Tucanos querem abrir a exploração dos poços ao capital estrangeiro, dizimando a participação brasileira
A exploração do petróleo pelo Estado é
batalha que nacionalistas exercem com afinco há décadas. Em 1946, ganhou
força com o ‘Petróleo é nosso!’, fundeado por muitas lideranças
fluminenses, como a saudosa médica Maria Augusta Tibiriçá Miranda. O
resultado deste apelo popular originou um de nossos maiores patrimônios,
a Petrobras. A contínua pancadaria na imprensa e na política por forças
a serviço do capital não impediu lucro de R$ 5,3 bilhões no primeiro
trimestre. A sanha liberal assistiu, inconformada, à estatal registrar
investimentos na ordem de R$ 17 bilhões no período. Não à toa, a empresa
recebeu, em maio, o maior prêmio offshore do mundo, pela OTC.
A onda de privatizações da Era FHC, na década de 90, e que tanto combati, chegou a mirar a Petrobras. Após venderem a Vale, a CSI e outras estatais, os tucanos sonharam internacionalizar a empresa, começando pelo nome, “Petrobrax”. Chegaram a entregar o excedente acionário à Bolsa de Nova York. Esse entreguismo ganha força no Parlamento, colocando em risco o papel indutor da Petrobras para a indústria nacional.
Tramitam inúmeros projetos de lei no Congresso com objetivo de mudar o regime de exploração do pré-sal. Os projetos do deputado Jutahy Magalhães Jr. e do senador José Serra, ambos do PSDB, pretendem abrir a exploração dos poços ao capital estrangeiro, dizimando a participação brasileira.
Reduzir a exploração pelo Estado é prejudicar investimentos do Fundo Social do Pré-sal em Saúde e Educação, conquista nossa em árdua batalha na Câmara, em 2013. É equívoco usar o argumento de que há dificuldade de exploração pela Petrobras. Ela tem total capacidade de atender à demanda. A produção hoje ultrapassa os 25 mil barris ao dia — 5 mil a mais que a previsão inicial — e com custo muito menor, 9 dólares por barril — 36 dólares menos que o previsto.
A defesa desse patrimônio é bandeira de todos nós, dentro da questão da soberania, do avanço tecnológico, desenvolvimento econômico e de geração de milhares de empregos. Há cinco décadas, Maria Augusta proclamou: “A campanha do Petróleo é a maior e mais original contribuição à criação de uma atitude nacionalista brasileira democrática.”
Jandira Feghali é médica e líder do PCdoB na Câmara
A onda de privatizações da Era FHC, na década de 90, e que tanto combati, chegou a mirar a Petrobras. Após venderem a Vale, a CSI e outras estatais, os tucanos sonharam internacionalizar a empresa, começando pelo nome, “Petrobrax”. Chegaram a entregar o excedente acionário à Bolsa de Nova York. Esse entreguismo ganha força no Parlamento, colocando em risco o papel indutor da Petrobras para a indústria nacional.
Tramitam inúmeros projetos de lei no Congresso com objetivo de mudar o regime de exploração do pré-sal. Os projetos do deputado Jutahy Magalhães Jr. e do senador José Serra, ambos do PSDB, pretendem abrir a exploração dos poços ao capital estrangeiro, dizimando a participação brasileira.
Reduzir a exploração pelo Estado é prejudicar investimentos do Fundo Social do Pré-sal em Saúde e Educação, conquista nossa em árdua batalha na Câmara, em 2013. É equívoco usar o argumento de que há dificuldade de exploração pela Petrobras. Ela tem total capacidade de atender à demanda. A produção hoje ultrapassa os 25 mil barris ao dia — 5 mil a mais que a previsão inicial — e com custo muito menor, 9 dólares por barril — 36 dólares menos que o previsto.
A defesa desse patrimônio é bandeira de todos nós, dentro da questão da soberania, do avanço tecnológico, desenvolvimento econômico e de geração de milhares de empregos. Há cinco décadas, Maria Augusta proclamou: “A campanha do Petróleo é a maior e mais original contribuição à criação de uma atitude nacionalista brasileira democrática.”
Jandira Feghali é médica e líder do PCdoB na Câmara
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