sábado, 3 de junho de 2017

Michel Temer ainda estrebucha diante do fim inapelável. Mas uma coisa já é líquida e certa: o desmonte do PSDB.

Sensor publica artigo do Conversa Afiada do colunista Joaquim Xavier:


Michel Temer ainda estrebucha diante do fim inapelável. Mas uma coisa já é líquida e certa: o desmonte do PSDB.
O senador carioca Aécio Neves, até há pouco presidente da legenda (presidente!), é um morto vivo, mais morto do que vivo. Poucas vezes um político foi tão autodesmoralizado. Nem Collor chegou a tanto.
As gravações dignas de filme pornô protagonizadas por Aécio retratam um playboyzinho merreca que vivia do sobrenome como salvo conduto para roubar, enganar, fraudar e zombar de eleitores desinformados. Chafurda no baixo calão, língua que conhece como ninguém, azucrina empresários bandoleiros para pagar suas noitadas e chama de grande amigo traficantes assumidos de própria voz. Aécio chega a dar ordens a um inglório ministro do Supremo como se estivesse falando com um serviçal. Um marginal sem tirar nem pôr, capaz de envergonhar até seus futuros companheiros de xadrez (aliás, por que ainda está solto?).
José Serra de tucano virou avestruz. O homem que passou anos sem trabalhar (de que vivia o Serra mesmo?) oculta-se atrás de notas cômicas para desmentir o indesmentível, a saber: foi cúmplice, quando não mentor, da roubalheira desenfreada dos tucanos. Engordou o próprio caixa com propinas devidamente depositadas no exterior, conforme acusam procuradores. Até colonistas notórios por babar a cada tolice expelida pelo “careca” resolveram agora se fingir de otários e procuram outros ladrões para obedecer.
E o Aloysio 500 mil (só?)? Que vergonha. Com a cara deslavada, o sujeito acostumado a ofender jornalistas sente-se à vontade integrando um ministério coalhado de corruptos contumazes. E sai por aí destruindo a imagem do Brasil mundo afora, a ponto de reduzir o país a uma Somália diplomática. O estrago só não é maior porque ninguém leva ele a sério. Como ninguém leva a sério o tal do Imbassahy –alguém lembra dele? Nós lembramos. Não passa de mais um tucano disposto a servir de capacho de um usurpador moribundo.
Claro, não podia faltar FHC, o sapo dos sociólogos. O cara não descansa na tentativa de tirar Temer do féretro da política. Outro dia encontrou-se com o “presidente” às escondidas num hotel para negociar a salvação dos golpistas. Quando não está empenhado em achar uma saída do corredor da morte no qual os governistas estão enfileirados, FHC solta ao vento suas pérolas de bijuteria. Defende o neofascista Dória, ataca as eleições diretas, fala em renúncia só para ter o gostinho de voltar atrás em seguida e insiste em manter seu grupelho na cozinha do Planalto. FHC, como se sabe, adora um ministério. Só não entrou no gabinete do Collor porque Mario Covas não deixou. Não fosse isso teria dividido alegremente doses de Logan com PC Farias na Casa da Dinda.
Nesta crise que ajudou a criar, o PSDB revelou por inteiro sua face de Partido dos Social Delinquentes Brasileiros. Que descanse sem paz.

Nenhum comentário:

Postar um comentário