Manipulados pela mídia golpista, milhares de brasileiros foram às ruas para exigir o "Fora Dilma" e o fim da corrupção no Brasil. Muitos destes "midiotas" não tinham a dimensão de que estava em curso um "golpe dos corruptos" e de que eles eram apenas massa de manobra dos moralistas sem moral. Na prática, eles foram cúmplices do chefão do "consórcio dos bandidos", o correntista suíço Eduardo Cunha. Nos últimos dias, o presidente da Câmara Federal, que comandou a deprimente votação do impeachment de Dilma, deve estar rindo à toa. Ele já orquestra uma manobra para seguir desfrutando das ricas benesses do poder e cospe na cara dos inocentes midiotas.
Logo após a votação, os jagunços da sua tropa de
choque explicitaram a trama. O deputado Paulinho da Força, mais sujo do
que pau de galinheiro, defendeu um "prêmio" para o chefe da quadrilha.
"Todo mundo sabe que sem Eduardo Cunha não teria o impeachment. Ele
merece ser anistiado", afirmou na maior caradura. Já na segunda-feira
(18), o deputado Waldir Maranhão (PP-MA) anunciou novas medidas para
inviabilizar a cassação do seu chefe no Conselho de Ética da Câmara
Federal, excluindo do processo os documentos que o envolvem no escândalo
do chamado "petrolão". Com isso, ele só seria acusado de "mentir" sobre
as contas na Suíça - e não por corrupção -, o que abrandaria a sua
pena.
Antes desta manobra grotesca, outra já havia ocorrido. Diante da
suspeita renúncia de Fausto Pinato, que votou contra Eduardo Cunha na
Comissão de Ética, o PRB de Celso Russomanno indicou para o seu lugar a
deputada Tia Eron, que já declarou ter "grande admiração" pelo
correntista suíço. A troca muda a correlação de forças nesta instância
legislativa. Na primeira votação sobre o futuro do lobista, que foi
sorrateiramente anulada, a sua cassação foi aprovada por 11 votos a 10.
Agora, o placar na Comissão de Ética da Câmara Federal se inverte,
beneficiando o "réu" por corrupção no STF.
A "operação salva Cunha" constrange até setores da mídia, que ajudaram a
blindar o chefão do golpe. Em editorial publicado nesta sexta-feira
(22), a Folha tucana tentou livrar a sua cara. "Não só entre os
adversários do afastamento da presidente Dilma, mas também entre os que a
querem fora do governo, a presença de Cunha é vista como incompatível
com qualquer ideal de moralidade pública. Também a imprensa
internacional aponta sem hesitações o paradoxo de que um réu no STF,
acusado de receber propinas milionárias, tenha sido o regente de toda a
cerimônia... Sua presença na Câmara dos Deputados é uma vergonha, um
insulto, uma provocação a todos os brasileiros".
De fato, é um cuspe na cara dos brasileiros - inclusive dos "midiotas" que foram usados como massa de manobra pelos golpistas.
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