11/04/2013
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Em um 10 de abril de 1970, há exatos
43 anos, os BEATLES deixavam de existir como banda. Suas lindas canções
permanecem, entoadas por sucessivas gerações que crêem que “Peace and
Love” são conquistas ainda necessárias, que demandam luta e arte. Como
disse Santo Agostinho, “cantar é rezar em dobro”.
Entretanto, hoje, no Brasil, um mal
colocado presidente de Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos
Deputados do Brasil é pregador de indução à violência, tendo inclusive
louvado a morte física do ex-beatle John Lennon (“imagine no
country’s”). Disse ele, em 2005, diante de multidão de fiéis: “Eu queria
estar lá quando descobriram o corpo dele. Ia tirar o pano de cima e
dizer: me perdoe, John, mas esse primeiro tiro é em nome do Pai, esse é
em nome do Filho, e esse em nome do Espírito Santo. Ninguém afronta a
Deus e sobrevive para debochar”.
Fosse nossa democracia mais sólida e
nossa cidadania mais ampla e ativa, quem faz esse tipo de declaração -
reiterada, na mesma prédica, pela revelação de que “um anjo de Deus
fulminou os Mamonas” – não sobreviveria politicamente nem se elegeria
deputado. Muito menos presidiria uma Comissão a cuja temática ele é
avesso e, mais do que isso, combate. Com toda sua estranha convicção
letal emoldurada em “Avivamento” e representando um partido cujo nome é
Social Cristão.
É preciso tirar o pano que encobre
palavras enganosas, gestos de intolerância e dogmas medievais. O
fundamentalista é aquele que só crê nas suas próprias verdades absolutas
e se escuda em uma proclamada ausência de dúvidas. Cruzadista, adepto
do “crê ou morre”, enxerga o diferente como um "Satanás" (aliás,
"adversário") a ser eliminado. Em pleno século XXI, revela que o
retrocesso é sempre possível e que há um 'ovo da serpente' sendo
chocado. Que ao menos isso tudo nos choque, nos indigne. E, sem pedir
demais, que nos coloque em movimento: os retrógrados e semeadores do
ódio e do preconceito não passarão!
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sexta-feira, 12 de abril de 2013
Imagine só
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