O caso dos reféns na Argélia poderia mudar
as coisas e levar a criação de uma força tarefa europeia no Mali para
apoiar a França. No momento, porém, não há nada na frente de batalha que
pareça europeu. A Otan, sempre ativa, desta vez lavou as mãos, como se o
problema no Mali não permitisse um compromisso maior.
Eduardo Febbro
Data: 19/01/2013
Paris – A França só conseguiu arrancar a fórceps
um pálido apoio de seus sócios europeus. Depois de uma conversa
telefônica entre o ministro da Defesa francês, Jean Yves le Drian, e seu
colega espanhol, Pedro Morenés, Madri aceitou colocar a disposição da
Franaç... um avião de transporte. Esse perfil foi adotado por quase
todos os aliados europeus de Paris: a Dinamarca também ofereceu um
avião, a Bélgica dois, Alemanha e Grã-Bretanha mais dois, e a Itália,
ajuda logística.
O caso que chama mais atenção é o espanhol. Nenhum outro país sofreu tanto como a Espanha as consequências do terrorismo que avança no Sahel: cinco espanhóis foram sequestrados desde 2009 nessa região, e são reiteradas as ameaças recebidas por Madri da Al Qaeda.
O caso dos reféns na Argélia poderia mudar as coisas e levar a criação de uma força tarefa europeia no Mali para apoiar a França. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, adiantou que “países europeus haviam expressado claramente que estavam dispostos a respaldar os franceses por todos os meios, não excluindo apoio militar”.
No momento, porém, não há nada na frente de batalha que pareça europeu. A Otan, sempre ativa, desta vez lavou as mãos, como se o problema no Mali não permitisse um compromisso maior. Além disso, Romano Prodi, enviado especial da ONU para o Sahel, estimou que “não restava mais à França intervir no Mali para impedir a criação de uma zona terrorista no coração da África”.
Na quinta-feira, os 27 ministros de Relações Exteriores da União Europeia aprovaram um plano para treinar o exército do Mali. Haverá 450 instrutores europeus disponíveis. E nada mais. “A França não está só”, garantiu o ministro francês Laurent Fabius.
Washington, no entanto, também ofereceu pouco à França: meios aéreos para transportar as tropas e equipamentos – franceses – ao Mali. “Não podemos forçar ninguém a nada. Há limites nas políticas de segurança e defesa”, lamentou Fabius. Ele ainda defendeu a necessidade da intervenção. “Sem França, não haveria mais Mali”, afirmou.
O caso que chama mais atenção é o espanhol. Nenhum outro país sofreu tanto como a Espanha as consequências do terrorismo que avança no Sahel: cinco espanhóis foram sequestrados desde 2009 nessa região, e são reiteradas as ameaças recebidas por Madri da Al Qaeda.
O caso dos reféns na Argélia poderia mudar as coisas e levar a criação de uma força tarefa europeia no Mali para apoiar a França. A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, adiantou que “países europeus haviam expressado claramente que estavam dispostos a respaldar os franceses por todos os meios, não excluindo apoio militar”.
No momento, porém, não há nada na frente de batalha que pareça europeu. A Otan, sempre ativa, desta vez lavou as mãos, como se o problema no Mali não permitisse um compromisso maior. Além disso, Romano Prodi, enviado especial da ONU para o Sahel, estimou que “não restava mais à França intervir no Mali para impedir a criação de uma zona terrorista no coração da África”.
Na quinta-feira, os 27 ministros de Relações Exteriores da União Europeia aprovaram um plano para treinar o exército do Mali. Haverá 450 instrutores europeus disponíveis. E nada mais. “A França não está só”, garantiu o ministro francês Laurent Fabius.
Washington, no entanto, também ofereceu pouco à França: meios aéreos para transportar as tropas e equipamentos – franceses – ao Mali. “Não podemos forçar ninguém a nada. Há limites nas políticas de segurança e defesa”, lamentou Fabius. Ele ainda defendeu a necessidade da intervenção. “Sem França, não haveria mais Mali”, afirmou.
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