sábado, 28 de junho de 2014

O QUE DEU CERTO E O QUE DEU ERRADO EM CADA CIDADE DA COPA

Transcrito do Blog Democracia & Política



Balanço da primeira fase!

O que deu certo e errado em cada sede da Copa

Do "LANCE!NET"

De Manaus ao Rio Grande do Sul, "L!Net" mostra análise sobre cada cidade neste Mundial

A primeira fase acabou e todas as sedes já receberam jogos importantes. E uma pergunta fica no ar: será que todas foram aprovadas em todos os quesitos do chamado "padrão Fifa"? 

Segurança, mobilidade urbana, qualidade da comida e funcionamento dos estádios, esses são os quesitos adotados pelo "LANCE!Net" para identificar problemas e fazer elogios [e críticas] à cada sede. De Manaus ao Rio Grande do Sul, "L!Net" mostra análise sobre cada cidade neste Mundial.

Nossos enviados especiais às sedes da Copa do Mundo fizeram um balanço sobre cada sede e você confere abaixo:

Rio de Janeiro - Igor Siqueira

Segurança: O problema de segurança foi mais chamativo no Maracanã do que nas ruas do Rio, que estão, principalmente na Zona Sul, muito mais patrulhadas. As seguidas invasões de argentinos e chilenos - a segunda, com direito a depredação do Centro de Imprensa do Maracanã - foram as principais dores de cabeça do COL e das autoridades de segurança pública.

Mobilidade urbana: O metrô teve alguns problemas, principalmente quando coincidiu o horário de saída dos trabalhadores do Centro da cidade com a vinda de torcedores ao Maracanã. Por isso, a medida para diminuir o impacto foi decretar feriado em dias de jogos no Rio.

Comida no estádio: Não chegou a faltar, mas teve boteco fazendo melhor. Pelo menos, não teve nada estragado.

Funcionamento do estádio: O Maracanã não teve problemas de escoamento de torcedores, quedas de luz ou algo do gênero. Como estava muito bem testado desde 2013, deu poucos problemas à organização no sentido estrutural.

Conclusão de obras pela cidade: O Rio é um canteiro de obras, ainda mais porque será a sede olímpica em 2016. Sobre o aeroporto, o anunciado caos aéreo parece que vai esperar outro megaevento para aparecer.

Análise da cidade

"O Rio de Janeiro já tem uma atratividade natural para os turistas e, com a Copa do Mundo, o crescimento foi elevado à décima potência. O Rio ferveu. Brasileiros, argentinos, chilenos e representantes de outros países espalharam a festa pelos principais pontos da cidade".

São Paulo - Bruno Andrade

Segurança: A Polícia Militar tem trabalhado com 1.800 policiais nos dias de jogos. A segurança do entorno da Arena Corinthians tem sido positiva. Apesar de o estádio ser aberto, o efetivo policial tem trabalhado duro para evitar invasões e tumultos.

Mobilidade urbana: Metrô e trem têm funcionado bem e recebido elogios dos torcedores. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) fechou diversas ruas próximas ao estádio. Isso para evitar a entrada de carros e, principalmente, priorizar o transporte público.

Comida no estádio: A Arena Corinthians sofreu na abertura (Brasil x Croácia). O sistema de venda das lanchonetes caiu e várias filas foram formadas, o que irritou os torcedores. O problema foi resolvido nos jogos seguintes.

Funcionamento do estádio: Não houve reclamações na organização de entrada e saída de torcedores. A internet tem funcionado bem até agora. A limpeza do estádio é feita logo ao término das partidas. O grande problema é o gramado, que tem sido alvo de críticas de vários jogadores e treinadores.

Conclusão de obras pela cidade: As obras nos aeroportos (Cumbica e Congonhas) foram finalizadas e, até agora, nenhum problema foi registrado. Boa parte das obras no entorno do estádio também foi finalizada (pontes e novas entradas). As poucas obras que seguem não têm atrapalhado.

