, recentemente, uma visita à Colômbia, onde deu uma entrevista à Escola Nacional Sindical (ENS)/ Agência de Informação Laboral, falando sobre a situação do sindicalismo nos EUA. Segundo o sindicalista, atualmente, o sindicalismo estadunidense está em crise, sofrendo uma redução na taxa de sindicalização. "A causa disso é que, hoje, as empresas têm mais armas contra os sindicatos. Para ser criado, um sindicato deve ser aprovado pela maioria dos trabalhadores, 50% mais 1, e isso é uma exigência muito alta (...) Porém, a crise não é só nos EUA, ela ocorre no mundo todo, e isso tem muito a ver com a expansão das empresas multinacionais. Por isso estamos abrindo esse trabalho global com os sindicatos de outros países. Isso é importante”, afirmou.
Apesar dessa dificuldade para criar os sindicatos, nos EUA, Símons relata que, após criados, essas instituições não sofrem perseguição das empresas, porém os trabalhadores são forçados a não apoiarem a criação de um. "As empresas quase não perseguem os sindicalistas. O que ocorre é uma perseguição aos trabalhadores que querem se organizar, ou seja, eles são demitidos antes que o sindicato nasça”.
Pensando nisso, informou Símons, os sindicatos estão trabalhando juntos para impulsionar a criação de campanhas e redes de apoio aos trabalhadores, não só para os sindicalizados, mas para todos. "São campanhas que tem pouco impacto nos nossos afiliados, mas o que buscamos é ajudar todos, não só os sindicalizados.”
Ações como essas já resultaram em sucesso. Em Washington, os trabalhadores dos aeroportos conseguiram aprovar uma lei que aumenta os seus salários mínimos, que antes era de apenas 8 dólares por hora e agora é de 15 dólares. "É uma conquista pequena, mas importante”. Disse Símons.
Além dessa, outras campanhas, em outras áreas também estão em curso, como é o caso da saúde. Com a aprovação da nova lei de saúde haverá um sistema público para mais pessoas. Atualmente, existem, nos EUA, quase 50 milhões de pessoas sem acesso a saúde pública. Com essa nova reforma, todas elas estarão vinculadas a algum plano, para os quais as pessoas com os salários mais baixos terão um subsídio do governo.
Além da saúde, o SEIU também apoia a causa da migração. Segundo Símons, "30% dos nossos afiliados são de origem latina, mexicanos, do Caribe, da América Central e muitos colombianos. A lei de migração que a administração Obama apresentou é muito importante, pois vai beneficiar 12 milhões de pessoas que estão em situação ilegal nos EUA, muitos deles latinos, mas que trabalham todos os dias, pagam impostos e não têm direitos trabalhistas, nenhum benefício de lei como os outros cidadãos”.
Por fim, Símons afirma que a ajuda aos sindicatos da América Latina (AL) é de interesse dos sindicatos estadunidenses, pois na AL estão muitas empresas multinacionais dos EUA, que se mudam para a região por conta dos baixos salários e incentivos fiscais dos governos. As multinacionais pagam mal e não dão boas condições de trabalho.
Ele realizou, recentemente, uma visita à Colômbia, onde deu uma entrevista à Escola Nacional Sindical (ENS)/ Agência de Informação Laboral, falando sobre a situação do sindicalismo nos EUA. Segundo o sindicalista, atualmente, o sindicalismo estadunidense está em crise, sofrendo uma redução na taxa de sindicalização. "A causa disso é que, hoje, as empresas têm mais armas contra os sindicatos. Para ser criado, um sindicato deve ser aprovado pela maioria dos trabalhadores, 50% mais 1, e isso é uma exigência muito alta (...) Porém, a crise não é só nos EUA, ela ocorre no mundo todo, e isso tem muito a ver com a expansão das empresas multinacionais. Por isso estamos abrindo esse trabalho global com os sindicatos de outros países. Isso é importante”, afirmou.
Apesar dessa dificuldade para criar os sindicatos, nos EUA, Símons relata que, após criados, essas instituições não sofrem perseguição das empresas, porém os trabalhadores são forçados a não apoiarem a criação de um. "As empresas quase não perseguem os sindicalistas. O que ocorre é uma perseguição aos trabalhadores que querem se organizar, ou seja, eles são demitidos antes que o sindicato nasça”.
Pensando nisso, informou Símons, os sindicatos estão trabalhando juntos para impulsionar a criação de campanhas e redes de apoio aos trabalhadores, não só para os sindicalizados, mas para todos. "São campanhas que tem pouco impacto nos nossos afiliados, mas o que buscamos é ajudar todos, não só os sindicalizados.”
Ações como essas já resultaram em sucesso. Em Washington, os trabalhadores dos aeroportos conseguiram aprovar uma lei que aumenta os seus salários mínimos, que antes era de apenas 8 dólares por hora e agora é de 15 dólares. "É uma conquista pequena, mas importante”. Disse Símons.
Além dessa, outras campanhas, em outras áreas também estão em curso, como é o caso da saúde. Com a aprovação da nova lei de saúde haverá um sistema público para mais pessoas. Atualmente, existem, nos EUA, quase 50 milhões de pessoas sem acesso a saúde pública. Com essa nova reforma, todas elas estarão vinculadas a algum plano, para os quais as pessoas com os salários mais baixos terão um subsídio do governo.
Além da saúde, o SEIU também apoia a causa da migração. Segundo Símons, "30% dos nossos afiliados são de origem latina, mexicanos, do Caribe, da América Central e muitos colombianos. A lei de migração que a administração Obama apresentou é muito importante, pois vai beneficiar 12 milhões de pessoas que estão em situação ilegal nos EUA, muitos deles latinos, mas que trabalham todos os dias, pagam impostos e não têm direitos trabalhistas, nenhum benefício de lei como os outros cidadãos”.
Por fim, Símons afirma que a ajuda aos sindicatos da América Latina (AL) é de interesse dos sindicatos estadunidenses, pois na AL estão muitas empresas multinacionais dos EUA, que se mudam para a região por conta dos baixos salários e incentivos fiscais dos governos. As multinacionais pagam mal e não dão boas condições de trabalho.
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