Por Claudia Fachini | Valor
SÃO PAULO - Entidades
ligadas à indústria e aos grandes consumidores de energia elogiaram a
disposição manifestada pela presidente Dilma Rousseff em pronunciamento
em cadeia nacional de rádio e TV de baixar os custos da energia elétrica
em até 28% no país. Para a Associação Brasileira de Grandes
Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), a
decisão é “histórica” e “sinaliza um novo ciclo de desenvolvimento do
país com base em medidas estruturais que privilegiam a competitividade,
com queda nos custos de produção”.
“O corte de até 28% da tarifa das indústrias e de 16,2% para os consumidores residenciais é um importante passo para reposicionar a energia no Brasil em seu patamar estratégico, que corresponde ao potencial de nossa matriz energética”, acrescenta a nota da Abrace.
Para a entidade, “a expectativa é de que, na média, a indústria passe a pagar 20% menos pela energia elétrica”. “Se essa redução se concretizar, com base nas medidas que serão detalhadas na próxima terça-feira (dia 11) pelo governo federal, o Brasil deixaria o topo do ranking das energias mais caras do mundo”, afirma a nota.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “a redução da tarifa de energia elétrica é um passo importante para diminuir o custo Brasil, aumentar a competitividade da indústria e favorecer o crescimento da economia brasileira”, avaliou. Em nota divulgada logo após o pronunciamento da presidente, a CNI afirmou que “a decisão do governo vai alterar a estrutura de custos das empresas e pode fazer com que a energia elétrica volte a ser uma vantagem competitiva do setor produtivo”.
“Atualmente, sem a redução anunciada pela presidente, o custo médio da tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é de R$ 330 por megawatt/hora, o quarto valor mais alto do mundo, atrás apenas do cobrado na Itália, na Turquia e na República Tcheca. A tarifa no Brasil é o triplo da dos Estados Unidos e Canadá e o dobro da cobrada na China, Coreia do Sul e França. Além disso, quase metade da tarifa brasileira é formada por encargos e tributos”, afirma a CNI na nota.
A decisão também foi elogiada pelo presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria. Segundo ele, essa redução ficou acima das expectativas da entidade, que previa uma redução nas tarifas em torno de 20%, ou menos. A presidente, contudo, na sua avaliação, sugeriu que esse percentual não será o mesmo para todos os setores e que o corte dependerá da tensão a que está ligada cada uma das indústrias, podendo chegar a até 28%.
As indústrias que mais consomem energia estão ligadas diretamente aos fios de alta tensão e não recebem a energia de distribuidoras, que rebaixam a energia transmitida a partir das usinas para média e baixa tensão. Os consumidores residenciais encontram-se nesse último caso.
O detalhamento de como o governo vai promover o corte nos preços da energia será feito no dia 11 de setembro, quando também serão anunciadas as medidas para renovar os contratos de concessão de geração e transmissão que vencem em 2015.
“Gostaria de ver transparência do governo sobre a redução que será feita por meio da diminuição de tributos e a que a será obtida por meio de um ativo que já foi pago e que é de propriedade dos consumidores”, disse Faria, referindo-se à renovação das concessões das usinas e das redes de transmissões cujos investimentos já estão amortizados.
(Claudia Fachini | Valor)
“O corte de até 28% da tarifa das indústrias e de 16,2% para os consumidores residenciais é um importante passo para reposicionar a energia no Brasil em seu patamar estratégico, que corresponde ao potencial de nossa matriz energética”, acrescenta a nota da Abrace.
Para a entidade, “a expectativa é de que, na média, a indústria passe a pagar 20% menos pela energia elétrica”. “Se essa redução se concretizar, com base nas medidas que serão detalhadas na próxima terça-feira (dia 11) pelo governo federal, o Brasil deixaria o topo do ranking das energias mais caras do mundo”, afirma a nota.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), “a redução da tarifa de energia elétrica é um passo importante para diminuir o custo Brasil, aumentar a competitividade da indústria e favorecer o crescimento da economia brasileira”, avaliou. Em nota divulgada logo após o pronunciamento da presidente, a CNI afirmou que “a decisão do governo vai alterar a estrutura de custos das empresas e pode fazer com que a energia elétrica volte a ser uma vantagem competitiva do setor produtivo”.
“Atualmente, sem a redução anunciada pela presidente, o custo médio da tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é de R$ 330 por megawatt/hora, o quarto valor mais alto do mundo, atrás apenas do cobrado na Itália, na Turquia e na República Tcheca. A tarifa no Brasil é o triplo da dos Estados Unidos e Canadá e o dobro da cobrada na China, Coreia do Sul e França. Além disso, quase metade da tarifa brasileira é formada por encargos e tributos”, afirma a CNI na nota.
A decisão também foi elogiada pelo presidente da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace), Carlos Faria. Segundo ele, essa redução ficou acima das expectativas da entidade, que previa uma redução nas tarifas em torno de 20%, ou menos. A presidente, contudo, na sua avaliação, sugeriu que esse percentual não será o mesmo para todos os setores e que o corte dependerá da tensão a que está ligada cada uma das indústrias, podendo chegar a até 28%.
As indústrias que mais consomem energia estão ligadas diretamente aos fios de alta tensão e não recebem a energia de distribuidoras, que rebaixam a energia transmitida a partir das usinas para média e baixa tensão. Os consumidores residenciais encontram-se nesse último caso.
O detalhamento de como o governo vai promover o corte nos preços da energia será feito no dia 11 de setembro, quando também serão anunciadas as medidas para renovar os contratos de concessão de geração e transmissão que vencem em 2015.
“Gostaria de ver transparência do governo sobre a redução que será feita por meio da diminuição de tributos e a que a será obtida por meio de um ativo que já foi pago e que é de propriedade dos consumidores”, disse Faria, referindo-se à renovação das concessões das usinas e das redes de transmissões cujos investimentos já estão amortizados.
(Claudia Fachini | Valor)
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