O jornal paranaense Gazeta do Povo revelou nesta terça-feira (30) que Osmar Serraglio - "um bosta do caralho", segundo definição do cambaleante Aécio Neves em áudio vazado de uma conversa com Joesley Batista, dono da JBS - não aceitou o convite do moribundo Michel Temer para ser o novo ministro da Transparência do covil golpista. Defecado neste domingo do Ministério da Justiça, ele parece que decidiu complicar os planos da quadrilha que assaltou o poder. A manobra visava retirá-lo do cargo para abafar as denúncias de corrupção que pesam contra o usurpador e o grão-tucano e, ao mesmo tempo, garantir foro privilegiado ao deputado Rocha Loures, o "homem da mala" de Michel Temer. A rejeição do convite pode acelerar a "delação premiada" do amiguinho do Judas.
Segundo a notinha do jornal Gazeta do Povo, "o
ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio, demitido no domingo, recusou o
convite do presidente Michel Temer para assumir o Ministério da
Transparência. Com a decisão, Osmar Serraglio deve reassumir o mandato
na Câmara dos Deputados pelo PMDB do Paraná, o que afetaria o foro
privilegiado do ex-assessor da Presidência Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR). Filmado recebendo R$ 500 mil de propina da JBS (supostamente a
pedido de Temer), Rocha Loures é suplente de Serraglio na Câmara, e
perde o cargo".
Já Folha tucana, que faz de tudo para blindar Michel Temer, revelou
nesta semana que o parlamentar ainda vacilava na ideia da delação
premiada. "O advogado Cezar Bittencourt, que assumiu nesta
segunda-feira (29) a defesa do deputado afastado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR), afirmou à Folha que a hipótese de seu cliente negociar
um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal 'é a
última opção' que poderia ser adotada por ele. 'Eu não penso nisso, nem
ele', diz Bittencourt. "Concretamente, se o último recurso que ele
precisar usar for esse [delação premiada], eu vou ter que iniciar uma
conversação [com os procuradores]. Mas essa não é a primeira, nem a
segunda, nem a terceira, nem a quarta, nem a quinta opção. É a última',
diz o criminalista".
A inesperada decisão do "bosta do caralho" - segundo, repito, Aécio
Neves - talvez altere a postura de Rocha Loures, que é tido como um
deputado frágil. Se o "homem da mala", que foi assessor especial de
Michel Temer, resolver abrir a bico, a situação pode se complicar ainda
mais para o usurpador. Ele não seria apenas deposto do cargo ilegítimo,
mas poderia até ir direto para a cadeia. A conferir!
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