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“Há um ano não registramos nenhuma morte de criança e de gestante. Estamos sem mortalidade materna e
infantil”, afirmam Olívia Rodriguez Gonzalez e Omar Diaz, no Posto de Saúde de Barras, atuando no Programa Mais Médicos, do
governo federal.
Esta
realidade de redução com a capacidade de zerar a mortalidade infantil e materna se espalhou nos municípios onde o Programa Mais
Médicos foi implantando para oferecer atenção básica de saúde onde era difícil a permanência de
médicos ou de número suficientes de médicos brasileiros para atender a população.
“Tem sido uma experiência muito boa. Encontramos uma comunidade muito carente, mas acolhedora, pessoas muito sensíveis,
muito boas e necessitadas”, relata Olívia Rodriguez.
Segundo ela, as doenças mais frequentes são doenças respiratórias, doenças parasitárias,
hipertensão, diabetes. Olívia Rodriguez e Omar Diaz fazem visitas domiciliares aos pacientes de Barras, e os pacientes atendidos
são pessoas que não podem ir ao posto de saúde. São crianças com hidrocefalia, puérperas (mulheres que
tiveram bebês recentemente), gestantes, hipertensos e idosos.
“Não temos mortalidade infantil, nem mortalidade materna. Temos registros de crianças e mães doentes, mas nenhuma
chegou a óbito”, enfatiza Olívia Rodriguez, que tem 30 anos trabalhando como médica. “Isso é uma
vitória”, comemora Omar Diaz.
Olívia Rodriguez e Omar Diaz afirmam que trabalhar no Brasil é diferente de onde trabalharam antes com atenção
básica na Venezuela, Paraguai e Paquistão, que não tinham uma rede constituída de atenção primária.
“Na Venezuela, não tínhamos nada, tudo era precário”.
No
Paraguai igual, não tinha rede implantada. “No Brasil, temos uma rede de atenção básica de saúde, não
temos médicos, mas temos uma rede criada. Nos outros países fomos nós que criamos a rede de atenção
primária”, fala Olívia Rodriguez.
Omar
Diaz,
23 anos de formado em Medicina, sendo que oito anos trabalhando na
Venezuela, avalia como muito boa a sua experiência de um ano em
Barras.
“Temos encontrado uma população muito necessitada de atenção
médica e todos são muito
receptivos com os médicos cubanos, ficam muito contentes com o nosso
trabalho, muito compreensivos, porque nós estamos ajudando a
melhorar a saúde dessa população que estava carente de atenção”, diz
Omar Diaz, que encontra crianças
com baixo peso e desnutrição, mas não com desnutrição extrema.
Omar
Diaz
afirma que quando estão fazendo visitas domiciliares, os pacientes
dizem que nunca um médico foi a suas casas. Pedem desculpas
porque não podem oferecer refeição melhor, mas Omar Diaz e Olívia
Rodriguez avisam que as famílias estão se
alimentando com as mesmas refeições com que se alimentam.
“São pessoas muito carentes e quando vemos as pessoas acamadas e não podem caminhar, elas ficam muito contentes porque
falam dos problemas de saúde que têm e nós também falamos muitas coisas. Essas pessoas ficam muito agradecidas”,
detalha Omar Diaz.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Mais Médicos zera mortalidade infantil no Piauí
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