sábado, 17 de dezembro de 2016

A tentativa de calar Jean Wyllys (e o nazi fascista Bolsonaro segue na boa)

Da Rede Brasil Atual. Transcrito do blog do Miro.

A União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT) emitiu uma nota na última quarta-feira (14) em que repudia o afastamento de 120 dias do deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ). Na última terça-feira (13), o relator do processo contra Wyllys no Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PP-SP) pediu a suspensão do deputado do Psol.

Jean Wyllys responde no conselho por quebra de decoro parlamentar, após ter cuspido em direção ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do pedido deimpeachment de Dilma Rousseff, no dia 17 de abril. O deputado do Psol disse que apenas reagiu a uma série insultos dirigidos a ele por Bolsonaro, citando vários termos homofóbicos. A defesa do deputado disse que o processo contra Wyllys no Conselho de Ética está sendo pautado por "disputas ideológicas".

A nota afirma que "o processo corresponde na verdade mais uma articulação golpista contra a democracia e os direitos humanos" e que o deputado "representa as minorias no Congresso". "Pode-se defender torturadores no parlamento, pode-se rasgar a Constituição, pode-se trair a Pátria e o povo, mas não se pode lutar pela democracia, justiça social e pelo respeito às diferentes expressões das identidades e humanidades", diz o texto.

Hoje (16) um tuítaço com a hashtag #EuApoioJeanWyllys chegou ao topo dos trending topics do Brasil. Em seu Facebook, Jean diz que está sendo punido por ser homossexual. "Sabemos que o ineditismo da pena que pedem tem base na homofobia de um parlamento que joga com preconceitos da sociedade para desviar o foco de denúncias, estas, sim, graves, trazidas pelas recentes delações de empreiteiros."

Um vídeo denunciado na internet pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) chegou a ser apresentado no conselho como prova da premeditação do ato. Mas a perícia do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Distrito Federal mostrou que as imagens tinham sido adulteradas. Em sessão plenária da Câmara na quarta-feira (14), Wyllys responde a Izar, por ter deturpado uma postagem no Facebook. Assista [aqui].

Leia abaixo a nota completa da UNALGBT:

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A União Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (UNALGBT) vem a público manifestar apoio ao Deputado Federal Jean Wyllys, o qual vem tendo ameaçado seu mandato pelo Conselho de “Ética” da Câmara dos Deputados, onde o deputado federal Ricardo Izar do PP/SP que reivindica a punição do Dep. Jean Wyllys por suposta cuspida em direção a um deputado do Partido Social Cristão (PSC-RJ), na seção de votação de abertura de procedimento de impeachment contra a presidenta legitimamente eleita, Dilma Vana Rousseff.

O Deputado Federal Jair Bolsonaro, do PSC/RJ é notoriamente conhecido pelo desrespeito aos Direitos Humanos, em especial da população LGBT, esse parlamentar que vive desprezando os direitos e a dignidade de mulheres, pessoas LGBT e outros seguimentos discriminados, também é conhecido por suas chacotas e violências verbais deferidas contra o Dep. Jean Wyllys, incluindo o momento que precede a tentativa da “cuspida”. Vale ainda lembrar que o deputado do PSC-RJ havia proferido discurso apregoando o seguinte: “Pela memória do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma Rousseff”.

O processo movido contra Jean Wyllys sob o argumento de quebra de “decoro parlamentar”, corresponde na verdade mais uma articulação golpista contra a democracia e os direitos humanos, pois Jean tem sido uma voz no Congresso Nacional em defesa das chamadas “minorias”. Pode-se defender torturadores no parlamento, pode-se rasgar a Constituição, pode-se trair a Pátria e o povo, mas não se pode lutar pela democracia, justiça social e pelo respeito às diferentes expressões das identidades e humanidades.

Por essa razão a UNALGBT não pode deixar de prestar a devida solidariedade ao Dep. Jean Wyllys e reafirmar nosso apoio ao deputado que vem ao longo do seu mandato lutando contra as injustiças e desigualdades sociais.

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