Altamiro Borges, em seu blog.

postado em: 27/07/2015
Na semana retrasada, num artigo editorializado, a revista Veja
advertiu os seus leitores-militantes – os fanáticos "midiotas" – de que
as condições para o impeachment de Dilma ainda não estavam maduras. O
texto foi encarado por alguns mais otimistas como um recuo da famiglia
Civita. Mas é bom não se iludir. A publicação golpista apenas mudou de
tática. Já que não dá para derrubar a presidenta, ela vai investir em
outro caminho: "sangrar" Dilma, desgastando seu governo, e "matar" Lula,
inviabilizando sua candidatura em 2018. A edição desta semana – com
mais uma capa terrorista (uma foto sombria do ex-presidente e a manchete
"A vez dele") – evidencia a tática escrota da revista do esgoto.
A
"reporcagem" não apresenta nada de novo – tanto que o restante da mídia
tucana foi cautelosa na sua reprodução. Afirma, sem provas, que o
ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, decidiu fazer um acordo de "delação
premiada" e ofereceu ao Ministério Público Federal informações sobre a
participação do líder petista no esquema de corrupção da Petrobras. Ela
também especula sobre os "negócios milionários" do filho de Lula – que
já foi alvo de inúmeras calúnias. As denúncias "bombásticas", porém, não
esperaram nem a revista chegar às bancas. De imediato, os advogados do
empreiteiro, que se encontra em prisão domiciliar, desmentiram a
publicação da marginal:
"Sobre
a reportagem da 'Veja' deste final de semana, José Aldemário Pinheiro
[Leo Pinheiro] e a sua defesa têm a dizer, respeitosamente, que ela não
corresponde à verdade. Não há nenhuma conversa com o MPF (Ministério
Público Federal) sobre delação premiada, tampouco intenção neste
sentido", declararam, em nota oficial já no sábado (25), os advogados
Juliano Breda, Roberto Lopes Telhada e Edward Carvalho. O Instituto Lula
também anunciou que vai processar a Editora Abril, responsável pela
asquerosa revista. Sem a publicidade do governo, que finalmente deixou
de financiar o pasquim "criminoso", e com vários processos na Justiça, a
Veja talvez se contenha no seu ímpeto golpista.
A canelada de Romário
A
edição desta semana também deverá render outro processo contra a falida
famiglia Civita. Matéria assinada por Leslie Leitão e Thiago Prado
garante que o senador e ex-craque Romário, presidente da CPI do Futebol,
não teria declarado na Justiça Eleitoral uma conta no banco suíço BSI
em que teria depositado 2,1 milhões de francos – o equivalente a R$ 7,5
milhões. A reportagem ainda afirma que o jogador já foi citado em 28
processos por dívidas e foi condenado por sonegação fiscal. Diante da
grave denúncia, o senador do PSB detonou a Veja e anunciou que vai
processá-la. Vale conferir a canelada de Romário postada na sua página
no Facebook neste sábado:
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