domingo, 3 de abril de 2016

O ódio machista da revista IstoÉ

Por Soninha Corrêa, em sua página no Facebook. Do blog do Miro
 
Acabei de ver a capa do panfleto semanário IstoÉ. Não li a matéria por dois simples motivos: 1) Não é possível que haja qualquer coisa que se aproxime de jornalismo, quando uma capa e sua respectiva chamada são de um nível que não consigo encontrar palavras para classificar. 2) Meu estômago não resistiria a tamanha putrefação.

A capa da IstoÉ ultrapassa todos os limites. Todos. Poderíamos falar do limite da dignidade humana. Ou, quem sabe, do desrespeito humano. Ou ainda à institucionalidade. Não. Nada disso responderia a atitude misógina do panfletário folhetim.

IstoÉ, para cumprir seu rito golpista, utiliza-se do pior proselitismo de reforço ao ódio, ao fascismo e ao machismo.

Quando uma médica se recusa a atender um bebê por este ser filho de alguém que pensa diferente de si, é por ter seu argumento embasado em situações dessa natureza.

Temos no país o que há de pior, em todo o mundo, no que diz respeito ao papel da mídia que, apoiada numa legislação retrógrada, faz o que quer, na certeza da impunidade.

A novidade do golpe é iniciar uma campanha que apresente a presidenta como uma louca. A desequilibrada que não tem condições de governar o Brasil.

Mas, tenho que dizer: nisso Lula e Dilma tem culpa, sim. Não fizeram as reformas estruturantes e democratizantes que o país tanto necessita.

Entre elas, destaco, a reforma da mídia. Subestimaram o papel que a imprensa golpista poderia exercer (e está exercendo) em favor da classe que representa e serve, utilizando-se das gordas verbas publicitárias. Subestimaram, em última instância, a luta de classes.

Pois, se Dilma está sendo tratada como demente, pelo menos que tenha um surto de lucidez e decrete uma nova Lei de Meios no Brasil, que puna minimamente crimes como essa capa de IstoÉ.

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