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Não seria
natural chegar num canteiro de obras, décadas atrás, e orientar o peão a
reivindicar protetor solar. As demandas urgentes eram outras e a ideia
de que sol forte faz mal à saúde ainda não era disseminada. Isso começou
a mudar.
Um
dos artífices dessa mudança é Antonio de Sousa Ramalho, atual presidente
do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil de São Paulo (Força
Sindical). Ramalho conta que a luta para garantir protetor aos peões
durou 20 anos. Ele diz: “Mas a conquista, em Convenção Coletiva, só
obtivemos há quatro anos”.Guarulhos - Sábado (15), a demanda por protetor foi debatida pelo Sindicato dos Servidores de Guarulhos, que reuniu na sede os Agentes Comunitários de Saúde (ACSs). Pedro Zanotti, presidente da entidade, afirma: “São cerca de 700 companheiros, a maioria exposta a horas e horas ao sol forte. Considero um absurdo uma cidade com orçamento de R$ 4,4 bilhões negar um item tão básico”.
Médico - Autoridade em saúde no trabalho, o médico Koshiro Otani afirma: “É uma iniciativa importante na luta contra doenças no trabalho. Além de reivindicar salário e garantia de emprego, o sindicalismo começa a mostrar amadurecimento e evolução. Porque protetor solar é, sim, um Equipamento de Proteção Individual, um EPI, de fundamental importância para evitar lesões e mesmo câncer de pele”.
Ele completa: “Toda doença adquirida durante a atividade profissional é doença do trabalho”. Só em 2012, segundo o Instituto Nacional do Câncer, 134.170 brasileiros tiveram câncer de pele.
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