Divulgado
nesta terça-feira, 21, o balanço da Petrobrás reflete a importância dos
resultados operacionais, decorrentes dos investimentos feitos entre
2003 e 2014, mas contabiliza os prejuízos gerados pelos “impairments”,
que reduziram em R$ 20,3 bilhões o valor dos ativos em 2016,
comprometendo o patrimônio da empresa.
A
estatal registrou lucro operacional de R$ 17,1 bilhões e continua
batendo recordes de produção, ao fechar 2016 com a média histórica de
2,94 milhões de barris diários de petróleo no final de dezembro. No
entanto, amargou perdas de R$ 14,8 bi, decorrentes da política
deliberada da atual gestão de reduzir o tamanho da companhia, despejando
no mercado ativos nobres com valores depreciados. Não fossem os
“impairments”, a empresa teria registrado lucro, em vez de prejuízo.
Nenhuma
outra petrolífera no mundo utilizou baixas contábeis de forma tão
recorrente como vem fazendo a Petrobrás, que já reduziu em US$ 39,48
bilhões o valor de seus ativos, desde 2014. Nesse período, mesmo com a
crise internacional dos preços do petróleo, gigantes do setor, como a
Exxon e a Chevron, por exemplo, realizaram “impairments” em torno de US$
2 bilhões.
O resultado deste desmonte está refletido no próprio balanço da Petrobrás, através de indicadores que vão além dos resultados financeiros. A empresa fechou 2016 com reservas de 9,672 bilhões de barris de óleo equivalente, uma queda de 8% em relação ao ano anterior, que fez a empresa retroceder 15 anos. Os investimentos da companhia também despencaram 32% em 2016, impactando negativamente na economia do país e contribuindo para o desemprego que afeta o povo brasileiro. Só a Petrobrás fechou 9.641 postos de trabalho diretos, o que equivale a uma perda diária de 26 trabalhadores.
Perde o país, perde a empresa, perdem os trabalhadores e perdem os acionistas.
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