De Renato Janine, no Facebook:
Em começos de agosto de 1954, o chefe da guarda pessoal de
Getúlio, Gregorio Fortunato, foi preso por ter comandado um atentado
contra Lacerda. Getúlio de nada sabia. Foi sendo cercado por um grupo de
extremistas da FAB, que falou em convocar o próprio presidente e o
acuou a ponto de as próprias Forças Armadas, por seus ministros, o
traírem. (Na célebre reunião ministerial, em que o jovem Tancredo Neves,
ministro da Justiça, pediu a Vargas que o autorizasse a dar voz de
prisão ao ministro da Guerra e a organizar a resistência).
O cerco a Lula lembra muito isso. Um apartamento de classe média no
Guarujá, um sítio decorado com hábitos modestos vão cercando o
ex-presidente. Que ele poderia e deveria depor, OK. Mas condução
coercitiva, nunca. Que se negociasse seu depoimento, com absoluto
respeito ao cargo que ocupou. Porque ao desrespeitá-lo, estão sendo
desrespeitados os brasileiros que o conduziram à presidência e também os
que o apoiam.
O que é visível é que as cartas estão lançadas, para a deposição de
Dilma e o descarte de Lula como candidato, seja em 2016 ou em 2018.
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