Julgamento do mensalão não terá tanto impacto na reta final do segundo turno
Por Lilian Milena, Do Brasilianas.org
No segundo turno das eleições de São Paulo a herança de Russomanno (PRB) tende a ficar com o tucano José Serra. A avaliação é do historiador e analista de impactos das pesquisas eleitorais da UFMS, Lourival dos Santos. Ele defende que o setor mais conservador entre os evangélicos irá se posicionar em direção a Serra.
Entretanto sua aposta é que o tucano perca as eleições, em especial, por conta do desgaste da atual administração de Gilberto Kassab, seu sucessor. Lourival leva em consideração o mesmo que aconteceu com Paulo Maluf (PP), que ficou enfraquecido no cenário político por conta baixa qualidade da gestão Pitta.
O professor completa, ainda, que o julgamento do mensalão não terá tanto impacto na reta final do segundo turno, isso porque o eleitor médio no Brasil, historicamente, sempre se preocupou mais com os ganhos práticos que os candidatos podem proporcionar.
“O eleitorado brasileiro é um fenômeno antigo, com perfil que vem desde a época de Adhemar de Barros [prefeito da cidade de São Paulo entre 1957–1961]. É dele que surge a frase ‘Rouba, mas faz’".
Acompanhe a entrevista
Qual a sua previsão para o segundo turno das eleições em São Paulo?
O PT, em São Paulo, nunca ganhou com a maioria dos votos. Possui um eleitorado cativo, que gira entre 20 e 30% e foi esse eleitorado que o Haddad conquistou, assim como Serra, com a mesma margem de eleitores cativos, do PSDB. Portanto, os dois candidatos chegaram no teto e não têm mais simpatizantes além disso. Para além dessas porcentagens, o que conseguirem será voto útil. Os outros eleitores que não se coadunam com eles vão escolher o "menos pior". E aí o embate será bastante interessante.
Qual é a sua aposta?
Eu aposto em Haddad como favorito por três motivos, o primeiro por conta do apoio do governo federal. Segundo porque a eleitorado não conseguiu perdoar José Serra, por ter deixado a prefeitura [em 2006] para concorrer ao governo do estado. E terceiro pelo desgaste da administração Kassab, indicado à prefeitura por Serra.
Com o enfraquecimento do sucessor o cacique acaba tendo problemas. O mesmo aconteceu com Maluf, quando prometeu que Celso Pitta seria um bom prefeito. Após a fraca gestão de Pitta, Maluf se enfraqueceu no cenário político.
Quem ficará com a herança de Russomanno?
O Serra certamente irá buscar votos entre os evangélicos, fora o setor conservador que irá se posicionar em direção ao PSDB.
Tanto o Mensalão quanto o livro Privataria Tucana, aparentemente, não surtiram impactos nas decisões de votos. O professor acha que os dois oponentes devem continuar explorando esses dois fatores?
Esses dois fatores continuarão sendo explorados, mas vão resultar em um jogo de zero a zero. O eleitorado brasileiro é um fenômeno antigo, com perfil que vem desde a época de Adhemar de Barros [prefeito da cidade de São Paulo entre 1957–1961]. É dele que surge a frase ‘Rouba, mas faz’. Ou seja, o eleitor acredita que a troca de favores é comum e até legítima no sistema político. O antropólogo Roberto da Matta, inclusive, defende que o nepotismo não seja proibido porque para o brasileiro - e isso já é Sérgio Buarque quem ensina - a família é tudo, já que em boa parte da história nunca foi possível contar com o Estado.
O sistema de relações pessoais do brasileiro foi formado pela família, vizinhos e igreja. Esses são os três pontos nevrálgicos da forma de socialização no Brasil, que é completamente diferente do que acontece nos Estados Unidos, por exemplo. Lá, quando o presidente declara uma guerra, por mais absurdo que seja o motivo, a reação do norte-americano é apoiar a decisão, pois foi tomada pela figura que representa o Estado. No Brasil não existe confiança na instituição da presidência, mas na pessoa do presidente.
