sábado, 12 de março de 2016

Porque não fico de “mimimi” com os erros do PT


foco
Impressiona-me a necessidade, certamente por conta do bombardeio midiático, de certas pessoas – ao escreverem – gastarem linhas e linhas com chavões do tipo “todos estão sujeitos a investigação” ou repisando erros e desvios (graves, decerto) cometidos pelo petismo.
Ora, isso é o óbvio e o pensamento que deve ter qualquer pessoa de bem e, ainda, as pessoas que têm um compromisso de vida com o progresso do povo brasileiro e a afirmação da soberania nacional.
Mais ainda de quem, como eu, jamais foi petista e jamais cogitou sê-lo, mesmo depois de deixar o PDT em que militei por 30 anos.
Critiquei-os e critico, muito mais por suas vacilações no que é decisivo tanto pelo falso radicalismo em questões que não são o essencial da política.
Mas – e fraternamente, porque assim o fazem queridos e honrados amigos – não vou gastar meu parco latim nisso, a esta altura.
Repetir o que é – ou deveria ser – óbvio é deixar de falar no que não é óbvio para todas as pessoas, embora vá se refletir sobre todos.
Há um golpe político – antinacional e antipopular – em marcha.
Francamente, não me interessa quem pagou o pedalinho dos netos de Lula, exceto para desmontar, jornalisticamente, as exploração de que deles se faz para alcançar estes objetivos golpistas.
Quanto a roubar a Petrobras, basta ver o amor que se tem por esta ferramenta do povo brasileiro para que se avalie o desprezo e o nojo que se vota a quem a roubou.
Não preciso ficar com senões aqui e ali para invocar minha inflexibilidade em questões de honra e moralidade nos negócios públicos: os que me conhecem, dela sabem; os que não a conhecem, infelizmente, estão sujeitos à máquina de mídia que faz com que os blogs de esquerda – ainda que não recebam um ceitil de dinheiro do Governo Federal – serem apontados como “chapa-branca”, cevados com recursos públicos.
Por isso, com toda a sinceridade, digo a estes amigos: qualquer dissipação de palavras, neste momento, é negar força à já dificílima resistência ao processo golpista que avança em marcha batida.
Há um metralhar constante sobre a legalidade e, do outro lado, quando se lhes apontam as incoerências e contradições, nada “vem ao caso”.
No estado de anormalidade em que nos encontramos, não há justiça possível, sequer para os que são culpados de delitos e, muito menos, para os que forem inocentes.
Sobretudo, o que está em risco é o direito de escolha da população, já não mais na abolição do voto – hoje impossível – mas no genocídio de todas as forças, mesmo que moderadamente, populares e nacionalistas. E, possivelmente, pela “filtragem” do voto que sobrar pela entrega de sua manipulação aos grupos parlamentares que não precisam de mais do que estamos vendo para entendermos o que são.
Neste momento, não há defeito maior que se possa ter que o de perder o foco no principal.
E o principal é a defesa da democracia, da normalidade institucional e da necessidade de que o governo – tímido, acoelhado e imobilizado – cumpra o seu dever de dirigir o país para fora da crise.
Sem isso, a “moralidade” se transforma em capa que oculta o mais imoral dos atos: arrancar do povo brasileiro os seus direitos e do Brasil o direito de ser um país soberano.
E, afinal, não há nada de mais honesto do que se dizer aquilo que se pensa.

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