Maurício Thuswohl transcrito do site Carta Maior
postado em: 01/07/2014
Rio de Janeiro – A chegada ao patamar de 500 mil barris diários de petróleo produzidos nos campos de exploração do pré-sal nas bacias de Campos e Santos será comemorada nesta terça-feira (1) pela Petrobras em cerimônia na sede da empresa no Rio de Janeiro. Com a boa nova, a expectativa do governo e da direção da estatal é dar início a uma agenda positiva que sirva como contraponto ao noticiário negativo sustentado pela grande mídia desde a prisão do ex-diretor Paulo Roberto Costa pela Polícia Federal e do surgimento das denúncias de má gestão durante a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Após a cerimônia, a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o diretor de Exploração e Produção da empresa, José Formigli, se reunirão com jornalistas e blogueiros para uma entrevista coletiva. Serão debatidos temas como o aumento da produção e a expectativa de investimentos para os campos do pré-sal, além do recente contrato firmado com o governo federal para a produção direta do excedente da cessão onerosa feita pela União há quatro anos, que pode render até 14 bilhões de barris de petróleo.
Graças ao pré-sal, a estatal brasileira é a única, entre as maiores empresas petrolíferas do mundo, a ter registrado aumento de produção nos últimos seis anos. Em 2013, essa produção atingiu um total de dois milhões e 59 mil barris diários, e a previsão do governo é que haja um aumento de 7,5% até o fim de 2014. Esse volume foi obtido com a operação de 24 poços, sendo 15 na Bacia de Campos e nove na Bacia de Santos, e a direção da Petrobras ressalta que isso aconteceu somente oito anos após a confirmação das reservas do pré-sal, um tempo menor do que a média obtida por empresas do setor em outros grandes campos como, por exemplo, o Golfo do México ou o Mar do Norte.
Durante um congresso internacional do setor de Óleo e Gás realizado em junho na Rússia, no qual apresentou um painel sobre exploração e produção de petróleo em águas profundas, a gerente executiva da Petrobras para o recém-negociado Campo de Libra, Anelise Lara, afirmou que no período entre setembro de 2008 e abril de 2014 a produção acumulada no pré-sal chegou a 343 milhões de barris de petróleo e gás equivalente, com um índice de sucesso geológico de 100%: “Até 2020, teremos mais 24 sistemas definitivos de produção no pré-sal que vão produzir em torno de dois milhões de barris de petróleo por dia”, disse a executiva.
Investimentos
No mesmo congresso, que aconteceu em Moscou, o gerente geral da área de exploração da Petrobras, Jeferson Luiz Dias, afirmou que os investimentos da empresa em exploração e produção no período 2014-2018 serão de US$ 153,9 bilhões. Desse total, US$ 23 bilhões serão destinados exclusivamente à exploração, sendo 27% apenas para o pré-sal (US$ 6,2 bilhões). Outros US$ 18 bilhões serão investidos em infraestrutura, e os US$ 112,9 bilhões restantes serão investidos na produção, com 64% totalmente voltados ao pré-sal (US$ 72,2 bilhões): “Considerando-se a parcela da Petrobras mais a participação dos parceiros, que é de US$ 44,8 bilhões, o total desembolsado em exploração e produção para esse período será de quase US$ 200 bilhões”, disse.
Dias afirmou que os campos do pré-sal respondem por aproximadamente 16% do total da produção atual da Petrobras, e fez uma projeção da participação do pré-sal na curva de produção da empresa até 2020, quando responderá por 53% do total de 4,2 milhões de barris diários que, segundo as estimativas do governo, estarão sendo produzidos: “A contribuição do pré-sal será decisiva para a Petrobras alcançar as metas estabelecidas pelo PNG 2014-2018 e o Planejamento Estratégico 2030”, afirmou o gerente.
Cessão onerosa
Somente este ano, segundo a Petrobras, já foram postas em operação duas novas plataformas na Bacia de Campos. A plataforma P-58 começou a operar no campo do Parque das Baleias, e a plataforma P-62 no campo de Roncador. Até setembro, começará a operar a P-61 no campo de Papa-Terra. Ainda no segundo semestre, prevê a direção da estatal, serão instaladas também novas unidades de produção flutuantes, conhecidas com FPSOs: Cidade de Mangaratiba, no campo Lula/Iracema, e Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá, ambos localizados no pré-sal da Bacia de Santos.
O contrato firmado entre a Petrobras e o governo, sob regime de partilha, para a produção do petróleo excedente ao que foi estabelecido pela cessão onerosa feita pela União em 2010 prevê a exploração em quatro blocos no pré-sal da Bacia de Santos: Búzios, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara. A estimativa é que a empresa invista R$ 15 bilhões até 2018 para em 2021 iniciar a produção nestes blocos. A grande mídia e os partidos de oposição ao governo de Dilma Rousseff criticam este desembolso, mas ele é defendido por Graça Foster: “O contrato é uma boa oportunidade e importantíssimo para a Petrobras”.
