O autor do levantamento que mostrou mês a mês
os vencimentos do juiz Sergio Moro (sempre acima do teto
constitucional) voltou a pesquisar no site do Tribunal Regional Federal
da 4a. Região e constatou que os desembargadores que julgarão o recurso
de Lula, bem como o presidente da corte, também recebem muito acima dos
ministros do Supremo Tribunal Federal.
Fabiano Kenji Nohama, que é doutor em computação quântica e professor da Universidade Federal do Tocantins, pesquisou os contracheques dos desembargadores de janeiro de 2015 a agosto de 2017 - informações que, por força de lei, são públicas.
Verificou que Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do TRF4, recebeu em 2015 vencimentos médios mensais de R$72.930,25 (bruto) e R$55.501,94 (líquido); em 2016, R$46.337,28 (bruto) e R$33.778,77 (líquido); e em 2017, R$41.025,04 (bruto) e R$30.345,50 (líquido).
Fabiano Kenji Nohama, que é doutor em computação quântica e professor da Universidade Federal do Tocantins, pesquisou os contracheques dos desembargadores de janeiro de 2015 a agosto de 2017 - informações que, por força de lei, são públicas.
Verificou que Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, presidente do TRF4, recebeu em 2015 vencimentos médios mensais de R$72.930,25 (bruto) e R$55.501,94 (líquido); em 2016, R$46.337,28 (bruto) e R$33.778,77 (líquido); e em 2017, R$41.025,04 (bruto) e R$30.345,50 (líquido).
Já João Pedro Gebran Neto, relator do processo e amigo de Sergio Moro,
recebeu em 2015: R$48.695,35 (bruto) e R$32.368,91 (líquido); em 2016:
R$45.708,68 (bruto) e R$32.761,53 (líquido); e em 2017(até agosto):
R$43.599,82 (bruto) e R$33.518,92 (líquido).
O desembargador Leandro Paulsen recebeu em 2015: R$52.044,20 (bruto) e R$30.903,67 (líquido); em 2016: R$50.857,33 (bruto) e R$33.220,65 (líquido); e em 2017 (até agosto): R$47.320,23 (bruto); R$32.502,02 (líquido).
Por sua vez, o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus teve os seguintes vencimentos: em 2015: R$54.523,50 (bruto); R$32.574,48 (líquido); em 2016: R$47.657,78 (bruto) e R$31.775,97 (líquido); e em 2017(até agosto): R$46.007,70 (bruto); R$35.370,61 (líquido).
“Podemos observar que o salário dos quatro desembargadores ultrapassaram o teto constitucional, que é de R$33.763,00 (bruto), em todos os meses pesquisados, sem exceção. Aliás, no levantamento que fiz, tanto dos salários do juiz Sergio Moro quanto os desembargadores, pude constatar que exceção seria receber dentro dos limites do teto constitucional. Será que tem algum juiz que recebe? Agora eu tenho dúvida”, diz o professor.
O desembargador Leandro Paulsen recebeu em 2015: R$52.044,20 (bruto) e R$30.903,67 (líquido); em 2016: R$50.857,33 (bruto) e R$33.220,65 (líquido); e em 2017 (até agosto): R$47.320,23 (bruto); R$32.502,02 (líquido).
Por sua vez, o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus teve os seguintes vencimentos: em 2015: R$54.523,50 (bruto); R$32.574,48 (líquido); em 2016: R$47.657,78 (bruto) e R$31.775,97 (líquido); e em 2017(até agosto): R$46.007,70 (bruto); R$35.370,61 (líquido).
“Podemos observar que o salário dos quatro desembargadores ultrapassaram o teto constitucional, que é de R$33.763,00 (bruto), em todos os meses pesquisados, sem exceção. Aliás, no levantamento que fiz, tanto dos salários do juiz Sergio Moro quanto os desembargadores, pude constatar que exceção seria receber dentro dos limites do teto constitucional. Será que tem algum juiz que recebe? Agora eu tenho dúvida”, diz o professor.
Fabiano Kenji Nohama é de São Paulo, estudou Física na Unicamp, onde também fez mestrado e doutorado na área de Física e de computação quântica. Há sete anos, é professor concursado da Universidade Federal de Tocantins, onde coordena o curso de Engenharia, Bioprocesso e Biotecnologia.
Seu salário bruto é de R$ 12.600 – líquidos R$ 9.225,00. Já fez palestras na Europa e nos Estados Unidos – a última delas em Berkeley, na Califórnia. Tem celular, mas não o aplicativo de WhatsApp. Sua pagina no Facebook tem apenas uma foto – 3 por 4 -, que ilustra o perfil.
Criou a página no auge do movimento que resultou no golpe contra Dilma Rousseff, como forma de incentivar os alunos a debater o momento que ele viu como histórico. Deixou de ver o Jornal Nacional e de ler a Folha de S. Paulo há dez anos, quando detectou uma sistemática prática de manipulação.
Hoje lê apenas veículos da mídia independente, principalmente o Diário do Centro do Mundo e o Tijolaço. Sobre o trabalho que fez, diz:
“Meu levantamento é muito simples. Foi apenas uma forma de tentar divulgar as informações escondidas pela grande mídia”, afirmou.
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