segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Forte campanha não sensibiliza governo brasileiro a salvar o povo Awá


Adital
Duas mãos em sinal de "pare” e a mensagem "Brasil: Salve os Awá” formam o ícone da campanha que a organização Survival International realiza desde abril de 2012, chamando a atenção para a defesa da tribo indígena Awá, o povo mais ameaçado do planeta, que habita em florestas brasileiras.
Para tentar salvar os Awá radicados no Maranhão (Nordeste do Brasil) que correm sério perigo de desaparecem, devido ao rápido avanço dos madeireiros em sua floresta, a Survival International tem enviado diariamente uma imagem do "íconeAwá” para o ministro de Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo.
"Um homem tem o poder para parar os madeireiros: o Ministro da Justiça do Brasil. Mas não é a prioridade dele. Vamos mudar isso”, ressaltou o ator Colin Firth, um dos apoiadores da campanha. O renomado fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado (foto) e outras personalidades conhecidas também estão apoiando a causa do povo Awá.
Além de receber o "íconeAwá”, José Eduardo Cardozo tem sido pressionado por milhares de pessoas ao redor do planeta que apelam em favor destes indígenas. De acordo com o site de campanha da Survival, 54.116 mensagens (até o fechamento desta matéria) já foram enviadas para o ministro, pela internet.
Apesar do envio diário dos ícones de, das mais de 54 mil mensagens e de a campanha ser realizada há mais de um ano, o governo brasileiro ainda não tomou nenhuma atitude em defesa dos índios Awá. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos já exigiu esclarecimentos urgentes sobre a falta de tratamento do governo brasileiro com este povo indígena.
Segundo a Survival, José Eduardo Cardozo se comprometeu a retirar os invasores do território indígena Awá até o final deste ano, no entanto, a falta de ação concreta e a proximidade do período de chuvas na região tem posto em dúvida o cumprimento da promessa feita pelo titular de Justiça do Brasil.
No dia 10 de dezembro de 2012, quando foi celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos, a Survival International realizou uma série de protestos diante das embaixadas do Brasil pelo mundo para denunciar a situação e chamar o governo a salvar a tribo mais ameaçada do planeta. Para dar visibilidade à causa, os "íconeAwá” já foram expostos em diversos monumentos famosos do mundo como o Pão de Açúcar (Rio de Janeiro); a Casa Branca, em Washington D.C., nos Estados Unidos; o Mont Blanc, a montanha mais alta do oeste da Europa; e a Table Mountain, na África do Sul.
"Estamos muito preocupados com o futuro da tribo, principalmente com os Awá isolados. Se a invasão e a destruição não forem contidas a tempo, acreditamos que os Awá têm poucas chances de sobreviver', disse o diretor da Survival International, Stephen Corry, na ocasião. A Survival International promete continuar o envio dos ícones Awá "até que os invasores sejam removidos da terra dos Awá, no Maranhão”.
Os indígenas Awá formam uma tribo de caçadores-coletores nômades que está sendo ameaçada e impedida de caçar a alimentar suas famílias devido ao avanço e invasão dos madeireiros em seus territórios. Os índios também temem pela sobrevivência de seus parentes isolados que vivem fugindo dos invasores na floresta.

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