Ainda assim o tema da corrupção tem ganhado força nas campanhas...
O fato do eleitor acreditar que a troca de favores é natural é, na verdade, a mola da corrupção no país. A corrupção no Brasil não é, como a mídia quer nos fazer crer, de bons contra maus. Ela não se resolverá cassando políticos a cada trimestre ou semestre, porque existe uma cultura política de favores.
Alguns setores da elite tentam moralizar a população através da Lei da Ficha Limpa ou do Supremo Tribunal Federal. Mas José Bonifácio já dizia que a única saída é a educação política, o iluminismo. Em resumo, para o eleitor médio todo mundo sofre de algum grau de corrupção, logo ele procura votar em quem irá lhe beneficiar mais. Tanto é que o fator que mais influenciou na queda de Russomanno, nas últimas semanas das eleições foi à história do bilhete único proporcional, que aumentaria a tarifa das pessoas que moram mais longe do centro.
Como as pesquisas eleitorais afetam a decisão do voto de eleitor?
Me recordo da eleição do Rio de Janeiro, quando Leonel Brizola ganhou o governo, em 1982 [caso Proconsult], em que a pesquisa de intenção de voto dava como primeira colocada a candidata Sandra Cavalcanti, do PTB. No final das eleições, quando abriram as urnas viram que, ao contrário do que as pesquisas divulgadas apontavam, Brizola tinha ganhado de braçada a eleição, em relação a segunda colocada. Daí surge a polêmica de alguns grupos que afirmam que muitas das pesquisas eleitorais encomendadas tendem a ser alteradas por interesses políticos.
Por outro lado, temos nessa eleição um caso interessante, que aconteceu aqui em Campo Grande (capital do Mato Grosso do Sul), onde uma juíza, [a pedido de dois candidatos, Reinaldo Azambuja, do PSDB e Alcides Bernal, do PP], concordou com uma liminar para impedir a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos encomendada pelo Correio do Estado. A juíza mandou, inclusive a PF invadir o jornal para garantir que a publicação não seria feita.
*O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) cassou a decisão da juíza Elisabeth Baisch de vetar a publicação de pesquisa do Ipems no Correio do Estado sob alegação “de tendenciosa e fraudulenta”.
Qual foi a preocupação desses candidatos, exatamente?
Saber quem está na frente, nas pesquisas eleitorais, é um dado importante para explorar a preferência de votos dos eleitores. Ou seja, muitas vezes o eleitor prefere um candidato que não ameaça os primeiros colocados. Mas ao ver a situação da disputa pela prefeitura tende a ponderar pelo voto daquele que acha "menos pior". É nesse sentido que as pesquisas eleitorais afetam a decisão do eleitor.
E no caso de São Paulo, onde as pesquisas, até duas semanas antes, apontavam para a presença de Celso Russomanno no segundo turno?
De fato, no inicio da campanha Russomanno começa bem, por ser conhecido na televisão e no rádio, ao contrário de Haddad que, até então, era um completo desconhecido. No caso de Serra, este carregava uma grande rejeição nas costas.
Aliás, na primeira eleição presidencial [pós-redemocratização], em 1989, o Silvio Santos chegou a lançar candidatura. Lembro que as pesquisas eleitorais o apontavam na primeira posição, logo quando começaram as campanhas. A gente só se livrou do Silvio Santos porque um juiz eleitoral cassou o partido dele, que nem estava estruturado.
As pesquisas em São Paulo corresponderam as suas avaliações?
Não diria que os institutos de pesquisa erraram. As curvas das pesquisas me parecem coerentes, ao mesmo tempo elas teriam influenciado no voto, sim. Por um tempo o eleitorado petista, descontente com o PT seja por conta do mensalão, seja pelo abraço que Lula deu em Maluf, apoiou Russomanno. Mas, após o bombardeio voltado para cima do candidato do PRB, se voltou para Haddad, afim, talvez, de impedir Serra e Russomanno no segundo turno.
