Por Mauro Santayana, em seu blog:
Um dos fenômenos mais impactantes do processo histórico vivido pelo país neste momento, é a extensão, profundidade e complexidade alcançadas pelo amplo esquema de contrainformação fascista montado nos últimos anos.
Voltado para atingir não apenas o público geral, mas também segmentos específicos da opinião pública, como a juventude, as igrejas (católicas e evangélicas) os ruralistas e os empresários urbanos, ele tem operado, desde 2013, praticamente sem contestação.
Na ausência de planejamento tático, estratégia, determinação ou articulação, a esquerda, que poderia servir de alternativa a esse discurso, reage, junto com o campo nacionalista e democrático, de uma forma tão lamentável e errática, que as derrotas vão se sucedendo, umas sobre as outras, com grande rapidez e facilidade, como ocorreu com o golpe jurídico-parlamentar-midiático de 2016.
Não há no Brasil uma frente pela democracia.
Não existe, no país, um comitê estratégico de comunicação, que pudesse, ao menos em parte, suprir a ausência dessa frente, ou transformar-se no seu braço mais atuante, em defesa da Verdade, da Liberdade, do Estado de Direito e da Constituição.
Nem uma coordenação jurídica nacionalista e desenvolvimentista, que possa restabelecer minimamente a justiça e fazer frente ao verdadeiro tsunami de calúnias produzido de forma mendaz pelo sistema de manipulação entreguista e fascista, em seus moinhos, ininterruptamente ligados, de ódio, mentira e hipocrisia.
E nem sequer grupos de monitoramento dignos desse nome, para ao menos mapear o que está ocorrendo nesse contexto, na internet e nos meios tradicionais de comunicação.
A cada 24 horas, no âmbito econômico e no institucional, da desculpa da busca de austeridade - agora ridicularizada pelos mais de 3 bilhões em emendas parlamentares aprovados pelo governo - que disfarça e justifica a entrega da nação aos estrangeiros, à suposta defesa da honestidade que justifica, por meio do discurso de combate à corrupção, a destruição do Brasil, de programas e projetos, no valor de centenas de bilhões de reais, são gerados, livre e maciçamente - na mídia, nos organismos de controle, justiça e segurança da República, nos intestinos de uma plutoburocracia sem nenhuma visão geopolítica ou um mínimo de sensibilidade estratégica para com a dimensão e a história do país que está odiosa e irresponsavelmente arrebentando - centenas de ataques (milhares, se somarmos as redes sociais) ao Estado, à Democracia e à Política.
Às principais empresas nacionais e aos nossos bancos públicos - que
poderiam nos servir de instrumento para enfrentar a crise em que nos
meteram a propaganda, a conspiração e a sabotagem golpista desde a época
da Copa do Mundo - distorcendo descaradamente a verdade, invertendo a
realidade dos fatos, criando mitos tão mendazes quanto absurdos.
Disseminam-se, como sementes de ódio que brotam assim que atingem o solo - e tivéssemos sido tomados por um cego, orgásmico e orgiático viralatismo - falsos paradigmas que estão chegando - pela constante repetição, no incansável "pós venda" da "pós-verdade" - a milhões de brasileiros, nos mais diferentes nichos da sociedade e regiões do país, cumprindo sua missão de enfraquecer e destruir o Estado, desnacionalizar a economia e nossos principais instrumentos de desenvolvimento, e de ajudar a entregar, quem sabe definitivamente, o país ao fascismo, com embrulho de presente e tudo, nas próximas eleições.
Para fazer isso, a aliança entre direita "light", o anticomunismo tosco e anacrônico e o entreguismo mais abjeto, que encontraram no território brasileiro, nos últimos anos, um campo fértil, adubado com o preconceito e a ignorância, não utilizam apenas a mídia de massa - a ponta mais visível do iceberg que está afundando o país.
Disseminam-se, como sementes de ódio que brotam assim que atingem o solo - e tivéssemos sido tomados por um cego, orgásmico e orgiático viralatismo - falsos paradigmas que estão chegando - pela constante repetição, no incansável "pós venda" da "pós-verdade" - a milhões de brasileiros, nos mais diferentes nichos da sociedade e regiões do país, cumprindo sua missão de enfraquecer e destruir o Estado, desnacionalizar a economia e nossos principais instrumentos de desenvolvimento, e de ajudar a entregar, quem sabe definitivamente, o país ao fascismo, com embrulho de presente e tudo, nas próximas eleições.
Para fazer isso, a aliança entre direita "light", o anticomunismo tosco e anacrônico e o entreguismo mais abjeto, que encontraram no território brasileiro, nos últimos anos, um campo fértil, adubado com o preconceito e a ignorância, não utilizam apenas a mídia de massa - a ponta mais visível do iceberg que está afundando o país.
Mas também os mais insidiosos métodos e instrumentos, desenvolvendo
estratégias específicas para cada tipo de público, por meio de
instituições ligadas a interesses estrangeiros, vide as ligações entre o
MBL e os irmãos Koch, por exemplo.
Há palestras e cursos de formação de "liderança" promovidos e financiados por consulados e embaixadas estrangeiras, de países que nos espionaram ainda nesta década.
