sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Senadores paraguaios querem impeachment de Franco



Foto por Marcello Casal Jr/ABr
Télam.- Senadores paraguaios se pronunciaram a favor de um impeachment e sanções penais ao presidente Federico Franco por irregularidades em sua declaração de bens e aumento de 700% de sua fortuna pessoal em apenas quatro anos.
O pronunciamento dos senadores, que não foi apresentado ainda perante o Parlamento, vai de encontro com os pedidos que surgiram na imprensa e nas redes sociais e a admissão por parte de um promotor de uma eventual acusação caso a investigação revele  elementos suficientes de culpabilidade.
A declaração de Franco perante a Controladoria, em agosto passado, transformou-se em uma verdadeira tormenta política, após o golpe institucional que resultou na saída do ex-presidente Feranando Lugo e que permitiu que eles assumisse a presidência em junho.
Aumento patrimonial
O senador do Partido País Solidario, Carlos Filizla, considerou que o descobrimento do fato com a publicação sobre o aumento do patrimônio pessoal de Franco, “junto com as acusações anteriores de nepotismo existentes contra ele, merecem ser submetidas a um julgamento político”.
Já o senador Hugo Estigarribia, do Partido Colorado, avaliou que a Fiscalía (Ministério Público Paraguaio) deve investigar Franco, porque suas justificativas sobre o tema “não o eximem da responsabilidade penal pelo ocorrido e podem acusá-lo de declaração falsa”.
Paralelamente, o promotor anticorrupção Carlos Arregui declarou que, apesar da intenção de Franco de “corrigir” sua delcaração de bens, a Controladoria pode determinar que isso não é compatível com os fatos, e então o Ministério Público abrirá uma investigação penal.
Ontem, em conferência de imprensa, Franco atribuiu esse aumento em sua declaração “a um erro de valor de sua residência e por ter esquecido de incluir uma de suas contas bancárias”.
Durante a conferência de ontem, Franco insistiu que possui apenas uma casa e repetiu que cometeu um erro com a propriedade de São Lourenço, nas proximidades de Assunção, capital paraguaia. “Digo que foi um erro e assumo o erro. Dou a cara”. Sobre a propriedade em Santa Catarina, Brasil, ele afirmou que foi uma herança familiar.

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