No sábado, eu já podia apostar dinheiro no segundo turno entre Haddad e Serra, quando vi o empate técnico entre Russomanno, Haddad e Serra. Uma coisa é certa, se Russomanno tivesse ido para o segundo turno teria grandes chances de vencer, seja contra Haddad ou Serra.
O Russomanno teria grandes chances, ou tanto Serra quanto Haddad teriam grandes chances contra o Russomanno?
Seria uma eleição de alto risco, porque se Haddad e Russomanno passassem para o segundo turno, o setor conservador, para evitar o 'mal do PT', cacifaria o Russomanno. Isso já foi feito com o Collor. Ele não era ninguém, até a classe dominante enxergar nele uma oposição forte contra Lula. Portanto, se São Paulo tivesse um segundo turno entre Russomanno e PT, Russomanno encarnaria o voto conservador, isso porque dificilmente um eleitor do PSDB votaria no PT.
Escutei de alguns petistas que se tivessem que optar, no segundo turno, por Serra ou Russomanno votariam em Serra. Se essa lógica se confirmasse, não teria sido mais positivo para o Serra?
Aí você tem a classe intelectual tucana, mas que se traumatizou com o Collor e depois com Celso Pitta, de partidos pequenos e apresentados com o caráter de novo. Esses políticos de baixa estrutura partidária, na hora de negociar apoio na Câmara dos Vereadores, como não têm um partido com uma bancada forte recorrem ao varejo, e isso custa muito caro.
O caso Celso Pitta, em São Paulo, é emblemático. Ele veio de um partido fraco, sem nenhuma tradição partidária, teve que lotear as administrações regionais, por não conseguir negociar com grandes vereadores. O resultado foi, por exemplo, a multiplicação de transportes clandestinos, ou seja, ele perdeu o fio da racionalidade administrativa que o Serra e Maluf tinham, mesmo que para um funcionamento mínimo da máquina. Assim, a proposta de Russomanno assustava as elites, ele perdeu voto para o Serra, nos bairros centrais e, em seguida, para Haddad, nos bairros mais populares.
É importante destacar que Russomanno tem dificuldades de militância política. O PT ainda tem entre os vereadores nas periferias da cidade, lideranças históricas. É só analisar o mapa eleitoral das regiões, repetindo o embate histórico entre PT e PSDB, com o PT vencendo na periferia, e a classe média jogando seus votos no setor mais conservador, no PSDB.
“O eleitorado brasileiro é um fenômeno antigo, com perfil que vem desde a época de Adhemar de Barros [prefeito da cidade de São Paulo entre 1957–1961]. É dele que surge a frase ‘Rouba, mas faz’".
Acompanhe a entrevista
Qual a sua previsão para o segundo turno das eleições em São Paulo?
O PT, em São Paulo, nunca ganhou com a maioria dos votos. Possui um eleitorado cativo, que gira entre 20 e 30% e foi esse eleitorado que o Haddad conquistou, assim como Serra, com a mesma margem de eleitores cativos, do PSDB. Portanto, os dois candidatos chegaram no teto e não têm mais simpatizantes além disso. Para além dessas porcentagens, o que conseguirem será voto útil. Os outros eleitores que não se coadunam com eles vão escolher o "menos pior". E aí o embate será bastante interessante.
Qual é a sua aposta?
Eu aposto em Haddad como favorito por três motivos, o primeiro por conta do apoio do governo federal. Segundo porque a eleitorado não conseguiu perdoar José Serra, por ter deixado a prefeitura [em 2006] para concorrer ao governo do estado. E terceiro pelo desgaste da administração Kassab, indicado à prefeitura por Serra.
Com o enfraquecimento do sucessor o cacique acaba tendo problemas. O mesmo aconteceu com Maluf, quando prometeu que Celso Pitta seria um bom prefeito. Após a fraca gestão de Pitta, Maluf se enfraqueceu no cenário político.
