O governo venezuelano determinou que três “diplomatas” dos EUA deixem o país até quarta-feira (20). Breean Marie Mc Cusker, Jeffrey Gordon Elsen e Kristopher Lee Clark são acusados de incentivar os protestos violentos que abalam a nação vizinha há quase uma semana. Há inúmeros documentos que comprovam que os três se reuniram com “estudantes” e líderes da direita local. Elías Jaua, ministro das Relações Exteriores, garante que não há mais dúvida de que os EUA conspiram novamente para derrotar a revolução bolivariana. Para quem conhece a história das ações imperialistas na América Latina, a denúncia não é surpreendente. Para os ingênuos, porém, basta a cobertura colonizada da mídia nativa!
Em pronunciamento oficial, o ministro Elías Jaua disse que o governo venezuelano teve acesso a cópias de e-mails trocados entre os “diplomatas” ianques e líderes da oposição, que comprovam que os “EUA estão financiando os grupos violentos que atuam nas manifestações”. O chanceler apresentou dados sobre o plano da embaixada estadunidense para criar um clima de pânico nos principais centros urbanos com o objetivo de desestabilizar o governo venezuelano. Segundo ele, os novos documentos confirmam denúncias feitas há dois anos pelo WikiLeaks, que revelou telegramas secretos do serviço de inteligência dos EUA que já tratavam deste plano de desestabilização golpista.
Um dos documentos apresentados agora mostra que os atuais líderes dos protestos “expressaram interesse em receber o apoio dos EUA”. Já na mensagem intitulada “Os pontos estratégicos para o apoio programático dos EUA aos setores juvenis da oposição venezuelana”, a embaixada de Caracas revela que respalda 30 organizações, “com apoio técnico, treinamento e financiamento”. Outro texto confirma que Washington decidiu aumentar em US$ 30 milhões o aporte financeiro aos grupos oposicionistas. Já a mensagem intitulada “O desenvolvimento de uma estratégia para assegurar a coesão do movimento estudantil” revela que o representante da Usaid viajou ao país para se encontrar com “líderes juvenis”.
Diante destes fatos graves, o presidente Nicolás Maduro decidiu expulsar os três “diplomatas”, que foram considerados “personas non gratas”. “Quem eles conspirem nos EUA”, afirmou em cadeia nacional de rádio e televisão, no domingo (16). A decisão pegou de surpresa o governo de Barack Obama, que tentava vender a imagem de que havia abandonado a intervencionista Doutrina Monroe. Sem explicar a atuação ilegal dos seus subordinados, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ainda teve a caradura de exigir maior “diálogo” na Venezuela. “Ninguém pode dizer ao governo venezuelano que mude sua forma de atuar contra grupos violentos”, respondeu, de pronto, Elías Jaua.
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