segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Governo da Colômbia e as FARC assinam acordo para iniciar diálogo de paz



TeleSUR y LINyM
Adital

Tradução: ADITAL

Em outubro, será instalado na Noruega e se realizará em Cuba
O goiverno do presidente Juan Manuel Santos e aguerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram, nessa segunda-feira, em Havana, Cuba, um acordo para iniciar um diálogo formal de paz.
Segundo o diretor de Informação da Telesul, Jorge Botero, esse acordo "começou a ser gestado no mês de maio, quando foram iniciadas conversações secretas na cidade de Havana, que contaram com o acompanhamento dos governos da Venezuela, de Cuba e da Noruega. De fato, a instalação formal do diálogo está prevista para o mês de outubro, na cidade de Oslo”.
Segundo Botero, daí, os delegados do governo colombiano e das Farc se dirigirão novamente para Havana, para sentar-se a negociar "com a aspiração de não levantar da mesa até a assinatura de um pacto de paz”.
Em agosto de 2011, o máximo chefe das Farc, Alonso Cano, anunciou o desejo da guerrilha de empreender diálogos de paz que pusessem fim à guerra vivida na Colômbia há quase meio século.
Em um vídeo divulgado por Anncol e enviado a todos os meios de comunicação, Cano recordou a Santos que "em seu discurso de posse, prometeu deixar para trás os ódios que haviam caracterizado os oito anos do anterior governo”.
"As Farc-EO quer reiterar uma vez mais que acreditamos na solução política, que acreditamos no diálogo, que acreditamos ser viável a consigna central desse evento; a consideramos justa, o diálogo é a rota”, afirmava Cano na gravação em vídeo.
Em comunicado emitido no passado 19 de abril, as Farc reiteraram sua disposição a iniciar um processo de diálogo com o governo presidido por Juan Manuel Santos e destacaram que as conversações não apontam para nenhum tipo de rendição e entrega.
Ressaltam que a reincorporação à vida civil implica e exige uma Colômbia distinta, pelo que confiam "que essa seja a vontade oficial. Assim, sem dúvida, poderemos entre todos desenterrar a Paz. Sem mais cartas na manga, Santos”.
O mandatário colombiano, por seu lado, havia afirmado, no passado mês de julho, que "Colômbia necessita e merece depois de tanto sangue que já foi derramado. Imaginam nosso país em paz:”, enfatizou o mandatário.
Segundo uma pesquisa publicada na quinta-feira passada (23), 74,2% dos colombianos apoiariam um diálogo com as Farc. A sondagem consultou por telefone a umas 600 pessoas em Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla e Bucaramanga.
Por gêneros, o apoio para a aproximação é muito similar. 76% dos homens estão de acordo; e 72,3% das mulheres também.
A saída não está pela via das armas
O fiscal geral da Colômbia, Eduardo Motealegre, afirmou hoje, 27, que "a saída ao conflito colombiano não está pela via das armas”.
Através de vários meios radiais, Montealegre reiterou que "a superação desse conflito de tantas décadas é através de um processo de paz” e recalcou que "a paz é um dever e um direito constitucional”.
"Não podemos esquecer a exigência de que o Presidente da República mantenha a ordem pública no país, além disso, tem uns deveres, como o de conseguir e conservar a paz”, afirmou.

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