Quem ficará com a herança de Russomanno?
O Serra certamente irá buscar votos entre os evangélicos, fora o setor conservador que irá se posicionar em direção ao PSDB.
Tanto o Mensalão quanto o livro Privataria Tucana, aparentemente, não surtiram impactos nas decisões de votos. O professor acha que os dois oponentes devem continuar explorando esses dois fatores?
Esses dois fatores continuarão sendo explorados, mas vão resultar em um jogo de zero a zero. O eleitorado brasileiro é um fenômeno antigo, com perfil que vem desde a época de Adhemar de Barros [prefeito da cidade de São Paulo entre 1957–1961]. É dele que surge a frase ‘Rouba, mas faz’. Ou seja, o eleitor acredita que a troca de favores é comum e até legítima no sistema político. O antropólogo Roberto da Matta, inclusive, defende que o nepotismo não seja proibido porque para o brasileiro - e isso já é Sérgio Buarque quem ensina - a família é tudo, já que em boa parte da história nunca foi possível contar com o Estado.
O sistema de relações pessoais do brasileiro foi formado pela família, vizinhos e igreja. Esses são os três pontos nevrálgicos da forma de socialização no Brasil, que é completamente diferente do que acontece nos Estados Unidos, por exemplo. Lá, quando o presidente declara uma guerra, por mais absurdo que seja o motivo, a reação do norte-americano é apoiar a decisão, pois foi tomada pela figura que representa o Estado. No Brasil não existe confiança na instituição da presidência, mas na pessoa do presidente.
Ainda assim o tema da corrupção tem ganhado força nas campanhas...
O fato do eleitor acreditar que a troca de favores é natural é, na verdade, a mola da corrupção no país. A corrupção no Brasil não é, como a mídia quer nos fazer crer, de bons contra maus. Ela não se resolverá cassando políticos a cada trimestre ou semestre, porque existe uma cultura política de favores.
Alguns setores da elite tentam moralizar a população através da Lei da Ficha Limpa ou do Supremo Tribunal Federal. Mas José Bonifácio já dizia que a única saída é a educação política, o iluminismo. Em resumo, para o eleitor médio todo mundo sofre de algum grau de corrupção, logo ele procura votar em quem irá lhe beneficiar mais. Tanto é que o fator que mais influenciou na queda de Russomanno, nas últimas semanas das eleições foi à história do bilhete único proporcional, que aumentaria a tarifa das pessoas que moram mais longe do centro.
Como as pesquisas eleitorais afetam a decisão do voto de eleitor?
Me recordo da eleição do Rio de Janeiro, quando Leonel Brizola ganhou o governo, em 1982 [caso Proconsult], em que a pesquisa de intenção de voto dava como primeira colocada a candidata Sandra Cavalcanti, do PTB. No final das eleições, quando abriram as urnas viram que, ao contrário do que as pesquisas divulgadas apontavam, Brizola tinha ganhado de braçada a eleição, em relação a segunda colocada. Daí surge a polêmica de alguns grupos que afirmam que muitas das pesquisas eleitorais encomendadas tendem a ser alteradas por interesses políticos.
Por outro lado, temos nessa eleição um caso interessante, que aconteceu aqui em Campo Grande (capital do Mato Grosso do Sul), onde uma juíza, [a pedido de dois candidatos, Reinaldo Azambuja, do PSDB e Alcides Bernal, do PP], concordou com uma liminar para impedir a divulgação de uma pesquisa de intenção de votos encomendada pelo Correio do Estado. A juíza mandou, inclusive a PF invadir o jornal para garantir que a publicação não seria feita.
*O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) cassou a decisão da juíza Elisabeth Baisch de vetar a publicação de pesquisa do Ipems no Correio do Estado sob alegação “de tendenciosa e fraudulenta”.
Qual foi a preocupação desses candidatos, exatamente?