Belo Horizonte - Rodrigo Vessoni

Segurança: Não houve maiores problemas no entorno do Mineirão e nem dentro dele. Uma briga entre argentinos e brasileiros na Savassi e um protesto de poucas pessoas no dia da abertura foram os únicos problemas de segurança a destacar.

Mobilidade urbana: Torcedores que foram de carro (táxi ou próprio) sofreram um pouco com o trânsito, mas não tiveram grandes transtornos para chegar ao Mineirão. Todos chegaram sem gastar muito tempo até aonde era permitido, ou seja, até ao início do perímetro Fifa.

Comida no estádio: Houve falta de comida e filas enormes no primeiro jogo. Na sequência, resolveram a escassez de alimento, mas as filas nos períodos de pico (antes do jogo e no intervalo) permaneceram. Mas sem grandes tumultos.

Funcionamento do estádio: Mineirão já tinha sido bastante testado, inclusive, com uma final de Copa Libertadores. Não houve grandes transtornos, não.

Conclusão de obras pela cidade: Não houve conclusão de algumas obras, que seguem em andamento.

Análise da cidade

"De uma maneira geral, Belo Horizonte foi uma ótima sede de Copa do Mundo. Houve problemas, mas nada que fosse um obstáculo intransponível aos mineiros e aos turistas, que vieram em milhares até a capital mineira".

Curitiba - Rodrigo Cerqueira

Segurança: Curitiba colocou um efetivo de segurança forte nas ruas. As forças de segurança pública estavam presentes nos principais locais da cidade, e contavam com a ajuda do Exército. Em várias operações, como a chegada de alguma delegação e dias de jogos, até o uso de helicópteros estava previsto.

Mobilidade urbana: Curitiba tem um sistema de transporte considerado modelo, o BRT articulado. A cidade é dividida em eixos, e coberta em grande parte por esses veículos. Com o perímetro da "Arena da Baixada" fechado em cerca de dois quilômetros, uma das opções era mesmo utilizar esse serviço e andar um pedaço até ao estádio.

Comida no estádio: Em alguns jogos, longas filas. Mas durante o intervalo dos jogos, quando a procura era maior, os torcedores conseguiam comprar alimentos e bebidas.

Funcionamento do estádio: Ainda com obras para serem realizadas, principalmente na parte de acabamento, a Arena da Baixada chegou a ser um dos três estádios que melhor foram avaliados pelo público na primeira rodada. Porém, poeira, escadas e corredores ainda inacabados, setor de imprensa impovisado - já que o prédio que seria destinado para os jornalistas não ficou pronto, foram alguns dos problemas.

Conclusão de obras pela cidade: A principal delas foi a ampliação da Avenida das Torres, importante via que liga o aeroporto Afonso Pena ao Centro da cidade. Ficou pronta aos 45 minutos do segundo tempo, mas facilitou muito a chegada e a saída da cidade.

Análise da cidade

"Curitiba talvez tenha sido a sede mais fria, em todos os sentidos. Os turistas passavam poucos dias na cidade, porque, como os próprios curitibanos falam, lá é local de turismo de negócios, e cidades com mais atrativos naturais, como Rio de Janeiro e Salvador, por exemplo, teriam muito mais destaque".

Porto Alegre - Valdomiro Neto

Segurança: Porto Alegre talvez tenha passado pelo maior dos testes de fogo de todas as sedes com o jogo Argentina x Nigéria. Projeta-se que a cidade tenha recebido cerca de 90 mil pessoas (números da Brigada Militar do Estado). Diante disso, a sede saiu-se bem. Houve alguns incidentes pontuais, com tentativas de furto e roubo de ingressos e só. Dentro do estádio, os "stewards", funcionários de segurança da Fifa, tiveram muito trabalho com torcedores argelinos (jogo Argélia x Coreia do Sul) e alguns conflitos entre brasileiros e argentinos (jogo argentina x Nigéria).

Mobilidade urbana: Esse item foi melhorando com o transcorrer dos jogos. O Caminho do Gol, trajeto criado pela prefeitura para o Beira-Rio, ajudou bastante os torcedores que saiam do centro para o estádio. Porém, o trânsito ficou caótico nas duas horas anteriores e posteriores às partidas.

