Contra o golpe, em defesa do Brasil e da democracia
O país atravessa uma situação política
extremamente grave e turbulenta. Grupos ligados aos partidos de oposição
conspiram abertamente contra a democracia, conquista histórica do povo
brasileiro, obtida, muitas vezes, com a própria vida de muitos compatriotas. O
comportamento da oposição tem estimulado, inclusive, uma escalada inusitada de
ódio de classe, preconceito de todos os tipos e manifestações racistas e fascistas
cada vez mais frequentes e ousadas.
Por não conseguirem eleger o seu candidato
nas últimas eleições, a oposição pretende afastar a Presidenta da República,
usando todos os artifícios possíveis, sem nenhum pudor e sem o menor respeito
ao resultado das urnas. Tentam derrubar um governo democraticamente eleito, num
processo eleitoral o mais transparente possível, que conferiu à presidente mais
de 54 milhões de votos de brasileiros e brasileiras. Na realidade, estamos testemunhando
a uma vergonhosa tentativa de golpe de Estado, pela via parlamentar ou
judiciária, usando como subterfúgio a luta anticorrupção. Sempre lutamos contra
a corrupção e defendemos o combate a essa prática em qualquer instituição, seja
pública ou privada. Mas não aceitaremos que isso seja usado como pretexto para
aplicar um golpe contra a democracia.
Uma característica peculiar desse processo
é ter definido como alvo um único partido, o Partido dos Trabalhadores, como se
fosse este o inventor e único culpado da existência de corrupção no Brasil. Nos
recusamos a aceitar passivamente a injustiça, covardia, a hipocrisia e a
desfaçatez. Não podemos admitir que a oposição feita a um governo -
perfeitamente legítima em qualquer democracia- se transforme na oposição ao
próprio país, como vem ocorrendo na prática. A estratégia dos golpistas é ainda
mais grave porque vem sendo colocada em andamento em meio a grandes
dificuldades relacionadas à crise econômica mundial (a pior em 86 anos), com importante
reflexos no Brasil, especialmente no que se refere ao crescimento econômico. O
Brasil vem se defendendo como pode, conseguindo manter ainda boa parte das
conquistas econômicas e sociais dos últimos anos. Porém os que articulam o
golpe trabalham e torcem para dar tudo errado, espalhando mentiras ou análises
inconsistentes, afetando o próprio desempenho da economia.
A falta de escrúpulos e patriotismo são tão
grandes que os golpistas não pouparam nem a Petrobrás, nossa maior e mais
importante empresa. Aproveitam da Operação Lava Jato como se essa fosse a
comprovação de que a empresa é um antro de corrupção e ineficiência, quando todos
os números provam exatamente o contrário. Por trás da tentativa do golpe estão
as descobertas do pré-sal, que tornou o Brasil uma potência petrolífera, e que representam
o nosso passaporte para a condição de nação desenvolvida econômica e
socialmente. Tais descobertas despertaram a cobiça imperialista das
multinacionais do petróleo, de forma incontrolável.
Nem mesmo as manifestações da
Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, evidenciando que
não há nada contra Dilma Roussef, acalmaram os caluniadores. Após inúmeras tentativas
frustradas e patéticas de reverter o resultado das últimas eleições
presidenciais, a direita oposicionista tenta a qualquer custo envolver o
Tribunal de Contas da União (TCU) e o próprio Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
nos seus intentos antidemocráticos. Não existe “pedalada fiscal” nas contas
governamentais. Todos os métodos utilizados na prestação de contas do Governo
Federal são usados há 25 anos, desde 1991, segundo metodologia definida pelo
Banco Central. No campo fiscal, inclusive, governos da década de 1990,
cometeram graves equívocos, que quebraram financeiramente o país, sem nenhuma
consequência legal.
A oposição quer retirar à força, da
presidência, a candidata recém eleita pela maioria dos votos e criminalizar
membros de um partido específico, excluindo-os definitivamente do jogo
eleitoral. Mas, tudo indica que o seu objetivo central seja desconstruir todos os
avanços populares duramente conquistados na última década no campo econômico
como elevação da renda, geração de empregos, construção de moradias, acesso ao
crédito, ganhos reais do salário mínimo, e redução drástica do número de
brasileiros que passam fome. No fundo o objetivo é completar o serviço de desmonte
do Estado iniciados nos anos 90, e fazer regredir os direitos sociais e
trabalhistas.
Não temos ilusão. O processo brasileiro
não é único na América Latina. O que acontece no Brasil tem pontos de
identidade com fatos que vêm ocorrendo em vários países, especialmente sul
americanos. São inúmeras as comprovações de que jovens e lideranças dos grupos
que vem engrossando a sanha golpista são treinados e financiados por
organizações de extrema direita dos EUA.
Por tudo isso, reafirmamos o nosso respeito
e compromisso com a democracia, com a Constituição Federal, e com a vontade
popular e soberana expressa nas urnas. Estamos na defesa do Brasil e do povo
brasileiro para o que der e vier.
08 de
junho de 2015.
ASSINAM:
-FEDERAÇÃO
DOS TRABALHADORES METALÚRGICOS DE SANTA CATARINA
-FEDERAÇÃO
DOS TRABALHADORES DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
-FEDERAÇÃO
DOS TRABALHADORES NO COMÉRCIO DE SANTA CATARINA
-CENTRAL
ÚNICA DOS TRABALHADORES/SC
-SINDICATO
DOS PROFESSORES DO ESTADO
-NOVA
CENTRAL SINDICAL DE TRABALHADORES/SC
-FEDERAÇÃO
DOS TRABALHADORES NAS INDÚSTRIAS DA CONSTRUÇÃO E DO MOBILIÁRIO DO ESTADO DE
SANTA CATARINA
-CENTRAL
DE TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL/SC
-FEDERAÇÃO
DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA DE SANTA CATARINA
-SINDICATO
NACIONAL DOS APOSENTADOS DA FORÇA SINDICAL DE SANTA CATARINA
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