Atual ministro da Fazenda de Temer assumiu, em 2012, o Conselho de
Administração da J&F, holding que controla o grupo JBS/Friboi;
empresa está sendo acusada de envolvimento no pagamento de propinas ao
presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha
Por Redação / Revista Fórum
Na manhã desta sexta-feira (1), a Polícia Federal foi à sede da JBS,
dona da Friboi, em São Paulo. A empresa é um dos alvos da ação que
investiga um suposto recebimento de propina por parte do presidente
afastado da Câmara, Eduardo Cunha, que teria sido beneficiado por 12
operações de grupos empresariais que obtiveram aportes milionários do
Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS).
Há suspeitas de que a JBS tenha pago propina, por meio do doleiro Lúcio
Funaro, para obter apoio desse fundo. Uma das irregularidades relatadas
na delação de Fábio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa Econômica, diz
respeito à captação de recursos feita em 2012 pela Eldorado Brasil,
empresa do grupo J&F, holding que controla o grupo JBS.
O que pouca gente lembra é que a companhia, durante o período
investigado pela PF, contou com um nome de peso no comando dos negócios:
a atual ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles. O
ex-presidente do Banco Central, desde março de 2012, está à frente do
Conselho de Administração da J&F, a convite do empresário Joesley
Batista. Segundo executivos que acompanharam o processo, o contrato
previa uma remuneração anual de até R$ 40 milhões para o ministro.
Na ocasião, foi confiada a Meirelles a elaboração de estratégias para
expansão da empresa dentro e fora do país. Além de investir em vultuosas
campanhas publicitárias, ele também transformou a holding na maior
patrocinadora de campanhas políticas do Brasil. Em 2014, o grupo foi
responsável por doar R$ 366,8 milhões em patrocínio eleitoral, seguido
da construtora Odebrecht, que doou R$ 111 milhões, e do Bradesco, com
cerca de R$ 100 milhões.
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