Comida no estádio: Em todos os jogos, alguns bares têm registrado falta de alimento durante o segundo tempo. Deixou a desejar.

Funcionamento do estádio: De maneira geral, as informações no estádio são claras e os voluntários trabalham de forma eficiente. Alguns mostraram graus elevado de estresse diante da grande demanda, até mesmo irritação. Porém, isso foi exceção.

Conclusão de obras pela cidade: Quando França x Honduras começou - primeiro jogo na cidade - ainda havia uma série de obras no entorno do estádio, com tratores e operários trabalhando intensamente. No jogo Argentina x Nigéria, o quarto no Beira-Rio, foi a primeira vez em que se viu as barreiras que delimitam o estacionamento de uma das laterais erguidas.

Análise da cidade

"Os porto-alegrenses entraram no clima da Copa. Além de bandeiras do Brasil pela cidade, em especial no centro, nos dias de jogos os estrangeiros eram tratados com bastante gentileza e receptividade. Alguns deles viravam atração turística, em especial holandeses e sul-coreanos que, com torcidas animadas, tiveram engajamento dos torcedores nas ruas".

Salvador - Leo Burlá

Segurança: A segurança na Fonte Nova não registrou grandes ocorrências. A grande parte dos casos teve a ver com a detenção de cambistas. No Pelourinho, ponto importante de convergência de torcedores, houve alguns casos de furto, que representaram 80% das queixas prestadas por torcedores.

Mobilidade urbana: Um dos pontos mais dramáticos de Salvador é o trânsito caótico da cidade. Em dias de jogo, no entanto, o problema é minimizado pelo bloqueio de algumas ruas e avenidas. O recém-inaugurado trecho do metrô auxiliou na chegada de torcedores, que também foi facilitada graças à localização central da Fonte Nova.

Comida no estádio: Houve as tradicionais filas nas lanchonetes, mas problemas com abastecimento foram sendo resolvidos jogo a jogo. O restaurante do Centro de Imprensa não suportou a demanda das duas primeiras partidas.

Funcionamento do estádio: A Fonte Nova passou pelo teste, já que não houve nenhuma ocorrência relevante no quesito segurança e o estádio recebeu três jogos envolvendo grandes seleções na fase inicial. O técnico Carlos Queiroz, do Irã, reclamou da qualidade do gramado.

Conclusão de obras pela cidade: Algumas obras na parte externa do aeroporto não foram concluídas, o que dá um aspecto ruim ao terminal. A operação, contudo, correu sem maiores problemas. A ampliação e reforma da área de embarque foi uma intervenção importante.

Análise da cidade

"Naturalmente festiva, a cidade de Salvador abraçou totalmente a Copa. A 'Fan Fest' da Barra recebe sempre um bom público, e estrangeiros são vistos aos montes nos principais pontos da capital. Um deficiência grande é a a qualidade dos serviços. Seja em hotéis, restaurantes ou até mesmo em táxis, o serviço prestado fica muito aquém do desejável. Sem dúvida, esse é um dos pontos mais falhos e que deve ser melhorado visando maior atração de turistas no futuro".

Fortaleza - Caio Carrieri

Segurança: Os poderes públicos lotaram as principais vias de Fortaleza com policiais. É comum haver até três PMs nas esquinas movimentadas da cidade, por onde circulam número grande de turistas. Por enquanto, houve apenas uma ocorrência de grande gravidade.

Mobilidade urbana: O "Veículo Leve Sobre Trilhos" era para ser o principal legado da Copa do Mundo. E passou longe disso. Com previsão de entrega para junho de 2013, está com as obras interrompidas e com apenas 50% do trabalho concluído. No entorno do estádio do Castelão, as obras de acesso foram concluídas às pressas e inauguradas inacabadas antes do primeiro jogo na capital cearense, Uruguai 1x3 Costa Rica, em 14 de junho.

Comida no estádio: Os torcedores no Castelão voltaram a enfrentar um problema que tem sido comum em vários estádios da Copa do Mundo: falta de comida nas lanchonetes. O dia mais problemático foi 19 de junho, data do empate sem gols entre Brasil e México. A cerca de três horas do início da partida, já abriram sem sanduíches. Outras tiveram seus estoques esgotados rapidamente.

