Por junior50 transcrito do Luís Nassif on line
Endereço interessante, para começar o assunto: www.army-technology.com/features/featuremilitary-exoskeletons-uncovered-...
Trata-se do Projeto TALOS ( tactical
assault light operator suit ) ,um programa desenvolvido há anos pela
DARPA, sob responsabilidade da Lockheed-Martin (engenharia) e Raytheon
(softwares), como "prime-contractors", associados a algumas
universidades americanas e pequenas empresas de informática. É bom saber
que não apenas os Estados Unidos possuem tal projeto, como a Rússia,
França e Alemanha, também trabalham em iniciativas semelhantes, na Ásia,
a China (com apoio russo), e Japão (com apoio americano) também se
interessam pela tecnologia.
Claro, que como todos os programas
nacionais de defesa, verbas nunca faltam, laboratórios, acesso a
materiais estratégicos, chips de alta performance, também nunca deixam
de existir, e como o capitalismo influi em todas as áreas, a
concorrência tambem é feroz, tanto que o Bell Laboratories desenvolveu
um próprio, e o demonstrou ano passado (USMC - Camp Lejeune). Portanto
"exoesqueletos" não são uma "novidade" - na área de defesa/militar.
MAS, comparar um TALOS, ou similar, com o
exoesqueleto terapêutico da Duke/Nicollelis e associados, é típico da
desinformação, ou ignorância pura, que são comuns a nossos (de)formados
em comunicação social, os alcunhados de
"jornalistas/analistas/comentaristas", por serem produtos, que apesar de
oriundos de uma mesma base de pesquisa, são completamente diferentes -
Por que ?
Sem alongar muito ou tecnicalizar, um
TALOS ou um SdF (francês), são destinados a usuários perfeitamente
higidos, portanto as conexões de software são primárias/simples, sendo a
maior parte do desenvolvimento relativo ao projeto de engenharia (
partes moveis, materiais, analise de resistência, persistência,
resistência ao combate etc..) e aos sistemas de comunicação e interação
ambiental ( suporte de vida ) - creio que deu para entender o básico.
Já o de Nicollelis e associados
internacionais, é um projeto colaborativo internacional, CIVIL e
ACADÊMICO ( verbas limitadas a doadores), voltado a area
terapeutica/reabilitação motora, portanto necessitando basicamente do
auxilio da neurociência, além de muito mais capacidade de processamento e
atuadores cinéticos com resposta mais rápida - Por que ?
Um soldado higido pode utilizar um TALOS
ou um FzF (alemão), apenas com treinamento básico no sistema, não sendo
necessária nenhuma interação miocinética ou esqueletal, eles são
"HIGIDOS".
No "exoterapêutico", a ação da
neurociência é a razão de ser do equipamento, pois é destinado a
pacientes com algum comprometimento medular, portanto a neurociência,
além de utilizar-se do equip/ de engenharia, tem que "refazer" as
conexões cerebrais - através de modificações de software agregados a
impulsos com reação miocinética - que irão dar origem ao "movimento" ( a
neurociência sabe, o cérebro tem "plasticidade", portanto trabalhar
outras conexões neurais, é perfeitamente possivel - atalhos).
É um produto muito mais sofisticado.
P.S.: Do jeito que a mídia vai, seria
interessante que o inútil curso de "Comunicação Social", se renove, e
tivesse algumas aulas de: Física, Engenharia, Matemática Financeira, TI.
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