A inflação é a medida da evolução dos preços com o tempo. Não
mede o preço, mas sua alteração. Este artigo aborda custo e preço.
Salvo os casos de monopólio, oligopólio e cartel, os preços são definidos pela concorrência no mercado, onde participam empresas locais e de outros países.
Com o processo de globalização a concorrência foi crescendo, fazendo com que maior número de empresas dispute a preferência dos consumidores. Isso leva à busca incessante de aprimoramento tecnológico, aumento da produtividade e inovação.
Por seu lado os governos face a essa disputa adotam políticas de proteção e acordos comerciais que possam trazer vantagens competitivas às empresas sediadas no país.
Custo – O custo de um produto ou serviço é formado basicamente por: a) matéria prima; b) mão de obra diretamente usada na produção e; c) tributo. Além disso, tem o chamado custo indireto, necessário à atividade, como o de pessoal administrativo, de vendas e da direção, e demais despesas, como comunicação, aluguel, IPTU, IPVA, material de escritório, juros, etc.
O custo indireto pode ser ou não rateado entre os diversos bens ou serviços produzidos.
A matéria prima é a que é transformada na produção e a usada para o destino final do produto ao mercado, a embalagem. A mão de obra envolve os salários, vantagens e encargos sociais. O tributo é o imposto (IPI e ICMS) e a contribuição (PIS e Cofins).
Cada setor da economia apresenta uma composição de custo em termos médios. Assim, na indústria petroquímica o que predomina é o custo da matéria prima, nos serviços é a mão de obra e na fabricação de cigarros os impostos IPI e ICMS.
Cadeia Produtiva – É definida como sucessão de operações de transformação da matéria prima básica até o produto final ao mercado consumidor. A matéria prima básica é a que dá origem às demais até a obtenção do produto final. Assim, o minério de ferro é a matéria prima básica da cadeia produtiva, que produz o aço e, depois o automóvel. O algodão é a matéria prima básica, que serve à produção do fio de algodão e dele ao tecido de algodão.
Nos casos em que o custo de um produto depende fundamentalmente do custo da matéria prima, caso essa esteja acima do preço internacional, toda a cadeia produtiva que depende dessa matéria prima fica prejudicada na competição internacional e o consumidor vai preferir o produto importado.
Nesse sentido a política que o governo deve adotar é a de garantir condições necessárias ao menor custo dessa matéria prima no interesse do País. Assim, deve procurar desonerar o início da cadeia produtiva, desde o imposto de importação até o IPI, PIS e Cofins.
Por outro lado deve calibrar o imposto de importação que permita a concorrência com o produto importado, considerando as condições em que o país oferece às empresas sediadas em seu território.
Em agosto do ano passado o governo federal ampliou inexplicavelmente a proteção tarifária a matérias primas que se situam no início das cadeias produtivas e ato contínuo as empresas produtoras aproveitaram essa vantagem para elevar os preços dessas matérias primas causando elevação de custos na cadeia produtiva dependente dessas matérias primas. O governo só foi acordar tardiamente para o erro cometido diante da elevação da inflação causada pelos que se aproveitaram desse erro.
É absolutamente necessário que o governo reveja a política de proteção concedida a setores que se encontram no início das cadeias produtivas, quando esses setores impõem preços que acabam inviabilizando a competitividade das empresas que se encontram a jusante das cadeias.
As empresas beneficiadas são, em geral, as formadoras de preços pela posição de domínio de mercado. É o caso, por exemplo, da maior empresa petroquímica do País, que já detinha no primeiro trimestre deste ano 71% do mercado de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno, PVC), matérias primas para a produção de plásticos. Entre as resinas termoplásticas merece destaque o polietileno que representa cerca de 45% do consumo dos transformadores plásticos (elo seguinte da cadeia) e cujo preço doméstico é muito acima do internacional, pois foi uma das matérias primas incluídas em setembro do ano passado na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, passando a alíquota de importação de 14% para 20%, além de uma “taxa de conforto” de mais 10%!
Será que não bastam tantos problemas a serem enfrentados pelas empresas que tem que concorrer com a de outros países, que têm custo país inferior ao nosso e câmbio adequadamente posicionado, visando a política de expansão industrial?
Já passou da hora do governo mudar sua política tarifária de comércio exterior para limitar o poder de monopólio e oligopólio imposto pelas empresas que, protegidas por elevada proteção tarifária, engordam lucros à custa das demais empresas, que delas dependem e que se encontram impossibilitadas de poder contar com a matéria prima a nível próximo ao que possuem suas concorrentes no exterior.
Talvez o foco da competitividade não deva se concentrar só no chamado custo Brasil, mas, especialmente nos casos onde a matéria prima é componente importante do custo do produto, esse foco deva se deslocar para o início das cadeias produtivas. Assim, os custos e preços podem ser reduzidos, com ganho aos consumidores e à inflação. A conferir.