Funcionamento do estádio: A imprensa enfrentou pequenos problemas no Castelão. No jogo entre Uruguai e Costa Rica, repórteres receberam ingressos de lugares inexistentes na tribuna de imprensa. Por ser um jogo de menor apelo do que o do Brasil, por exemplo, havia bancadas livres para as quais alguns jornalistas foram remanejados.

Conclusão de obras pela cidade: O Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza (CE) tenta esconder de quem passa pelo saguão principal a obra inacabada e paralisada de ampliação do seu terminal. Uma estrutura de concreto e ferro com aspecto de abandono está atrás de tapumes de madeira, posicionados em frente a um vidro que seria para dar visão do lado de fora. A área maquiada fica bem próxima aos guichês de check-in das principais companhias aéreas que operam no local.

Análise da cidade

"Assim como já tinha acontecido na Copa das Confederações, boa parte da cidade entrou no clima do Mundial e se relacionou super bem na maioria dos contatos com os estrangeiros e turistas de outros estados brasileiros. Em datas que não sejam as das partidas, quando o arredor do Castelão respira o jogo desde cedo, a Avenida Beira-Mar é onde há grande confraternização".

Manaus - Carlos Alberto Vieira

Segurança: Cinco mil policiais foram destacados e um forte esquema implantado no entorno do estádio e nas zonas de maior aglomeração, como 'Fan Fest', região do Teatro Amazonas e nas grandes ruas que contam com telões e estão enfeitadas (cerca de 100 mil pessoas ao todo). Como a cidade está muito animada com a festa e os "contra o Mundial" são muito poucos, a segurança teve trabalho apenas em direcionar os torcedores e evitar que os beberrões criassem caso.

Mobilidade urbana: Aqui a coisa não não funcionou. Com a rua do estádio (uma das principais vias da cidade) fechada seis horas antes do início dos jogos, a cidade parou. Vale usar como exemplo que seria algo como se a Marginal Tietê ou a Avenida Brasil fossem fechadas em São Paulo ou no Rio. Era um inferno chegar à Arena.

Comida no estádio: Nos dois primeiros jogos, falha total. Acabou antes do jogo começar na partida inaugural. No intervalo, no segundo jogo, se ajeitou.

Funcionamento do estádio: Quase perfeito. Banheiros limpos e limpeza em todas as instalações, voluntários muito prestativos, 'stewards' impecáveis, entrada e saída de público muito rápidas e eficazes, estádio limpo 2 horas após os jogos. Observei uma cadeira quebrada no terceiro jogo e dois dias depois, na véspera da quarta partida no estádio, ela estava consertada.

Conclusão de obras pela cidade: Muitas obras programadas nem começaram. Daquelas que foram iniciadas, somente o estacionamento do Aeroporto não foi entregue. Pelo tamanho do estacionamento, ficou uma primeira impressão bem feia para quem desembarcava no aeroporto e seguia para a cidade. Todos na cidade falam que ocorreu uma maquiagem nas áreas principais e próximas dos eventos e muitos pontos da periferia foram esquecidos. Mas, por onde passei, não vi nada comprometedor.

Análise da cidade

"Embora tenha ocorrido uma decepção por causa do pouco tempo que as seleções ficaram na cidade e uma certa irritação com as críticas ao calor, há um orgulho muito grande da população com o resultado final. Os muito elogios pela organização e a grande hospitalidade da cidade foram marcantes e são evidentes nas declarações dos torcedores e da imprensa internacional".

Recife - Vinicius Perazzini

Segurança: No primeiro jogo, entre Japão e Costa do Marfim, houve um fato grave. Duas horas antes da partida, vândalos deixaram dois pneus nos trilhos do metrô e colocaram fogo. Por sorte, nenhuma composição estava passando no momento. A explicação foi que a área do incidente é rural e não pode ser murada por ser passagem de animais silvestres.

