terça-feira, 30 de abril de 2013
Por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil
“O representante do ‘Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento’ (PNUD), Jorge Chediek, disse que o Brasil
conseguirá cumprir uma das principais promessas da presidenta Dilma Rousseff e
tirar toda a população da pobreza extrema. Ele falou depois de conhecer o
estudo “Vozes da Nova
Classe Média”, divulgado segunda-feira (29) pela “Secretaria de
Assuntos Estratégicos” (SAE) da Presidência da República. Segundo ele, as
políticas do governo brasileiro para a nova classe média influenciarão a
Organização das Nações Unidas (ONU).
“Vemos
que políticas públicas sociais e econômicas farão com que o Brasil atinja o
resultado de 100% de redução da pobreza extrema. E a ONU tem compromisso
assumido de combate à pobreza. Pensamos muito nisso, mas [pensamos] pouco no
ponto de chegada, que é a classe média. É muito útil o Brasil estar pensando
nesse ponto de chegada”, disse o representante do Pnud.
Ministro da SAE e presidente do “Instituto
de Pesquisa Econômica e Aplicada” (IPEA), Marcelo Neri, disse que “o fim da miséria é apenas o começo”.
Segundo ele, a desigualdade teve “queda
espetacular”, após o índice de GINI ter caído de 0,64 para 0,54 nos últimos
dez anos. Esse índice, pelo qual zero representa a igualdade total de renda, é
um dos mais usados para comparações socioeconômicas entre países.
“Em
2012, mesmo com [baixo crescimento do PIB] o chamado “Pibinho”, 35% das pessoas
subiram [de nível social], enquanto 14% caíram. Isso mostra que o país vive
mais prosperidade e oportunidade, e menos desigualdade”, acrescentou o
ministro Marcelo Neri, após apontar a carteira de trabalho como maior símbolo
da classe média.
Para Jorge Chediek, os números
apresentados pelo estudo “são
impressionantes”. Ele avalia que a formalização do emprego foi fundamental
para os bons resultados. “O que mais
melhorou a situação do país foi a criação de empregos. [Também] por isso é
muito importante conhecer a classe média”, acrescentou. “A presidenta Dilma Rousseff disse que quer
fazer do Brasil um país de classe média. Queremos influenciar a política e
ampliá-la para fazer, também do mundo, um mundo de classe média”
O estudo “Vozes da Nova Classe Média” mostra
a contribuição do empreendedor para a expansão da nova classe média brasileira.
Tem como um dos destaques o aumento na formalização dos empregos. Entre as
conclusões do estudo, está a de que 40% dos postos de trabalho disponíveis
foram gerados a partir de pequenos negócios.
Das 15 milhões de novas vagas
abertas entre 2001 e 2011, 6 milhões foram criadas pelos empreendimentos de
pequeno porte. Além disso, 95% delas são empregos formais. Ainda de acordo com
o estudo, 39% do total de remunerações do país estão relacionadas a pequenos
empreendedores – volume que supera os R$ 500 bilhões por ano.”
FONTE: escrito por Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil (Edição:
Beto Coura) (http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-04-29/brasil-conseguira-eliminar-pobreza-extrema) [Imagens do Google adicionadas por
este blog ‘democracia&política’].
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