Salvo os casos de monopólio, oligopólio e cartel, os preços são definidos pela concorrência no mercado, onde participam empresas locais e de outros países.
Com o processo de globalização a concorrência foi crescendo, fazendo com que maior número de empresas dispute a preferência dos consumidores. Isso leva à busca incessante de aprimoramento tecnológico, aumento da produtividade e inovação.
Por seu lado os governos face a essa disputa adotam políticas de proteção e acordos comerciais que possam trazer vantagens competitivas às empresas sediadas no país.
Custo – O custo de um produto ou serviço é formado basicamente por: a) matéria prima; b) mão de obra diretamente usada na produção e; c) tributo. Além disso, tem o chamado custo indireto, necessário à atividade, como o de pessoal administrativo, de vendas e da direção, e demais despesas, como comunicação, aluguel, IPTU, IPVA, material de escritório, juros, etc.
O custo indireto pode ser ou não rateado entre os diversos bens ou serviços produzidos.
A matéria prima é a que é transformada na produção e a usada para o destino final do produto ao mercado, a embalagem. A mão de obra envolve os salários, vantagens e encargos sociais. O tributo é o imposto (IPI e ICMS) e a contribuição (PIS e Cofins).
Cada setor da economia apresenta uma composição de custo em termos médios. Assim, na indústria petroquímica o que predomina é o custo da matéria prima, nos serviços é a mão de obra e na fabricação de cigarros os impostos IPI e ICMS.
Cadeia Produtiva – É definida como sucessão de operações de transformação da matéria prima básica até o produto final ao mercado consumidor. A matéria prima básica é a que dá origem às demais até a obtenção do produto final. Assim, o minério de ferro é a matéria prima básica da cadeia produtiva, que produz o aço e, depois o automóvel. O algodão é a matéria prima básica, que serve à produção do fio de algodão e dele ao tecido de algodão.
Nos casos em que o custo de um produto depende fundamentalmente do custo da matéria prima, caso essa esteja acima do preço internacional, toda a cadeia produtiva que depende dessa matéria prima fica prejudicada na competição internacional e o consumidor vai preferir o produto importado.
Nesse sentido a política que o governo deve adotar é a de garantir condições necessárias ao menor custo dessa matéria prima no interesse do País. Assim, deve procurar desonerar o início da cadeia produtiva, desde o imposto de importação até o IPI, PIS e Cofins.
Por outro lado deve calibrar o imposto de importação que permita a concorrência com o produto importado, considerando as condições em que o país oferece às empresas sediadas em seu território.
Em agosto do ano passado o governo federal ampliou inexplicavelmente a proteção tarifária a matérias primas que se situam no início das cadeias produtivas e ato contínuo as empresas produtoras aproveitaram essa vantagem para elevar os preços dessas matérias primas causando elevação de custos na cadeia produtiva dependente dessas matérias primas. O governo só foi acordar tardiamente para o erro cometido diante da elevação da inflação causada pelos que se aproveitaram desse erro.
É absolutamente necessário que o governo reveja a política de proteção concedida a setores que se encontram no início das cadeias produtivas, quando esses setores impõem preços que acabam inviabilizando a competitividade das empresas que se encontram a jusante das cadeias.
As empresas beneficiadas são, em geral, as formadoras de preços pela posição de domínio de mercado. É o caso, por exemplo, da maior empresa petroquímica do País, que já detinha no primeiro trimestre deste ano 71% do mercado de resinas termoplásticas (polietileno, polipropileno, PVC), matérias primas para a produção de plásticos. Entre as resinas termoplásticas merece destaque o polietileno que representa cerca de 45% do consumo dos transformadores plásticos (elo seguinte da cadeia) e cujo preço doméstico é muito acima do internacional, pois foi uma das matérias primas incluídas em setembro do ano passado na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, passando a alíquota de importação de 14% para 20%, além de uma “taxa de conforto” de mais 10%!
Será que não bastam tantos problemas a serem enfrentados pelas empresas que tem que concorrer com a de outros países, que têm custo país inferior ao nosso e câmbio adequadamente posicionado, visando a política de expansão industrial?
Já passou da hora do governo mudar sua política tarifária de comércio exterior para limitar o poder de monopólio e oligopólio imposto pelas empresas que, protegidas por elevada proteção tarifária, engordam lucros à custa das demais empresas, que delas dependem e que se encontram impossibilitadas de poder contar com a matéria prima a nível próximo ao que possuem suas concorrentes no exterior.
Talvez o foco da competitividade não deva se concentrar só no chamado custo Brasil, mas, especialmente nos casos onde a matéria prima é componente importante do custo do produto, esse foco deva se deslocar para o início das cadeias produtivas. Assim, os custos e preços podem ser reduzidos, com ganho aos consumidores e à inflação. A conferir.
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