Mobilidade urbana: Há BRT expresso e metrô para o estádio, que fica a 20 quilômetros da zona hoteleira de Recife. O sistema de transporte tem funcionado bem.

Comida no estádio: Faltou comida nas arquibancadas em Japão x Costa do Marfim e Croácia x México. A Fifa chegou a ser notificada. A alimentação dos trabalhadores também deixou a desejar. 320 kg de comida foram considerados como estragados e retidos pela defesa sanitária no dia do jogo Itália x Costa rica.

Funcionamento do estádio: Houve problemas na operação das máquinas de Raio-X no primeiro jogo, entre Japão x Costa do Marfim. Ocorreu atraso no credenciamento de 13 operadores. O resultado foram filas enormes para entrar. Logo no segundo jogo, o problema desapareceu.

Conclusão de obras pela cidade: A Via Mangue, estrada importante que passa por dentro da cidade, foi inaugurada às vésperas do primeiro jogo em Recife. O BRT expresso também foi aberto há uma semana do jogo inicial. E ainda há muitas estações que não estão prontas (e por consequência, fechadas).

Análise da cidade

"O clima da competição demorou um pouco a pegar. Só mesmo quando a bola rolou para Brasil x Croácia, no dia 12 de junho, é que as pessoas saíram de verde e amarelo pelas ruas. Muitos moradores de Recife ficaram na bronca por receber a seleção. Porém, agora a corrente é total pelo hexacampeonato".

Cuiabá - Textos enviados pelo jornal "Folha do Estado"

Segurança: “A Copa foi muito tranquila.” Esta é a avaliação do secretário-adjunto da Comissão Estadual de Segurança de Grandes Eventos de Mato Grosso, coronel Alexandre Rodrigues. Por outro lado, há grande preocupação quanto aos crimes praticados contra os turistas, como roubos e furtos. Em Cuiabá, foram realizados quatro jogos da Copa do Mundo até quarta-feira, e não houve nenhuma situação considerada “violenta” pela comissão.

Mobilidade urbana:
De 56 obras prometidas para Copa, o Governo entregou 19 obras (inacabadas, tráfego sem iluminação, revitalização, pintura etc), o VLT não ficou pronto e o governador Silval Barbosa, admitiu dívida de R$ 8 bilhões. Os turistas precisaram ir de ônibus, ou táxis. A frota urbana foi realocada para atender e priorizar o trechos entre aeroporto-Centro-Arena Pantanal.

Comida no estádio: Com toda a movimentação de mato-grossenses, brasileiros e estrangeiros que Cuiabá tem vivido desde o dia 12 de junho, quando começou a Copa do Mundo no Brasil, alguns bares da Praça Popular passaram a cobrar taxas de entrada dos clientes que vão até R$ 80,00, sendo que, antes do período excepcional, não cobravam nada.

Funcionamento do estádio: À exceção do último jogo, a entrada e saída dos torcedores na Arena Pantanal aconteceu de forma rápida e tranquila. No Primeiro jogo, torcedores soltaram fogos de artifícios na direção do campo de futebol, na vitória do Chile. Mas a revista foi reforçada no segundo jogo e nada mais foi encontrado.

Conclusão das obras: Os trabalhos nas obras de mobilidade urbana em Cuiabá que não foram entregues para a Copa do Mundo de 2014 continuam na capital. Para agosto, estão previstas a finalização de sete delas entre Cuiabá e Várzea Grande, conforme o último relatório do Tribunal de Contas do Estado. Os Centros Oficiais de Treinamento (COT), tanto o da Barra do Pari, em Várzea Grande, quanto o da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), na capital, que deveriam ter ficado prontos para o Mundial, visando o treinamento de seleções na capital, devem ser concluídos até o dia 31 de agosto.

Natal - Enviado por Itamar Ciríaco, da "Tribuna do Norte"

Segurança: Segundo balanço da Polícia Militar, houve redução de 60% do número de ocorrências. A cidade não teve manifestações relevantes (a última delas reuniu cerca de 50 pessoas). O clima foi de tranquilidade e muita festa entre turistas e as pessoas da cidade.

