quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Desemprego no Brasil cai a 4,7% em dezembro, o menor patamar da história

Alessandra Saraiva, da Agência Estado
RIO - A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 4,7% em dezembro de 2011, no menor nível da série mensal, ante taxa de 5,2% em novembro do ano passado, segundo divulgou hoje a instituição, em sua Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Em dezembro de 2010, a taxa de desemprego havia sido de 5,3%.
O resultado do mês passado ficou perto do piso do intervalo das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que projetavam taxa de 4,60% a 5,60%, com mediana de 4,80%.
Ainda segundo o IBGE, a taxa média de desemprego anual em 2011 ficou em 6%, ante 6,7% em 2010, no nível mais baixo da série histórica. Para esse dado, levantamento do AE Projeções previa uma taxa entre 5,80% e 6,10%, com mediana de 6,0%.
O rendimento médio real dos trabalhadores registrou variação positiva 1,1% em dezembro ante novembro do ano passado, e subiu 2,6% na comparação com dezembro de 2010. O gerente da PME, Cimar Azeredo, concede entrevista coletiva daqui a pouco para comentar os resultados.
Setor privado
Em 2011, o porcentual de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do mercado e trabalho foi de 48,5%, acima do apurado em 2010, de 46,3%. Isso representou 10,9 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, segundo o IBGE, que anunciou hoje a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de dezembro.
Em todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas, o porcentual de empregados com carteira assinada no setor privado representou, aproximadamente, metade da população ocupada, variando de 43,9% no Rio de Janeiro a 52,0% em São Paulo. A região metropolitana de São Paulo permaneceu com a maior proporção desta categoria (52,0%).
Como consequência do aumento do contingente de trabalhadores com carteira assinada, também aumentou o número de trabalhadores que contribuíam para a Previdência Social. Em 2003, 61,2% das pessoas ocupadas contribuíam para a Previdência; em 2010, 68,4% e, em 2011, esta proporção atingiu 71,0%.
Renda média
A renda média real dos trabalhadores no mês passado, de R$ 1.650,00, foi o valor mais elevado para meses de dezembro da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, iniciada em 2002.
Segundo o instituto, a média anual do rendimento médio mensal habitualmente recebido no trabalho principal foi estimada em R$ 1.625,46 (aproximadamente três salários mínimos) em 2011. Isso representou crescimento de 2,7% em relação a 2010. Entre 2003 e 2011, o poder de compra do rendimento de trabalho aumentou em 22,2%, de acordo com cálculos do instituto.
Já o rendimento domiciliar per capita aumentou de 2010 para 2011 em 3,8%. De 2003 para 2011, o crescimento chegou a 35,5%.
Massa de renda 
A massa de renda média real habitual dos ocupados somou R$ 37,8 bilhões em dezembro do ano passado, com alta de 0,7% ante novembro e aumento de 3,4% em relação a dezembro de 2010.
Já a massa de renda média real efetiva dos ocupados chegou a R$ 40,9 bilhões em novembro do ano passado, com alta de 9,3% ante outubro e aumento de 7,1% na comparação com novembro de 2010. O rendimento médio real efetivo sempre se refere ao mês anterior ao da Pesquisa Mensal de Emprego.

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