Há "seminários" organizados por institutos e fundações de "defesa" da "justiça" e da "democracia", que não apenas levam nossos jovens para outros países, facilitando por meio de "bolsas" suas viagens e estudos, como depois também promovem e premiam, com plaquinhas, diplomas, medalhas, espelhinhos, festinhas, diplomas e miçangas e palestras remuneradas, sua fiel, abjeta e prestimosa "cooperação", quando alcançam algum poder em suas carreiras.
Há centenas de sites sofisticados, sem fontes de financiamento claras, e também empresas de "consultoria" e "research" que, a pretexto de prestar informações ao mercado e a investidores, fazem o mais descarado proselitismo político e antinacional.
Isso, sem serem incomodadas ou impedidas, na maioria das vezes, nem pelas autoridades, nem por quem está sendo por elas impiedosa e constantemente caluniado.
Usando, para pescar otários no oceano dos brasileiros comuns, maciças - e caríssimas - campanhas de mídia dirigida, que, por sua extensão e capilaridade, devem envolver, principalmente na internet, milhões de reais.
Ora, todo mundo com um mínimo de conhecimento histórico sabe que, desde o início dos tempos, a mentira e o medo são as duas principais muletas do fascismo.
Que as utiliza para percorrer a trilha, pavimentada pela desinformação e a ignorância, que costuma conduzi-lo ao poder, aonde finalmente calçará, sem abandoná-las como apoio para equilibrar-se, as pesadas botas do terror e do autoritarismo.
Quando na oposição, a falsidade e o preconceito servem ao fascismo para incentivar o golpismo.
Há palestras e cursos de formação de "liderança" promovidos e financiados por consulados e embaixadas estrangeiras, de países que nos espionaram ainda nesta década.
Há "seminários" organizados por institutos e fundações de "defesa" da "justiça" e da "democracia", que não apenas levam nossos jovens para outros países, facilitando por meio de "bolsas" suas viagens e estudos, como depois também promovem e premiam, com plaquinhas, diplomas, medalhas, espelhinhos, festinhas, diplomas e miçangas e palestras remuneradas, sua fiel, abjeta e prestimosa "cooperação", quando alcançam algum poder em suas carreiras.
Há centenas de sites sofisticados, sem fontes de financiamento claras, e também empresas de "consultoria" e "research" que, a pretexto de prestar informações ao mercado e a investidores, fazem o mais descarado proselitismo político e antinacional.
Isso, sem serem incomodadas ou impedidas, na maioria das vezes, nem pelas autoridades, nem por quem está sendo por elas impiedosa e constantemente caluniado.
Usando, para pescar otários no oceano dos brasileiros comuns, maciças - e caríssimas - campanhas de mídia dirigida, que, por sua extensão e capilaridade, devem envolver, principalmente na internet, milhões de reais.
Ora, todo mundo com um mínimo de conhecimento histórico sabe que, desde o início dos tempos, a mentira e o medo são as duas principais muletas do fascismo.
Que as utiliza para percorrer a trilha, pavimentada pela desinformação e a ignorância, que costuma conduzi-lo ao poder, aonde finalmente calçará, sem abandoná-las como apoio para equilibrar-se, as pesadas botas do terror e do autoritarismo.
Quando na oposição, a falsidade e o preconceito servem ao fascismo para incentivar o golpismo.
Quando na situação, para impedir que ascendam novamente ao poder forças que possam se opor a ele.
Em fevereiro de 2015, denunciamos, em um texto para o qual recomendaríamos novamente a leitura, publicado na "Revista do Brasil", com o título de "O "FIM" DO BRASIL", a realização, na linha do "tenho medo", lembram-se? - de uma ampla campanha de mídia, dirigida principalmente para os meios empresariais, disfarçada como a venda de relatório de conjuntura, que afirmava - dentro da estratégia de disseminação e justificação do golpismo - que o Brasil iria "quebrar" naquele ano.
Por trás dela, estava uma empresa de "consultoria" cuja principal missão tem sido, nos últimos anos, a de explorar e apoiar abertamente o anticomunismo e o antipetismo no Brasil, adotando o sensacionalismo mais vulgar e o mais descarado terrorismo econômico, mesma estratégia que adota em outros "mercados", como Portugal, por exemplo.
Não apenas negando as eventuais conquistas que o país obteve na última década, mas, principalmente, assustando um público ignorante em economia, suscetível e contaminado ideologicamente pelo discurso conservador, privatista, entreguista e antibrasileiro vigente.
Ameaçando-os com a perspectiva da volta ao poder de um governo nacionalista, capaz de recolocar o país, por meio de um programa desenvolvimentista, em uma situação minimamente soberana e digna diante do mundo.
Agora, com a mesma estratégia, já denunciada, entre outros, por Fernando Brito, Tereza Cruvinel e Denise Assis - a de apresentar um discurso escarradamente político, em sua forma e consequências, como peça de propaganda de uma pseudo "análise exclusiva" - essa mesma empresa, a Empiricus - sócia do site Antagonista e já processada pela CVM e o MP de São Paulo - está promovendo outra campanha milionária, que, no lugar de "O FIM DO BRASIL" traz como apelo o alerta "A AMEAÇA QUE PODE ARRUINAR COM O PATRIMÔNIO DE SUA FAMÍLIA".
