quarta-feira, 23 de setembro de 2015

MST denuncia e repudia ato agressivo e constrangedor contra Stedile

Movimento diz que este episódio reflete o crescimento do ódio propagado pela elite Escrito por: Direção Nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) • Publicado em: 23/09/2015 
 
MST Mesmo sob pressão de setores contrários à luta pela democracia e reforma agrária, MST continua na lu

A Direção Nacional do MST vem a público denunciar e repudiar o ato agressivo e constrangedor que o membro da coordenação nacional do MST, João Pedro Stedile, sofreu no aeroporto de Fortaleza na noite desta terça-feira (22). Um grupo de pessoas cercou Stedile e o seguiu até seu carro chamando-o de "assassino", "facista", "comunista", "traidor da pátria" e entoando canto "MST vai para Cuba com o PT."

Veja vídeo abaixo.




Para o MST, este episódio não é um fato isolado, mas um reflexo do atual momento político pelo qual passa o país, em que se vê crescer a cada dia o ódio contra os movimentos populares, migrantes e a população negra e pobre, como os recentes acontecimentos no Rio de Janeiro em que a juventude das favelas está sendo impedida, com risco de sofrer agressão, de ir às praias da zona sul da capital fluminense.

Esses atos de violência e ódio propagados intensamente nas redes sociais, e que reverberam cada vez mais nas ruas, são mais uma demonstração da violência dos setores da elite brasileira dispostos a promover uma onda de violência e ódio contra os setores populares.

Porém, num outro recente episódio de ódio contra Stedile, quando circulou nas redes sociais um cartaz em que oferecia uma recompensa por ele “vivo ou morto”, já alertávamos que a dimensão desses acontecimentos advém, sobretudo, de uma mídia partidarizada, manipuladora e que distorce e esconde informações, ao mesmo tempo em que promove o ódio e o preconceito contra os que pensam diferente.

São estes meios de comunicação a serviço de uma direita raivosa e fascista os responsáveis por formarem essas mentalidades criminosas e odiosas que alimentam as ruas e as redes sociais com os valores mais anti-sociais e desumanos que possa existir.

Entretanto, estas atitudes não serão capazes de nos tirar da luta por Reforma Agrária e pelos direitos sociais historicamente negados ao povo brasileiro. Não aceitaremos que nenhum militante dos movimentos populares sofra qualquer tipo de agressão ou insulto por defender e lutar por justiça social. Nos comprometemos a permanecer em luta nas ruas pela defesa da democracia, dos direitos civis, da classe trabalhadora e o respeito aos valores humanitários.

“Ousar lutar, ousar vencer!”
Lutar, Construir Reforma Agrária Popular!

Direção Nacional do MST
São Paulo, 23 de setembro de 2015

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