Na
minha idade não tenho mais direito de ser trouxa. Como está bem documentado,
Sérgio Moro fez cursos no Departamento de Estado, dos EUA, em 2007. Em 2008, fez
um programa especial de treinamento na Escola de Direito de Harvard. Em 2009
participou da conferência regional sobre “Illicit Financial Crimes”, promovida pela
Embaixada dos Estados Unidos. Foi treinado, segundo o historiador Moniz
Bandeira, em ação multi-jurisdicional e práticas de investigação pelos
estadunidenses. Inclusive em demonstrações reais, segundo Moniz Bandeira, em
como preparar testemunhas para delação. Sérgio Moro e o procurador-geral da
República Rodrigo Janot atuam em parceria com órgãos dos Estados Unidos contra
as empresas brasileiras. Sem o menor pudor. Prenderam, sob alegação de
corrupção, o Vice Almirante e Engenheiro Othon Luis Pinheiro da Silva,
principal responsável pelas maiores conquistas históricas na área de
tecnológica nuclear no Brasil. Segundo o pessoal da área, ele concebeu o
programa do submarino nuclear brasileiro e foi o principal responsável pela
conquista da independência na tecnologia do ciclo de combustível, que colocou o
Brasil em posição de destaque na matéria. Para os especialistas no setor, o
Vice Almirante é um patriota e herói brasileiro, para o judiciário entreguista,
é um corrupto.
Por
outro lado, os prejuízos econômicos decorrentes
da operação Lava Jato, são muito
superiores do que os atos de corrupção em si. O impacto da Operação representou
a perda de 2,5 pontos percentuais no crescimento do PIB do Brasil em 2015, algo
em torno de R$ 140 bilhões. As perdas decorrentes da corrupção, registradas no
balanço da Petrobrás, são de R$ 6,2 bilhões (tudo indica que este é um número
exagerado, para a empresa poder fechar o balanço de 2014 e reduzir o cerco de
fogo que se fechou sobre a empresa). Em nome do
suposto combate à corrupção foi desestabilizado não apenas um governo eleito,
mas um projeto nacional e regional de desenvolvimento. Alguém ainda pode ter
dúvidas que este foi um golpe de Estado muito bem articulado lá fora com o
apoio de entreguistas?
José Álvaro (economista).
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