domingo, 5 de janeiro de 2014

A quem interessa sabotar a Copa?


Sediar eventos internacionais da importância de uma Copa do Mundo ou dos Jogos Olímpicos, porém, é outra coisa. Tais eventos podem projetar um país ao poderem mostrar sua capacidade de organização e de execução de projetos.

Todavia, tais eventos também podem desmoralizar internacionalmente um país se este, ao organizá-los, vier a colher um fracasso organizacional.

O prejuízo de imagem a um país que fracassa na organização de um evento internacional da importância de uma Copa do Mundo, ao contrário do que muitos possam pensar não fica para o governo responsável por tal organização, mas para esse país.

Governos passam, países ficam. Se o movimento “Não vai ter Copa” triunfar, no futuro quem ficará conhecido mundialmente pelo fracasso do evento não serão Lula, Dilma Rousseff ou o PT, mas o Brasil.

Este país, nesse caso, ficaria marcado para sempre pela incapacidade de organizar eventos internacionais. Será considerado um país selvagem, impróprio para o turismo, incapaz de levar à frente um projeto que tantas nações já conseguiram fazer vingar.

O que o Brasil vai ganhar sabotando sua própria imagem diante do mundo? Nada.

Os investimentos na Copa já foram feitos e não serão desfeitos por nenhuma gritaria. Só o que deixará de ocorrer, se esse movimento aloprado vingar, será a recompensa nacional pelos investimentos feitos – recompensas de imagem e financeira.

Quem ganha com a sabotagem do evento? O povo é que não vai ganhar nada.

Além da dor que a massacrante maioria de brasileiros que ama o futebol sentirá diante de uma derrota da Seleção forjada no previsível estado psicológico de abatimento da equipe diante dos protestos, haverá o prejuízo econômico e imagético do país.

Mas haveria ganhadores com o fracasso da Copa, sim: os políticos sem votos que veem nessas manifestações a única possibilidade de vencerem a eleição presidencial contra a forte candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.

Você, cidadão comum, ficaria com a desmoralização internacional de seu país, com a provável piora de sua vida que um baque na economia causado por essa desmoralização iria gerar – o que colocaria em risco até seu emprego, seus negócios etc.

Ao longo da última década, você passou a ganhar salário mais alto, seus filhos conseguiram ingressar mais facilmente no mercado de trabalho, a pobreza no país despencou. Com tais eventos internacionais, o Brasil mostrará ao mundo que chegou a sua hora.

Mas você pode arriscar tudo isso para que políticos espertalhões – e sem votos – cheguem ao poder graças a uma farsa, a de que o país investiu na Copa dinheiro que seria destinado a saúde, educação etc.

Sim, uma farsa. O dinheiro público investido na Copa é uma fração do total dos investimentos. A quase totalidade desses recursos é privada. E tais investimentos, públicos ou privados, serão pagos pelo lucro com turismo e com maior atividade econômica decorrentes do evento.

A pergunta que fica, portanto, é simples: o que, de fato, o Brasil ganhará com a sabotagem da Copa do mundo, agora encampada por 9 entre 10 colunistas e editorialistas dessa grande mídia de oposição ao governo federal?

Se você não se fez essa pergunta, está na hora de fazer. Se não conseguir respondê-la e se não encontrar uma resposta clara, sua obrigação, como cidadão brasileiro, será combater esse movimento aloprado, sem pé, cabeça ou juízo.

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