quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Kerry e o banditismo internacional

Por Renato Rabelo, em seu blog:

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, visitou ao Brasil. Em princípio, o motivo da viagem de Kerry seria fazer um pedido de desculpas ao nosso país pelas comprovadas ações de espionagem praticadas pelos EUA em território brasileiro. Ao menos era o que se esperava de um homem que representa um país que, em tese, arvora-se do direito de defesa da “democracia”, “liberdade de expressão” e dos “direitos humanos”.


Nada disso. Esta figura veio aqui para defender o programa de espionagem global praticada por seu país a pretexto da necessidade de segurança não somente para norte-americanos, mas para brasileiros e pessoas no mundo. Ao que tudo indica, na melhor das hipóteses, John Kerry leva muito a sério a noção para quem os Estados Unidos são dotados de um “destino manifesto”, teoria e prática de fundamentalismo religioso de quinta categoria.

Se o argumento da “segurança global” já é um despautério, pior é o argumento de que tais atividades foram aprovadas pelo Congresso Norte-Americano. Quem tem que aprovar a interferência na intimidade de pessoas que nunca estiveram nos Estados Unidos, em última instancia, são as próprias pessoas afetadas por este “Big Brother” global, indecente, sujo e cuja escala industrial já não é mais motivo de desconfiança. Em se tratando de imperialismo, todos sabem como funcionam as coisas e do que são capazes.

Eles espionam, ameaçam, matam sob os auspícios dos mais “nobres” pretextos num tipo de banditismo internacional jamais visto na história humana. O imperialismo norte-americano é o maior poder corrompedor e assassino da história humana. A máscara por detrás do american way of life vai caindo na mesma rapidez com que as mazelas daquela sociedade não ficando nítidas em tramas sociais que vão desde o racismo aberto, passando pelo assassinato de campeões dos verdadeiros direitos humanos como Martin Luther King, até a morte de crianças – por armas de fogo – em pleno horário escolar.

A postura brasileira deve se manter inalterada diante da gravidade deste tipo de ação que afeta tanto o direito de nossos cidadãos quanto a nossa soberania. Dar atenção às justificativas dadas, e mesmo um pedido de desculpas, não são um fim em si mesmo. Este tipo de atividade deve ser cessada de forma imediata. Não pode ser diferente nossa postura neste e em outros casos.

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