Mobilidade urbana: Graças às férias escolares, aos feriados e pontos facultativos no serviço público, Natal, que é uma cidade que possui muitos funcionários da área governamental, teve fluxo de tráfego normal. Algumas reclamações dos motoristas surgiram no momento de deslocamento das delegações, mas nenhum problema grave foi registrado.

Comida no estádio: Em Natal, fez falta a integração, ao cardápio, de uma comida típica local. Nos bares da Arena das Dunas, foi mais fácil ingerir bebidas (alcoólica ou não) do que consumir alimentos (filas).

Funcionamento do estádio: A Arena das Dunas funcionou de acordo com o planejado. Surgiram reclamações com relação as filas para os alimentos e, no jogo Japão x Grécia, seis torcedores não encontraram as cadeiras que haviam comprado. A FIFA justificou que teria deslocado os lugares para acomodar equipamentos da transmissão de TV. Esses torcedores foram reacomodados mas reclamaram da localização dos novos assentos. No entorno do estádio, na área de estacionamento, em alguns setores havia falta de local adequado para estacionar os veículos.

Conclusão de obras pela cidade: Cerca de 90% das obras de mobilidade foram entregues antes da Copa. Um viaduto estaiado, quatro túneis e uma passarela foram entregues na semana anterior ao início do Mundial, além do novo Aeroporto Internacional (Aluizio Alves). Uma obra de drenagem na área da Arena, um túnel e o terminal de passageiros do Porto de Natal não foram concluídos.

Análise da cidade

"O secretário de Obras Públicas e Infraestrutura, Tomaz Pereira Neto, reforçou os prazos para as obras em andamento, lembrando que a continuidade dos serviços depende do fim das chuvas. Segundo ele, serão entregues no próximo dia 10 as passarelas sobre a avenida Prudente de Morais e a rua Lima e Silva, o túnel da avenida Capitão Mor Gouveia, e o viaduto da BR-101; as obras de drenagem na Mor Gouveia serão entregues dia 30 de julho".

Brasília - Michel Castellar

Segurança: O plano operacional de segurança em Brasília funcionou perfeitamente. Nos quatro dias de jogos, foram destacados 3.488 policiais e nenhum grave incidente foi registrado. Os [poucos] protestos pacíficos também contribuíram para a situação de normalidade. Somente na abertura da Copa ocorrramu duas prisões de manifestantes que desacataram os policiais.

Mobilidade urbana: Outro ponto positivo de Brasília. As largas avenidas contribuem para o escoamento dos veículos. Além disso, a disponibilização de 40 ônibus para o transporte gratuito dos torcedores evitou que as ruas do entorno do Mané Garrincha vivessem um caos no trânsito.

Comida no estádio: Nos dois primeiros jogos, faltaram comida e bebida em algumas lanchonetes. Mas nada grave. O abastecimento foi regularizado posteriormente.

Funcionamento do estádio: A experiência de ter organizado mais de 40 eventos antes do início da Copa foi fundamental para o sucesso operacional do Mané Garrincha. O estádio só apresentou problemas no primeiro jogo ao computar longas filas por até 15 minutos após o início do confronto entre Equador e Suíça. O motivo foi algumas máquinas de raio-x que apresentaram problemas.

Conclusão de obras pela cidade: A cidade concluiu em parte todas as obras e as que ficaram por concluir não influenciaram na Copa. Faltam a construção de dois túneis que ligarão o Centro de Convenções Ulisses Guimarães ao Mané Garrincha, implantação das placas de energia solar no estádio, além da urbanização de seu entorno.

Análise da cidade

"Os brasilienses receberam de braços abertos e com festa todos os estrangeiros que passaram pela capital federal. Até mesmo a invasão colombiana ocorrida antes do confronto do país contra Costa do Marfim foi encarada com humor e festa. O aeroporto também não teve problemas. Não foram registradas filas ou longas esperas. O setor hoteleiro também festejou. A ocupação dos hotéis, em média, foi de 95% Na partida do Brasil chegou a 100%."

FONTE: do site "LANCE!NET", transcrito no portal da FAB  (http://www.fab.mil.br/notimp#n76537).

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