Ministro da Fazenda participa de seminário na Fiesp e sinaliza que dólar a dois reais e selic de um dígito vieram para ficar. Ele disse que governo tem feito sua parte para evitar maior contaminação pela crise externa, cobrou mais investimentos do setor privado e previu aceleração do crescimento neste segundo semestre.
Marcel Gomes
Data: 04/07/2012
São Paulo – O ministro Guido Mantega (Fazenda) disse nesta quarta-feira (4) que o Brasil está aproveitando a crise internacional para fazer mudanças estruturais em sua economia. Com menos pressões inflacionárias, o governo tem um caminho mais livre para reduzir a taxa de juro e desvalorizar o real.
“O Brasil está aproveitando a crise para fazer ajustes que talvez não se fariam em um contexto diferente”, disse o ministro, ao participar de um seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Com isso, Mantega indica que considera o dólar a dois reais e a taxa selic em um dígito como patamares a serem mantidos quando a crise externa for superada. A queda da selic a “padrões civilizados” é uma das obsessões do governo. A taxa vem caindo desde agosto do ano passado, quando atingia 12,5%, e está hoje em 8,5%.
Segundo o ministro, juros mais baixos reduzem o serviço da dívida pública, liberando mais recursos para investimentos públicos. No final de junho, o governo anunciou incremento de R$ 6,6 bilhões no montante já previsto para a compra de equipamentos no segundo semestre. Assim, o chamado PAC Equipamentos destinará R$ 8,4 bilhões para o aparelhamento dos serviços ligados à educação, saúde, defesa, transporte, agricultura e combate às mudanças climáticas.
Outra vantagem do recuo relativo dos serviços da dívida é a possibilidade de liberar caixa para desonerações tributárias. No primeiro semestre, uma série de desonerações pró-indústria significou uma renúncia de R$ 850 milhões. E em abril o governo divulgou a desoneração da folha de pagamento para 15 setores da economia, a partir da eliminação da contribuição previdenciária de 20%.
Mantega disse que outras áreas podem ser beneficiadas com cortes em suas obrigações trabalhistas. Ele explicou que o custo da mão-de-obra está caindo em diversos países, e até na Alemanha. Para se manter competitivo, o Brasil precisa seguir a tendência, mas sem reduzir a remuneração líquida dos trabalhadores. Para que isso aconteça, o corte de tributos é uma saída.
Na presença do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, que também participou do seminário na Fiesp, o ministro da Fazenda cobrou novos cortes no spread bancário. Ele admitiu que essas taxas já vem caindo, mas lembrou que a acentuação dessa tendência seria benéfica para a economia, inclusive para a redução da inadimplência.
Diante do recuo das previsões de crescimento da economia brasileira em 2012, Mantega cobrou mais investimentos do setor privado e disse que o governo está fazendo sua parte. Ele espera um avanço da produção maior no segundo semestre, e arriscou uma expansão entre 4,5 e 5% em 2013 e 2014.
“O Brasil está aproveitando a crise para fazer ajustes que talvez não se fariam em um contexto diferente”, disse o ministro, ao participar de um seminário na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Com isso, Mantega indica que considera o dólar a dois reais e a taxa selic em um dígito como patamares a serem mantidos quando a crise externa for superada. A queda da selic a “padrões civilizados” é uma das obsessões do governo. A taxa vem caindo desde agosto do ano passado, quando atingia 12,5%, e está hoje em 8,5%.
Segundo o ministro, juros mais baixos reduzem o serviço da dívida pública, liberando mais recursos para investimentos públicos. No final de junho, o governo anunciou incremento de R$ 6,6 bilhões no montante já previsto para a compra de equipamentos no segundo semestre. Assim, o chamado PAC Equipamentos destinará R$ 8,4 bilhões para o aparelhamento dos serviços ligados à educação, saúde, defesa, transporte, agricultura e combate às mudanças climáticas.
Outra vantagem do recuo relativo dos serviços da dívida é a possibilidade de liberar caixa para desonerações tributárias. No primeiro semestre, uma série de desonerações pró-indústria significou uma renúncia de R$ 850 milhões. E em abril o governo divulgou a desoneração da folha de pagamento para 15 setores da economia, a partir da eliminação da contribuição previdenciária de 20%.
Mantega disse que outras áreas podem ser beneficiadas com cortes em suas obrigações trabalhistas. Ele explicou que o custo da mão-de-obra está caindo em diversos países, e até na Alemanha. Para se manter competitivo, o Brasil precisa seguir a tendência, mas sem reduzir a remuneração líquida dos trabalhadores. Para que isso aconteça, o corte de tributos é uma saída.
Na presença do presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, que também participou do seminário na Fiesp, o ministro da Fazenda cobrou novos cortes no spread bancário. Ele admitiu que essas taxas já vem caindo, mas lembrou que a acentuação dessa tendência seria benéfica para a economia, inclusive para a redução da inadimplência.
Diante do recuo das previsões de crescimento da economia brasileira em 2012, Mantega cobrou mais investimentos do setor privado e disse que o governo está fazendo sua parte. Ele espera um avanço da produção maior no segundo semestre, e arriscou uma expansão entre 4,5 e 5% em 2013 e 2014.
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