Saber quem está na frente, nas pesquisas eleitorais, é um dado importante para explorar a preferência de votos dos eleitores. Ou seja, muitas vezes o eleitor prefere um candidato que não ameaça os primeiros colocados. Mas ao ver a situação da disputa pela prefeitura tende a ponderar pelo voto daquele que acha "menos pior". É nesse sentido que as pesquisas eleitorais afetam a decisão do eleitor.
E no caso de São Paulo, onde as pesquisas, até duas semanas antes, apontavam para a presença de Celso Russomanno no segundo turno?
De fato, no inicio da campanha Russomanno começa bem, por ser conhecido na televisão e no rádio, ao contrário de Haddad que, até então, era um completo desconhecido. No caso de Serra, este carregava uma grande rejeição nas costas.
Aliás, na primeira eleição presidencial [pós-redemocratização], em 1989, o Silvio Santos chegou a lançar candidatura. Lembro que as pesquisas eleitorais o apontavam na primeira posição, logo quando começaram as campanhas. A gente só se livrou do Silvio Santos porque um juiz eleitoral cassou o partido dele, que nem estava estruturado.
As pesquisas em São Paulo corresponderam as suas avaliações?
Não diria que os institutos de pesquisa erraram. As curvas das pesquisas me parecem coerentes, ao mesmo tempo elas teriam influenciado no voto, sim. Por um tempo o eleitorado petista, descontente com o PT seja por conta do mensalão, seja pelo abraço que Lula deu em Maluf, apoiou Russomanno. Mas, após o bombardeio voltado para cima do candidato do PRB, se voltou para Haddad, afim, talvez, de impedir Serra e Russomanno no segundo turno.
No sábado, eu já podia apostar dinheiro no segundo turno entre Haddad e Serra, quando vi o empate técnico entre Russomanno, Haddad e Serra. Uma coisa é certa, se Russomanno tivesse ido para o segundo turno teria grandes chances de vencer, seja contra Haddad ou Serra.
O Russomanno teria grandes chances, ou tanto Serra quanto Haddad teriam grandes chances contra o Russomanno?
Seria uma eleição de alto risco, porque se Haddad e Russomanno passassem para o segundo turno, o setor conservador, para evitar o 'mal do PT', cacifaria o Russomanno. Isso já foi feito com o Collor. Ele não era ninguém, até a classe dominante enxergar nele uma oposição forte contra Lula. Portanto, se São Paulo tivesse um segundo turno entre Russomanno e PT, Russomanno encarnaria o voto conservador, isso porque dificilmente um eleitor do PSDB votaria no PT.
Escutei de alguns petistas que se tivessem que optar, no segundo turno, por Serra ou Russomanno votariam em Serra. Se essa lógica se confirmasse, não teria sido mais positivo para o Serra?
Aí você tem a classe intelectual tucana, mas que se traumatizou com o Collor e depois com Celso Pitta, de partidos pequenos e apresentados com o caráter de novo. Esses políticos de baixa estrutura partidária, na hora de negociar apoio na Câmara dos Vereadores, como não têm um partido com uma bancada forte recorrem ao varejo, e isso custa muito caro.
O caso Celso Pitta, em São Paulo, é emblemático. Ele veio de um partido fraco, sem nenhuma tradição partidária, teve que lotear as administrações regionais, por não conseguir negociar com grandes vereadores. O resultado foi, por exemplo, a multiplicação de transportes clandestinos, ou seja, ele perdeu o fio da racionalidade administrativa que o Serra e Maluf tinham, mesmo que para um funcionamento mínimo da máquina. Assim, a proposta de Russomanno assustava as elites, ele perdeu voto para o Serra, nos bairros centrais e, em seguida, para Haddad, nos bairros mais populares.
É importante destacar que Russomanno tem dificuldades de militância política. O PT ainda tem entre os vereadores nas periferias da cidade, lideranças históricas. É só analisar o mapa eleitoral das regiões, repetindo o embate histórico entre PT e PSDB, com o PT vencendo na periferia, e a classe média jogando seus votos no setor mais conservador, no PSDB.
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