Por Bepe Damasco, em seu blog. Do blog do Miro.
Não surpreende que o oligopólio velhaco da mídia abra espaços generosos para as opiniões dos “especialistas” do mercado. Afinal, os magnatas da comunicação e os rentistas compartilham do mesmo sentimento de desamor pelo Brasil e seu povo. Irmanam-se igualmente na falta de compromisso democrático e republicano.
Ainda com o cadáver da rejeição da denúncia contra Temer quente, na noite da infâmia desta quarta-feira, 2 de agosto, já pontilhavam entrevistas com executivos do mercado financeiro pregando a necessidade de o país virar a página e pisar no acelerador da aprovação das reformas. Referiam-se de certo à reforma da previdência, a favorita dos que “não dão um prego em barra de sabão” e vivem da vagabundagem da especulação.
A conta deles é simples: o desembolso dos governos com benefícios, aposentadorias e pensões pode pôr em risco o pagamento da montanha de dinheiro na forma de títulos públicos que está em seu poder. A reforma da previdência, então, ao tornar praticamente impossível o acesso à aposentadoria integral via Regime Geral da Previdência Social, atrairia um número cava vez maior de pessoas para os sistemas de previdência privada dos bancos.
Um dia depois que Temer se livrou da guilhotina de maneira asquerosa, comprando deputados através do saque das finanças do país, o mercado já dá sinais de “vitalidade”, com a subida das bolsas e a queda do dólar. Essa sensação de euforia, em total descompasso com a indignação das pessoas de bem, é reveladora, porém, da cumplicidade desses abutres com a corrupção e a roubalheira.
Que fundamentos são esses que se movem positivamente quando a Câmara dos Deputados decide manter no governo da República o crime organizado? Como desprezar no sobe e desce das oscilações capitalistas o banditismo consagrado como modo e filosofia de governo?
Dá para levar a sério setores da economia que desprezam pesquisas mostrando Temer com 93% de rejeição da população ? Por que não serve como instrumento de análise a grave instabilidade política decorrente do fato de a esmagadora maioria da sociedade considerar Temer corrupto e desejar sua saída? Também não é um dado relevante para o mundo dos seus negócios a desaprovação de larga parcela dos brasileiros às reformas do governo?
O problema é que os sanguessugas do mercado se alimentam justamente das mazelas e do sofrimento do povo. Sonham com um país para, no máximo, 40 milhões de habitantes. Os 160 milhões restantes que morram trabalhando e submetidos a empregos precarizados, sem os direitos que foram devorados pela reforma trabalhista.
Esse ódio doentio por tudo que lembre causa coletiva, pobre, soberania popular, inclusão social ou democracia é transferido mecanicamente aos partidos e lideranças com compromisso popular. E essa patologia pode ser atestada com precisão : a subidas das bolas e a queda do dólar, o chamado otimismo do mercado, coincide não por acaso com os reveses da esquerda e a penalização dos menos favorecidos.
Não surpreende que o oligopólio velhaco da mídia abra espaços generosos para as opiniões dos “especialistas” do mercado. Afinal, os magnatas da comunicação e os rentistas compartilham do mesmo sentimento de desamor pelo Brasil e seu povo. Irmanam-se igualmente na falta de compromisso democrático e republicano.
Ainda com o cadáver da rejeição da denúncia contra Temer quente, na noite da infâmia desta quarta-feira, 2 de agosto, já pontilhavam entrevistas com executivos do mercado financeiro pregando a necessidade de o país virar a página e pisar no acelerador da aprovação das reformas. Referiam-se de certo à reforma da previdência, a favorita dos que “não dão um prego em barra de sabão” e vivem da vagabundagem da especulação.
A conta deles é simples: o desembolso dos governos com benefícios, aposentadorias e pensões pode pôr em risco o pagamento da montanha de dinheiro na forma de títulos públicos que está em seu poder. A reforma da previdência, então, ao tornar praticamente impossível o acesso à aposentadoria integral via Regime Geral da Previdência Social, atrairia um número cava vez maior de pessoas para os sistemas de previdência privada dos bancos.
Um dia depois que Temer se livrou da guilhotina de maneira asquerosa, comprando deputados através do saque das finanças do país, o mercado já dá sinais de “vitalidade”, com a subida das bolsas e a queda do dólar. Essa sensação de euforia, em total descompasso com a indignação das pessoas de bem, é reveladora, porém, da cumplicidade desses abutres com a corrupção e a roubalheira.
Que fundamentos são esses que se movem positivamente quando a Câmara dos Deputados decide manter no governo da República o crime organizado? Como desprezar no sobe e desce das oscilações capitalistas o banditismo consagrado como modo e filosofia de governo?
Dá para levar a sério setores da economia que desprezam pesquisas mostrando Temer com 93% de rejeição da população ? Por que não serve como instrumento de análise a grave instabilidade política decorrente do fato de a esmagadora maioria da sociedade considerar Temer corrupto e desejar sua saída? Também não é um dado relevante para o mundo dos seus negócios a desaprovação de larga parcela dos brasileiros às reformas do governo?
O problema é que os sanguessugas do mercado se alimentam justamente das mazelas e do sofrimento do povo. Sonham com um país para, no máximo, 40 milhões de habitantes. Os 160 milhões restantes que morram trabalhando e submetidos a empregos precarizados, sem os direitos que foram devorados pela reforma trabalhista.
Esse ódio doentio por tudo que lembre causa coletiva, pobre, soberania popular, inclusão social ou democracia é transferido mecanicamente aos partidos e lideranças com compromisso popular. E essa patologia pode ser atestada com precisão : a subidas das bolas e a queda do dólar, o chamado otimismo do mercado, coincide não por acaso com os reveses da esquerda e a penalização dos menos favorecidos.
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