Usando como principal gancho o retorno de Lula - que tirou o Brasil da decima-terceira economia do mundo e levou para sexta, hoje, ainda, nona posição, pagou a dívida com o FMI, triplicou o PIB, e multiplicou por 10, para 340 bilhões de dólares, as reservas internacionais - à Presidência da República e defendendo, em outra peça de propaganda, a condenação definitiva do ex-presidente como um fator de melhora da situação para os investidores.
Em homenagem a Goering (Goebbels era mais sofisticado) vale a pena ler, na íntegra, o fac-símile dessa pilantragem:
Agora, resta saber o que o PT poderia fazer a respeito disso.
Em fevereiro de 2015, denunciamos, em um texto para o qual recomendaríamos novamente a leitura, publicado na "Revista do Brasil", com o título de "O "FIM" DO BRASIL", a realização, na linha do "tenho medo", lembram-se? - de uma ampla campanha de mídia, dirigida principalmente para os meios empresariais, disfarçada como a venda de relatório de conjuntura, que afirmava - dentro da estratégia de disseminação e justificação do golpismo - que o Brasil iria "quebrar" naquele ano.
Por trás dela, estava uma empresa de "consultoria" cuja principal missão tem sido, nos últimos anos, a de explorar e apoiar abertamente o anticomunismo e o antipetismo no Brasil, adotando o sensacionalismo mais vulgar e o mais descarado terrorismo econômico, mesma estratégia que adota em outros "mercados", como Portugal, por exemplo.
Não apenas negando as eventuais conquistas que o país obteve na última década, mas, principalmente, assustando um público ignorante em economia, suscetível e contaminado ideologicamente pelo discurso conservador, privatista, entreguista e antibrasileiro vigente.
Ameaçando-os com a perspectiva da volta ao poder de um governo nacionalista, capaz de recolocar o país, por meio de um programa desenvolvimentista, em uma situação minimamente soberana e digna diante do mundo.
Agora, com a mesma estratégia, já denunciada, entre outros, por Fernando Brito, Tereza Cruvinel e Denise Assis - a de apresentar um discurso escarradamente político, em sua forma e consequências, como peça de propaganda de uma pseudo "análise exclusiva" - essa mesma empresa, a Empiricus - sócia do site Antagonista e já processada pela CVM e o MP de São Paulo - está promovendo outra campanha milionária, que, no lugar de "O FIM DO BRASIL" traz como apelo o alerta "A AMEAÇA QUE PODE ARRUINAR COM O PATRIMÔNIO DE SUA FAMÍLIA".
Usando como principal gancho o retorno de Lula - que tirou o Brasil da decima-terceira economia do mundo e levou para sexta, hoje, ainda, nona posição, pagou a dívida com o FMI, triplicou o PIB, e multiplicou por 10, para 340 bilhões de dólares, as reservas internacionais - à Presidência da República e defendendo, em outra peça de propaganda, a condenação definitiva do ex-presidente como um fator de melhora da situação para os investidores.
Em homenagem a Goering (Goebbels era mais sofisticado) vale a pena ler, na íntegra, o fac-símile dessa pilantragem:
Agora, resta saber o que o PT poderia fazer a respeito disso.
O leitor escolha, nas alternativas abaixo, como nas provas do Ministério Público:
a) Chamar alguns economistas sérios e incentivar a montagem de uma
consultoria para concorrer - ao menos institucionalmente - com a
Empiricus, que possa finalmente explicar aos investidores - e a parte da
opinião pública - o que realmente ocorreu com a economia brasileira
desde 2002.
b) Mandar alguém fazer um estudo criterioso dos "relatórios" da Empiricus nos últimos anos e mostrar que, entre os alegados 1.6 milhão de "leitores" que a seguem, muita gente jogou dinheiro fora - como no caso das ações da Petrobras - ao se deixar contaminar ideologicamente e indo atrás da conversa fiada deles.
c) Processar - como já fez no passado - essa pseudo consultoria junto ao TSE por propaganda (ou contra informação) eleitoral antecipada.
d) Não fazer absolutamente nada, porque trata-se de um caso típico de liberdade de expressão, ou porque "isso não vem ao caso", como diz certo juiz "imparcial" de Curitiba.
b) Mandar alguém fazer um estudo criterioso dos "relatórios" da Empiricus nos últimos anos e mostrar que, entre os alegados 1.6 milhão de "leitores" que a seguem, muita gente jogou dinheiro fora - como no caso das ações da Petrobras - ao se deixar contaminar ideologicamente e indo atrás da conversa fiada deles.
c) Processar - como já fez no passado - essa pseudo consultoria junto ao TSE por propaganda (ou contra informação) eleitoral antecipada.
d) Não fazer absolutamente nada, porque trata-se de um caso típico de liberdade de expressão, ou porque "isso não vem ao caso", como diz certo juiz "imparcial" de Curitiba.
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