sábado, 2 de novembro de 2013

Indicadores da indústria brasileira em setembro - Técnico do DIEESE na Subseção da Fetiesc Mairon Edegar Brandes




     Segundo a Pesquisa Industria Mensal (PIM/IBGE), houve um crescimento de 0,7% na produção industrial brasileira em setembro, com relação a agosto na série com ajuste sazonal. A produção do mês foi 2,0% superior a registrada no mesmo mês do ano passado. Quando considerado o período acumulado de janeiro a setembro, em 2013 registrou-se um crescimento de 1,6% na produção com relação ao ano de 2012. Nos últimos doze meses a expansão da produção foi de 1,1%. Cabe destacar que essa é a maior taxa nessa série desde outubro de 2011 (1,4%) e, com ela, manteve-se a trajetória crescente observada desde dezembro do ano passado.
     Pelas categorias de uso, na variação mensal, a indústria de bens de capital registrou crescimento de 4,0%. A variação foi nula na indústria de bens intermediários. A indústria de bens de consumo duráveis cresceu 2,3% e a de bens semiduráveis e não duráveis teve retração de 1,4% (terceiro mês consecutivo de queda). Essa categoria é a única que apresentou resultado negativo na variação de produção quando considerado o período acumulado de janeiro a setembro (-0,2%). Na série dos últimos doze meses, todas as categorias registraram crescimento na produção, com destaque para bens de capital (7,8%) e bens duráveis (3,1%).
     Considerando os setores de influência na formação da média da indústria geral no ano, período de janeiro a setembro, os destaques positivos são a indústria de veículos automotores (11,2%); de refino de petróleo e produção de álcool (7,7%); de máquinas e equipamentos (6,6%); de outros equipamentos de transporte (7,2%); de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (5,9%) e de borracha e plástico (3,4%). Os destaques pelo lado negativo são a indústria de edição, impressão e reprodução de gravações (-11,2%); farmacêutica (-7,6%); indústrias extrativas (-4,6%) e metalurgia básica (-2,7%).
     Segundo a pesquisa  mensal da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), a utilização média da capacidade instalada das indústrias no Brasil foi de 82% em agosto na série dessazonalizada. Trata-se do menor patamar no ano e estável com relação a taxa de agosto do ano passado. O faturamento real das indústrias cresceu  4,6% no período de janeiro a agosto desse ano, com relação ao mesmo período do ano passado. No mês de agosto o crescimento foi de 3,4% na série dessazonalizada, atingindo o maior patamar do ano. Merece destaque na pesquisa da CNI a geração de empregos na indústria que cresceu em agosto desse ano 2,0% com relação ao mesmo mês do ano passado. Na série mensal com ajuste sazonal registrou pelo terceiro mês resultado positivo, 0,8% em agosto.

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