O vilão petista de Noblat
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Muito instrutiva a coluna de Noblat de hoje. Ele abre seu texto afirmando que irá contar uma história cabeluda envolvendo um prefeito petista do Piauí.
Li com atenção, porque é meu trabalho, na expectativa de topar com uma narrativa escabrosa de um petista assassino, miliciano, que estuprava virgens e mandava executar seus adversários. Afinal, tudo pode acontecer em cidadezinhas escondidas do sertão, e possuir carteirinha de filiação ao PT não dá atestado de idoneidade a ninguém.
Eis que Noblat informa que o prefeito Francisco Antônio de Souza Filho, o Chico do PT, começou sua carreira quando Wellington Dias se reelegeu governador do Piauí em 2006 e ele foi nomeado secretário de Articulação e Gestão.
Nas palavras de Noblat:
*****
(…) Ambicionava governar Esperantina a partir de 2008. E para facilitar sua eleição, arrancou de Dias dinheiro e obras para a cidade.
Esperantina ganhou pontes, poços artesianos e ruas asfaltadas.
Os programas de assistência social do governo estadual foram ampliados ali para atender ao maior número possível de pessoas (…)
*****
Pronto, estes foram os “crimes” do Chico do PT.
Pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas, programas sociais.
Realmente, é um sociopata odioso!
Daí Noblat segue dando detalhes do processo que o Ministério Público move contra Chico do PT, noticiando cada pequena vitória, mesmo que na forma provisória de adiamento, do petista como um excrescência jurídica. E tudo pra quê? Para acusar Ricardo Lewandoswki e Dias Toffoli, que não condenaram sumariamente o petista por seus “crimes”.
Suponho que o processo deva ser muito mais complexo do que o insinuado por Noblat. Espero que, inclusive, contenha acusações mais fortes contra o Chico do PT do que construir pontes, poços artesianos, asfaltar ruas e ampliar o número de programas sociais. Porque se a acusação contra o petista se resumir a isso, será um indício de que temos, dentro do Ministério Público, setores influenciados por ideias conservadoras, ou mesmo coligados a interesses políticos oligárquicos e reacionários.
Diante de um Procurador Geral da República que engaveta ações da Polícia Federal contra políticos conservadores, de um lado, e faz acusações sem provas ou testemunhas, de outro; e de um STF que se curva à pressão da mídia para condenar igualmente sem provas, sem testemunhas, sem atos de ofício, nada me espanta mais nesse Brasil.
O STF solta Daniel Dantas, mesmo com um arsenal de provas contra ele, acusado pelo desvio de milhões, quiçá bilhões, de verbas públicas, e condena João Paulo Cunha, por causa de R$ 50 mil que o deputado recebeu então do seu próprio partido.
O que a mídia chama de “início do fim da impunidade contra políticos”, eu chamaria antes de a vingança final do lacerdismo.
Felizmente o povo brasileiro é mais inteligente do que pensam nossos udenistas pós-modernos. O troco será dado, mais uma vez, nas urnas. A mídia pode continuar achando que pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas e programas sociais constituem “abuso de poder” e “crime eleitoral” (naturalmente quando feitos por um petista).
As pesquisas apontam, todavia, que o eleitor não pensa da mesma forma. Nessa guerra fantasmagórica entre Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, parece que o velhinho vai levar a melhor.
Muito instrutiva a coluna de Noblat de hoje. Ele abre seu texto afirmando que irá contar uma história cabeluda envolvendo um prefeito petista do Piauí.
Li com atenção, porque é meu trabalho, na expectativa de topar com uma narrativa escabrosa de um petista assassino, miliciano, que estuprava virgens e mandava executar seus adversários. Afinal, tudo pode acontecer em cidadezinhas escondidas do sertão, e possuir carteirinha de filiação ao PT não dá atestado de idoneidade a ninguém.
Eis que Noblat informa que o prefeito Francisco Antônio de Souza Filho, o Chico do PT, começou sua carreira quando Wellington Dias se reelegeu governador do Piauí em 2006 e ele foi nomeado secretário de Articulação e Gestão.
Nas palavras de Noblat:
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(…) Ambicionava governar Esperantina a partir de 2008. E para facilitar sua eleição, arrancou de Dias dinheiro e obras para a cidade.
Esperantina ganhou pontes, poços artesianos e ruas asfaltadas.
Os programas de assistência social do governo estadual foram ampliados ali para atender ao maior número possível de pessoas (…)
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Pronto, estes foram os “crimes” do Chico do PT.
Pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas, programas sociais.
Realmente, é um sociopata odioso!
Daí Noblat segue dando detalhes do processo que o Ministério Público move contra Chico do PT, noticiando cada pequena vitória, mesmo que na forma provisória de adiamento, do petista como um excrescência jurídica. E tudo pra quê? Para acusar Ricardo Lewandoswki e Dias Toffoli, que não condenaram sumariamente o petista por seus “crimes”.
Suponho que o processo deva ser muito mais complexo do que o insinuado por Noblat. Espero que, inclusive, contenha acusações mais fortes contra o Chico do PT do que construir pontes, poços artesianos, asfaltar ruas e ampliar o número de programas sociais. Porque se a acusação contra o petista se resumir a isso, será um indício de que temos, dentro do Ministério Público, setores influenciados por ideias conservadoras, ou mesmo coligados a interesses políticos oligárquicos e reacionários.
Diante de um Procurador Geral da República que engaveta ações da Polícia Federal contra políticos conservadores, de um lado, e faz acusações sem provas ou testemunhas, de outro; e de um STF que se curva à pressão da mídia para condenar igualmente sem provas, sem testemunhas, sem atos de ofício, nada me espanta mais nesse Brasil.
O STF solta Daniel Dantas, mesmo com um arsenal de provas contra ele, acusado pelo desvio de milhões, quiçá bilhões, de verbas públicas, e condena João Paulo Cunha, por causa de R$ 50 mil que o deputado recebeu então do seu próprio partido.
O que a mídia chama de “início do fim da impunidade contra políticos”, eu chamaria antes de a vingança final do lacerdismo.
Felizmente o povo brasileiro é mais inteligente do que pensam nossos udenistas pós-modernos. O troco será dado, mais uma vez, nas urnas. A mídia pode continuar achando que pontes, poços artesianos, ruas asfaltadas e programas sociais constituem “abuso de poder” e “crime eleitoral” (naturalmente quando feitos por um petista).
As pesquisas apontam, todavia, que o eleitor não pensa da mesma forma. Nessa guerra fantasmagórica entre Carlos Lacerda e Getúlio Vargas, parece que o velhinho vai levar a melhor.
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