Rio de Janeiro – A chegada ao patamar de 500 mil barris diários de petróleo produzidos nos campos de exploração do pré-sal nas bacias de Campos e Santos será comemorada nesta terça-feira (1) pela Petrobras em cerimônia na sede da empresa no Rio de Janeiro. Com a boa nova, a expectativa do governo e da direção da estatal é dar início a uma agenda positiva que sirva como contraponto ao noticiário negativo sustentado pela grande mídia desde a prisão do ex-diretor Paulo Roberto Costa pela Polícia Federal e do surgimento das denúncias de má gestão durante a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.
Após a cerimônia, a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o diretor de Exploração e Produção da empresa, José Formigli, se reunirão com jornalistas e blogueiros para uma entrevista coletiva. Serão debatidos temas como o aumento da produção e a expectativa de investimentos para os campos do pré-sal, além do recente contrato firmado com o governo federal para a produção direta do excedente da cessão onerosa feita pela União há quatro anos, que pode render até 14 bilhões de barris de petróleo.
Graças ao pré-sal, a estatal brasileira é a única, entre as maiores empresas petrolíferas do mundo, a ter registrado aumento de produção nos últimos seis anos. Em 2013, essa produção atingiu um total de dois milhões e 59 mil barris diários, e a previsão do governo é que haja um aumento de 7,5% até o fim de 2014. Esse volume foi obtido com a operação de 24 poços, sendo 15 na Bacia de Campos e nove na Bacia de Santos, e a direção da Petrobras ressalta que isso aconteceu somente oito anos após a confirmação das reservas do pré-sal, um tempo menor do que a média obtida por empresas do setor em outros grandes campos como, por exemplo, o Golfo do México ou o Mar do Norte.
Durante um congresso internacional do setor de Óleo e Gás realizado em junho na Rússia, no qual apresentou um painel sobre exploração e produção de petróleo em águas profundas, a gerente executiva da Petrobras para o recém-negociado Campo de Libra, Anelise Lara, afirmou que no período entre setembro de 2008 e abril de 2014 a produção acumulada no pré-sal chegou a 343 milhões de barris de petróleo e gás equivalente, com um índice de sucesso geológico de 100%: “Até 2020, teremos mais 24 sistemas definitivos de produção no pré-sal que vão produzir em torno de dois milhões de barris de petróleo por dia”, disse a executiva.
Investimentos
No mesmo congresso, que aconteceu em Moscou, o gerente geral da área de exploração da Petrobras, Jeferson Luiz Dias, afirmou que os investimentos da empresa em exploração e produção no período 2014-2018 serão de US$ 153,9 bilhões. Desse total, US$ 23 bilhões serão destinados exclusivamente à exploração, sendo 27% apenas para o pré-sal (US$ 6,2 bilhões). Outros US$ 18 bilhões serão investidos em infraestrutura, e os US$ 112,9 bilhões restantes serão investidos na produção, com 64% totalmente voltados ao pré-sal (US$ 72,2 bilhões): “Considerando-se a parcela da Petrobras mais a participação dos parceiros, que é de US$ 44,8 bilhões, o total desembolsado em exploração e produção para esse período será de quase US$ 200 bilhões”, disse.
Dias afirmou que os campos do pré-sal respondem por aproximadamente 16% do total da produção atual da Petrobras, e fez uma projeção da participação do pré-sal na curva de produção da empresa até 2020, quando responderá por 53% do total de 4,2 milhões de barris diários que, segundo as estimativas do governo, estarão sendo produzidos: “A contribuição do pré-sal será decisiva para a Petrobras alcançar as metas estabelecidas pelo PNG 2014-2018 e o Planejamento Estratégico 2030”, afirmou o gerente.
Cessão onerosa
Somente este ano, segundo a Petrobras, já foram postas em operação duas novas plataformas na Bacia de Campos. A plataforma P-58 começou a operar no campo do Parque das Baleias, e a plataforma P-62 no campo de Roncador. Até setembro, começará a operar a P-61 no campo de Papa-Terra. Ainda no segundo semestre, prevê a direção da estatal, serão instaladas também novas unidades de produção flutuantes, conhecidas com FPSOs: Cidade de Mangaratiba, no campo Lula/Iracema, e Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá, ambos localizados no pré-sal da Bacia de Santos.
O contrato firmado entre a Petrobras e o governo, sob regime de partilha, para a produção do petróleo excedente ao que foi estabelecido pela cessão onerosa feita pela União em 2010 prevê a exploração em quatro blocos no pré-sal da Bacia de Santos: Búzios, Florim, Nordeste de Tupi e Entorno de Iara. A estimativa é que a empresa invista R$ 15 bilhões até 2018 para em 2021 iniciar a produção nestes blocos. A grande mídia e os partidos de oposição ao governo de Dilma Rousseff criticam este desembolso, mas ele é defendido por Graça Foster: “O contrato é uma boa oportunidade e importantíssimo para a Petrobras”.
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