quarta-feira, 17 de abril de 2013

25 verdades sobre as eleições presidenciais na Venezuela

Salim Lamrani
Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidad Paris Sorbonne-Paris IV. Professor nas Universidades Paris-Sorbonne-Paris IV e Paris-Est Marne-la-Vallée. Jornalista, especialista sobre relaciones entre Cuba e Estados Unidos. Opera Mundi
Adital
Por Salim Lamrani
Opera Mundi
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/babel/28385/25+verdades+sobre+las+elecciones+presidenciales+en+
venezuela+.shtml

Pesquisas de intenção de voto se mostraram falsas e campanha opositora foi um sucesso em 2013
1. Nicolás Maduro conseguiu 7.505.338 votos, ou seja, 50,66% dos sufrágios.
2. Henrique Capriles conseguiu 7.270.404 votos, ou seja, 49,07%.
3. 38.756 eleitores votaram em branco ou anularam, ou seja, 0,36%.
4. A participação eleitoral foi de 78,71%.
5. Apenas 234.935 votos, ou seja, uma porcentagem de 1,59%, separam os dois candidatos.

Milhares de pessoas foram ao Palácio de Miraflores comemorar a eleição de Nicolás Maduro


6. Todas as pesquisas de opinião que apontavam a vitória de Maduro com uma margem de 10 a 20 pontos se mostraram falsas.
7. O resultado apertado não coloca em dúvida a legitimidade de Nicolás Maduro. A título de comparação, na França, durante as últimas eleições presidenciais de maio de 2012, a diferença entre François Hollande e Nicolas Sarkozy foi de apenas 3,28%.
8. Maduro venceu em 16 dos 24 estados.
9. Capriles conseguiu a vitória em 8 estados.
10. Os observadores internacionais, entre os quais da União Europeia e da União das Nações Sul-Americanas, reconheceram a transparência das votações.


11. Henrique Capriles se nega a reconhecer a vitória de seu rival até que haja uma recontagem de votos.
12. Nicolás Maduro aceitou a recontagem de votos.
13. Max Lesnik, diretor da Rádio Miami, onde vive uma forte comunidade venezuelana favorável a Capriles, declara que o resultado apertado confirma a validade das eleições. Segundo ele, "ninguém assaltaria um banco para roubar mil dólares quando tem a possibilidade de roubar um milhão. Ninguém organizaria uma frande para conseguir menos de 300.000 votos”.14. A título de comparação, em outubro de 2012, Hugo Chávez derrotou seu rival Henrique Capriles com 8.191.132 votos, ou seja, um total de 55,07%.
15. Capriles obteve 6.591.304 votos, ou seja, 44,31%.
16. 1.599.828 votos separavam ambos os candidatos, ou seja, uma porcentagme de 10,76%.
17. A participação eleitoral foi de 80,48%.
18. Chávez conseguiu a vitória em 21 estados.
19. Capriles ganhou em apenas três estados.
20. Assim, em um período de seis meses, o campo chavista perdeu 685.784 votos.
21. Por sua vez, Capriles ganhou 679.099 votos.
22. A imensa maioria desses 685.784 eleitores que votaram em Chávez em outubro de 2012 e não votaram em Maduro, escolheram Henrique Capriles em 14 de abril de 2013.
23. Apesar das impressionantes políticas sociais elaboradas a favor das categorias mais desfavorecidas, que permitiram reduzir a pobreza e elevar de modo substancial o nível de vida dos mais pobres, é evidente que um número importante destes escolheram votar no candidato de direita.
24. A campanha eleitoral de 2013 do candidato Capriles, muito mais agressiva que a de 2012, foi um sucesso.
25. Ao contrário, a campanha eleitoral do novo Presidente da República Bolivariana da Venezuela foi um estrondoso fracasso.
[* Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro se intitula Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba, Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: Salim.Lamrani@univ-mlv.fr - Página no Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficiel].

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