do ABIQUIM INFORMA (enviado pelo economista Thomaz Ferreira)
Em
carta aberta ao presidente da
Comissão Europeia, José Manuel
Barroso, o presidente da Ineos,
Jim Ratcliffe, alerta que a
indústria química do continente
caminha rumo à “extinção”. Para
Ratcliffe, a maior parte das
indústrias químicas europeias
encerrarão as atividades de suas
plantas nos próximos dez anos
devido ao alto custo da energia
e das matérias-primas.
“Estrategicamente e
economicamente, nenhuma grande
economia pode abandonar sua
indústria química”, argumenta
Ratcliffe.
O
presidente da Ineos compara a
situação do setor químico à
indústria têxtil da Europa da
década de 1980, quando esta
perdeu competitividade em
relação à indústria asiática.
Ele também destaca o fato de o
gás norte-americano custar um
terço do europeu, graças ao
advento do
shale gas, além da
concorrência com as exportações
chinesas. “No Reino Unido, 22
plantas químicas foram fechadas
desde 2009 e nenhuma nova foi
construída”, lamenta.
A
carta de Ratcliffe segue o mesmo
discurso de Hubert Mandery,
diretor-geral do Conselho da
Indústria Química Europeia. Para
Mandery, as políticas europeias
de mudanças climáticas
sobrecarregam a indústria do
continente com custos mais
elevados do que os dos
concorrentes que, além de tudo,
ainda são beneficiados por uma
energia mais barata.
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